Vou falar-vos da bondade que é ontológica nos humanos, e que tem caracterizado o comportamento dos Homens dignos e nobres ao longo dos tempos. A maldade, apesar da sua frequência, é um acidente.
Há exemplos de nobreza e magnanimidade em todos os contextos históricos, mesmo nos tempos das ditaduras. No longo período fascista português, aliado dedicado do nazismo, Aristides de Sousa Mendes, que ainda continua a ser caluniado, como vendedor de passes a judeus, a infâmia mantém-se, nega-se-lhe a honra e os sacrifícios, ouviu-o, ontem, da boca de um ilustre causídico, foi o HOMEM que por um imperativo Humano socorreu os que a BESTA FASCISTA ia torturar, prender, gasear, matar física ou psicologicamente.
Aristides de Sousa Mendes agiu segundo os ditames da sua consciência moral que é o atributo fundamental que distingue o homem dos outros seres. O Homem é um ser social, político e moral feito para praticar o bem. Esta é a sua matriz, e quem a respeita cumpre-se como ser humano, mesmo em tempos difíceis. Para este grande português todos os sacrifícios porque passou, apesar de dolorosos, foram suportáveis, pelo amor que tinha aos outros seus irmãos.
Sem amor, humilha-se, mata-se e atira-se o outro, sem dó nem piedade, para as pocilgas da exclusão, mas todos os que o fazem, abusando do seu poder ou da sua riqueza, podem afogar a sua ignominia em álcool, sexo ou outro qualquer devaneio, mas nunca poderão escapar ao julgamento da história e dos humanos probos.
O libelo severo acusa-os de gente sem dignidade, sem honra. São uns meros carniceiros porcos, porcos mesmo das pocilgas mais nojentas que os homens alguma vez construíram.
Outros homens por amor se têm levantado e gritado, podemos evocá-los com muito carinho, D. Ferreira Gomes, bispo do Porto que afrontou Salazar, D. Martins, bispo resignatário de Setúbal que nestes tempos sempre tem dado voz a quem não tem voz, e ainda D. Januário Torgal, bispo das Forças Armadas, que ultimamente tem estado muito calado, espero que nada de menos bom ao nível da sua saúde ou da sua liberdade tenha acontecido.
Merece um destaque de muito enlevo o Bispo D. António Alves Martins que foi voz dos fracos nos idos do séc. XIX na sua diocese e no parlamento. Cumpriu, de tal sorte, a sua Missão que Bordalo retratou-o como o bispo da Moralidade, no bem, no modo como se dava a si mesmo aos necessitados, e do Marmeleiro pela forma como zurzia os poderosos, geradores de escravos. Um HOMEM, um farol, para quem se dá pelos outros. Bem-Haja.
Finalmente mais um exemplo, um homem dos nossos dias, um empresário de sucesso nos Algarves e na Madeira de seu nome Skarks Bulyan (revista Visão de 21 Agosto) que luta e bate-se pela liberdade e respeito dos direitos humanos do povo da Birmânia. Que a honra, o Sol e a Lua o beneficiem e a todos os que praticam a bondade até ao fim e para além mesmo da morte dos Sóis e das Galáxias.
Todos os que conhecem a bondade e o Amor vivem, de acordo com a sua grandeza humana, e um dia, ou sempre, mesmo sofrendo, conhecerão a plenitude, os demais conhecem o conforto das pocilgas morais, onde, como porcos chafurdam, sem nunca compreenderem que o seu poder de fazer escravos é uma maldição cheia de sangue, dor e martírio de homens, mulheres, velhos e crianças sobre cujas mortes e torturas se erguem as suas ilegítimas fortunas e poder.
A todos os que vivem de acordo com a sua consciência bondosa e justa, amanhã e sempre o SOL, a LUA, o MAR, a TERRA, o UNIVERSO, os HOMENS, as MULHERES e os SERES DE TODAS AS ESPÉCIES VOS SAUDARÃO E AMARÃO. O sentido da natureza o garante e exige. De outro modo será o FIM dos TEMPOS.
andrade da silva 12 Set. 08
PS: durante 5 dias estarei ausente, sejam felizes. Da minha parte vou conhecer gentes e terras e neste intervalo vou-me esquecer de todos os porcos, será como que respirar um pouco de eternidade.
Há exemplos de nobreza e magnanimidade em todos os contextos históricos, mesmo nos tempos das ditaduras. No longo período fascista português, aliado dedicado do nazismo, Aristides de Sousa Mendes, que ainda continua a ser caluniado, como vendedor de passes a judeus, a infâmia mantém-se, nega-se-lhe a honra e os sacrifícios, ouviu-o, ontem, da boca de um ilustre causídico, foi o HOMEM que por um imperativo Humano socorreu os que a BESTA FASCISTA ia torturar, prender, gasear, matar física ou psicologicamente.
