FRACOS DIRIGENTES TORNAM FRACA GENTE FORTE !
É Verdade. A comprová-lo, esta semana foi fértil em enganosas afirmações de vários dirigentes políticos nacionais.
O Primeiro que nos coube em sorte, fartou-se de apregoar aos quatro ventos, que a banca nacional estava sólida, dava mostras de uma robustez a toda a prova e nada a faria parecer-se com o débil e periclitante exemplo do ‘States’.
- Notícia de sábado: 2 bancos portugueses estão em rotura e ameaçam falência. O primeiro ministro já encetou negociações para evitar o pior desenlace;
- Investidores das obras públicas e do famigerado projecto TGV, têm dúvidas e dificuldades em financiamentos, pelo que existe ameaça de paralisação daquele sector. O primeiro ministro já solicitou para que a CGD crie facilidades de crédito, a fim de evitar colapso.
Sua Excelência o Presidente da República, faz, entre outros alardeados, a apologia dos industriais e investidores de sucesso. São eles a nata do país, dele.
Mas critica abertamente o uso e a necessidade de subsídios para criação de postos de trabalho ou desenvolvimento de novas iniciativas. Cada um tire a ilação que lhe aprouver !
O Senhor Presidente do Conselho e a sua mais “ilustre” ministra, a da Educação, inauguram escolas cujo telhado abateu, sendo desviados à pressa para a etapa seguinte. Afirmam solenemente aos portugueses (que somos nós), que tudo vai de vento em poupa, com escolas e alunos, no reino dos céus.
- Tomo conhecimento, a meio da tarde de sábado, que numa escola, os almoços são distribuídos aos alunos, até onde chegarem. Os que tiverem ficado de fora, por falta da quantidade exacta necessária, saborearão, mais tarde, o lanche que as famílias lhe mandaram.
Ora, sendo eu um aluno do tempo da “outra senhora”, lembro com exactidão, a velha Cantina Escolar. É evidente, que nela não havia lugar para a moderna e “suculenta” comida plástica e outros atentados gastronómicos. Mas a sempre apetecida e disputada sopa, o pão estaladiço e por vezes ainda quentinho, a manteiga de vaca (artesanal) e a marmelada (de marmelo) ou geleia, eram distribuídos sem parcimónia, aos inscritos (necessitados), ou aos gulosos, chegadiços.
Que tristeza de diferença entre uma ditadura em tempos de miséria e uma democracia que se afunda em odes de demagogia e fanfarronadas arrogantes, numa megalomania delirante e doentia, mas com a benção e a promessa de novo voto, de quase cinquenta por cento deste povo, retrato fiel e exacto do cada vez mais actual Guerra Junqueiro.
Até onde iremos suportar e consentir tais desmandos, enganos, mentiras, demagogias e demais “habilidades” sociais, enquanto à nossa frente enormes companhias, que deveriam ser do Estado, ou mistas, enriquecem nababos que nada mais fazem do que sugar o sangue, suor e lágrimas deste povo embrutecido.
Jerónimo Sardinha
É Verdade. A comprová-lo, esta semana foi fértil em enganosas afirmações de vários dirigentes políticos nacionais.
O Primeiro que nos coube em sorte, fartou-se de apregoar aos quatro ventos, que a banca nacional estava sólida, dava mostras de uma robustez a toda a prova e nada a faria parecer-se com o débil e periclitante exemplo do ‘States’.
- Notícia de sábado: 2 bancos portugueses estão em rotura e ameaçam falência. O primeiro ministro já encetou negociações para evitar o pior desenlace;
- Investidores das obras públicas e do famigerado projecto TGV, têm dúvidas e dificuldades em financiamentos, pelo que existe ameaça de paralisação daquele sector. O primeiro ministro já solicitou para que a CGD crie facilidades de crédito, a fim de evitar colapso.
Sua Excelência o Presidente da República, faz, entre outros alardeados, a apologia dos industriais e investidores de sucesso. São eles a nata do país, dele.
Mas critica abertamente o uso e a necessidade de subsídios para criação de postos de trabalho ou desenvolvimento de novas iniciativas. Cada um tire a ilação que lhe aprouver !
O Senhor Presidente do Conselho e a sua mais “ilustre” ministra, a da Educação, inauguram escolas cujo telhado abateu, sendo desviados à pressa para a etapa seguinte. Afirmam solenemente aos portugueses (que somos nós), que tudo vai de vento em poupa, com escolas e alunos, no reino dos céus.
- Tomo conhecimento, a meio da tarde de sábado, que numa escola, os almoços são distribuídos aos alunos, até onde chegarem. Os que tiverem ficado de fora, por falta da quantidade exacta necessária, saborearão, mais tarde, o lanche que as famílias lhe mandaram.
Ora, sendo eu um aluno do tempo da “outra senhora”, lembro com exactidão, a velha Cantina Escolar. É evidente, que nela não havia lugar para a moderna e “suculenta” comida plástica e outros atentados gastronómicos. Mas a sempre apetecida e disputada sopa, o pão estaladiço e por vezes ainda quentinho, a manteiga de vaca (artesanal) e a marmelada (de marmelo) ou geleia, eram distribuídos sem parcimónia, aos inscritos (necessitados), ou aos gulosos, chegadiços.
Que tristeza de diferença entre uma ditadura em tempos de miséria e uma democracia que se afunda em odes de demagogia e fanfarronadas arrogantes, numa megalomania delirante e doentia, mas com a benção e a promessa de novo voto, de quase cinquenta por cento deste povo, retrato fiel e exacto do cada vez mais actual Guerra Junqueiro.
Até onde iremos suportar e consentir tais desmandos, enganos, mentiras, demagogias e demais “habilidades” sociais, enquanto à nossa frente enormes companhias, que deveriam ser do Estado, ou mistas, enriquecem nababos que nada mais fazem do que sugar o sangue, suor e lágrimas deste povo embrutecido.
Jerónimo Sardinha
04Outubro08
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