Aristides de Sousa Mendes agiu segundo os ditames da sua consciência moral que é o atributo fundamental que distingue o homem dos outros seres. O Homem é um ser social, político e moral feito para praticar o bem. Esta é a sua matriz, e quem a respeita cumpre-se como ser humano, mesmo em tempos difíceis. Para este grande português todos os sacrifícios porque passou, apesar de dolorosos, foram suportáveis, pelo amor que tinha aos outros seus irmãos.
Sem amor, humilha-se, mata-se e atira-se o outro, sem dó nem piedade, para as pocilgas da exclusão, mas todos os que o fazem, abusando do seu poder ou da sua riqueza, podem afogar a sua ignominia em álcool, sexo ou outro qualquer devaneio, mas nunca poderão escapar ao julgamento da história e dos humanos probos.
O libelo severo acusa-os de gente sem dignidade, sem honra. São uns meros carniceiros porcos, porcos mesmo das pocilgas mais nojentas que os homens alguma vez construíram.
Outros homens por amor se têm levantado e gritado, podemos evocá-los com muito carinho, D. Ferreira Gomes, bispo do Porto que afrontou Salazar, D. Martins, bispo resignatário de Setúbal que nestes tempos sempre tem dado voz a quem não tem voz, e ainda D. Januário Torgal, bispo das Forças Armadas, que ultimamente tem estado muito calado, espero que nada de menos bom ao nível da sua saúde ou da sua liberdade tenha acontecido.
Merece um destaque de muito enlevo o Bispo D. António Alves Martins que foi voz dos fracos nos idos do séc. XIX na sua diocese e no parlamento. Cumpriu, de tal sorte, a sua Missão que Bordalo retratou-o como o bispo da Moralidade, no bem, no modo como se dava a si mesmo aos necessitados, e do Marmeleiro pela forma como zurzia os poderosos, geradores de escravos. Um HOMEM, um farol, para quem se dá pelos outros. Bem-Haja.
Finalmente mais um exemplo, um homem dos nossos dias, um empresário de sucesso nos Algarves e na Madeira de seu nome Skarks Bulyan (revista Visão de 21 Agosto) que luta e bate-se pela liberdade e respeito dos direitos humanos do povo da Birmânia. Que a honra, o Sol e a Lua o beneficiem e a todos os que praticam a bondade até ao fim e para além mesmo da morte dos Sóis e das Galáxias.
Todos os que conhecem a bondade e o Amor vivem, de acordo com a sua grandeza humana, e um dia, ou sempre, mesmo sofrendo, conhecerão a plenitude, os demais conhecem o conforto das pocilgas morais, onde, como porcos chafurdam, sem nunca compreenderem que o seu poder de fazer escravos é uma maldição cheia de sangue, dor e martírio de homens, mulheres, velhos e crianças sobre cujas mortes e torturas se erguem as suas ilegítimas fortunas e poder.
A todos os que vivem de acordo com a sua consciência bondosa e justa, amanhã e sempre o SOL, a LUA, o MAR, a TERRA, o UNIVERSO, os HOMENS, as MULHERES e os SERES DE TODAS AS ESPÉCIES VOS SAUDARÃO E AMARÃO. O sentido da natureza o garante e exige. De outro modo será o FIM dos TEMPOS.
andrade da silva 12 Set. 08
PS: durante 5 dias estarei ausente, sejam felizes. Da minha parte vou conhecer gentes e terras e neste intervalo vou-me esquecer de todos os porcos, será como que respirar um pouco de eternidade.
6 comentários:
Ao longo da historia o mundo teve e tera sempre sonhadores - homens que fizeram e farao a diferenca, distinguindo-se pelos seus actos de bondade e indulgencia.
Curioso… Julgo que foi a primeira vez que li um texto sobre bondade, sem qualquer associacao religiosa.
Embora os religiosos nos facam pensar que nascemos com uma indole pecaminosa, concluo que nao deve ser necessario ser religioso para ser bom ;)
Todos os dias recebemos informacoes com circunstancias anormais a chamar a nossa atencao, seja sobre a natureza (chove a mais em alguns lugares enquanto noutros ha seca), actos terroristas que causam vitimas incontaveis, guerras aqui e acola…
Ouve-se sobre corrupcoes que nao param de surgir. Todos os dias os media divulgam actos de cruel violencia – criancas assassinadas, idosos burlados… Liberdades que deveriam ser adquiridas que sao inexistentes…
Ao mesmo tempo a ciencia descobre cura para esta e aquela doenca que durante muito tempo infelicitaram os homens. As tecnologias tornam o nosso viver bem mais suave (no aspecto material).
Ha inumeras organizacoes direccionadas para a promocao do ser humano… Como nunca antes visto, surgem leis para assegurar direitos para as minorias.
Tambem se ouve sobre organizacoes internacionais e da sua interferencia em paises onde os direitos humanos nao sao respeitados.
A grandeza e a miseria humanas estao mais que nunca, visiveis!
A partir das informacoes que temos disponiveis, cada um de nos escolhe o que deve valorizar – se os progressos cientificos, se as conquistas dos nossos atletas…
Outros gostam mais de noticias de violencia e tragedias… Ahhh nao eh desejavel ignorar o mal que existe no mundo, claro! O mal deve ser combatido, mas nao se deve centrar no mal toda a nossa atencao, em detrimento do bem que tambem se desenvolve.
Continua a haver belissimos exemplos de devocao e abnegacao. Estamos a viver numa epoca de tansicao e exuberancia.
Eu acredito que a humanidade eh hoje muito melhor do que jamais o foi! Tem todas as condicoes para isso!
Ha pouco tempo (no outro seculo) seres humanos ainda eram chicoteados e podiam ser vendidos pelos seus donos – eram considerados um bem material, uma coisa - nos fizemos isto no Brasil! (por aqui parte disto ainda acontece, que se diga).
Esta ideia que hoje nos parece escandalosa foi considerada natural durante muito tempo, portanto a sensibilidade humana esta mais subtil e sofisticada. O progresso esta a modelar os sentimentos e os costumes.
Julgo que nos devemos inclinar e reflectir sobre a bondade e as suas consequencias.
Gostei muito deste teu texto!
Ficamos agora a aguardar que nos contes o que conheceste de novas terras e de novas gentes!
AnaRute
Ana
Tudo o que dizes é verdade, mas também é perante as novas possibilidades que a ciência oferece e a bonade de muitos que se torna mais cruel a exclusão, provocada pela maldade de poucos.
Nós os que gritamos, fazemos isso, porque acrediamos na bondade ontologica do ser humano, e porque cremos que o Mundo hoje é melhor que o da Idade Média, e que ainda pode ser melhor e jamais regressar à Idade Média.
Porém não podemos baixar os braços quando ainda há tanta Idade Média, por tanto lugar e dentro de muita gente.
Até ao próximo contacto. Quando escrevo sobre coisas bondosas penso em todos, mas particularmente no teu desassossego bondoso à espera das boas noticias do Mundo, também há e não as esquecerei. Há coisas bonitas em Portugal em marcha de que falarei ao nível da qualidade e da excelência.
abraço
asilva
também acho a bondade o grande tema dos eres humanos, e defendo-a sempre como uma característica maior que ultrapassa cálculos, egoísmos, recalcamentos.
Acho que devemos glorificar tanto a bondade pública como a anónima, como dar uma boleia a quem necessita, por exemplo, como me fizeram a mim há pouco quando eu verdadeiramente precisava.
Eu próprio, nestes tempos securitários, ja me tinha desbituado de fazer isso a alguém.
Bondade.
Como está afastada do quotidiano.
Parece vergonha, nos nossos dias ser bondoso, como parvoíce parece ser honesto.
Evocas homens de excepção. Verticais e que souberam dizer não a situações e ordens iníquas, pagando caro por isso e arrastando as famílias, que certamente amavam, a um sofrimento, que nalguns casos, ainda hoje perdura.
Os políticos não gostam disto. Por isso a reabilitação ou a memória de tais é esquecida, preterida ou mesmo relegada.
Parece que a bondade, é distribuida lá em "cima", de forma muito parcimoniosa e restrita.
Bem hajam os que tais exemplo exortam e partilham.
Grande Abraço,
Jerónimo Sardinha
CAROS AMIGOS E COMPANHEIROS NETO E JERÓNIMO
PODEM ESQUECÊ-LOS OS PODEROSOS, MAS NÓs OS PEQUENOS, COMO FORMIGAS, MORDEREMOS ESSAS MALDITAS CANELAS E FALAREMOS SEMPRE DOS HOMENS DE BEM E BONDOSOS. NÃO OS ESQUECEREMOS.
REGRESSEI COM MUITO GAUDI NA ALMA.
Abraço
asilva
Caro Amigo,
Folgo em saber desse retorno, carregado de energia.
Ou é impressão minha, ou vais ter muito onde a usar.
Força meu jovem. Estaremos contigo.
Grande Abraço,
Jerónimo Sardinha.
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