Caro Jerónimo
A pergunta sobre onde estava o sr. RUI Patrício no 25de Abril 74, era mesmo para lembrar que o sr. estava todo borrado, e, agora, fala de alto. Todavia o " o grande-cidadão" devia ter dado a vida na defesa da Nação, ao vê-la derrotada. Não o fez, como o seu dever de ministro e “patriota” salazarento, o impunha, foi cobarde, borrou-se, o que, é humano, mas hoje, devia ser bem mais discreto. Seria um acto de dignidade e inteligência.
O sr. é importante não por ele, mas por aqueles de que vai sendo porta-voz. Ele fala da ditadura sem ser com ironia. A sra. dra. Ferreira Leite fala do mesmo com ironia, e a grande Roseta só comenta o facto, dizendo que a sra. Presidente do PSD teve uma falha, uma mera falha, será? E o Sr. Salgado Matos apresenta o manual de como evitar golpes militares, com a receita de um caudilho e uma guarda pretoriana, paralelamente, a maior marca-de-água desta democracia é a corrupção. Logo todas as cartas do baralho estão presentes, só falta o Joker gamado.
Tenho também muito presente o modo enfurecido e encolerizado como o General Fabião dizia, numa Assembleia do MFA, que se tinha de julgar o fascismo, PARA O QUE SERIA NECESSÁRIO MESMO DESENTERRAR O PRÓPRIO SALAZAR.
Era, ainda, muito jovem, mas sendo o general quem era, desde sempre, a cólera daquele homem calmo, tocou-me como o maior sinal da impotência daquele regime.
Havia muita bagunça no 25 de Novembro é certo, agora, também há, e ainda uma roubalheira, corrupção gigantescas, enfim, uma grande desordem económica, financeira e jurídica que só não levará à dissolução do Estado e à revolta, ou mesmo à insurreição, por causa do escudo protector da União Europeia. É preciso ainda referir que o calcanhar de Aquiles da economia americana, ou seja, haver uma massa de dinheiro muito superior à riqueza produzida está, também, presente em Portugal, onde, se continua a viver num Mundo virtual, o da completa independência da esfera financeira da económica. Isto, ainda pode acabar mal, se os países ricos da UE se cansarem de andarem a apoiar quem anda a viver muito acima das suas possibilidades.
Então, porque tudo está a acontecer, deve fazer-se um golpe militar em aliança com a extrema direita?
De qualquer modo a grande confusão e as cenas iniciais da guerra civil no período do 25 de Abril foram feitas pela direita, pelo ELP, pelo MRRP e por alguma esquerda radical com os assaltos às sedes dos partidos, embaixadas, atentados bombistas, roubos, sabotagem económica etc. Ora quem estava a destruir o Estado objectivamente era esta gente.
Todavia imaginou-se um golpe comunista, e fez-se um golpe contra a chamada esquerda militar, mas também contra tudo e todos, sobretudo os operários que tivessem outra ideia de organização social e economicamente diferente da capitalista selvagem, nomeadamente no Alentejo, quanto à imperatividade das terras serem semeadas com as sementes mais adequadas para darem pão e emprego.
Concordaria com o repor a autoridade do estado no sentido progressista do 25 de Abril, mas o que aconteceu foi no sentido da maioria silenciosa e do 11de Março, ou seja, do marcelismo e dos srs Ruis Patrícios, e é deste ponto que me afasto dos avós da actual situação, sobretudo porque o actual estado de coisas não é um mero acidente de percurso, foi desejado e procurado.
Meu caro Jerónimo
Provavelmente os chamados para pegarem em canhotas para se defenderem do golpe comunista em 25 de Novembro foram enganados, nestes primórdios das guerras preventivas e, então, como hoje, as provas aduzidas foram falsas.
Não acredito, quer por mim, quer por muitos outros que houvesse no Exército uma disponibilidade significativa para acompanhar o PCP em qualquer golpe, ora o mesmo não acontecia em relação ao PS, ao qual o Exército forneceria e forneceu, ao que parece, armas, e tinha o claro e manifesto apoio dos nove. Nesses idos todo o PS encheu as paredes de Évora com a frase "PEZARAT AMIGO, O POVO ESTÁ CONTIGO".
Que não foi retomado em 25 de Novembro, o 25 de Abril, a cabal prova está na ocupação Militar do Alentejo por forças da GNR, armadas com material de guerra ligeiro e pesado, cães e cavalos, as dezenas de feridos e mordidos e dois assassínios, um deles, o de um jovem de 17 anos. No Escoural, os pais do jovem e outros, sabem como eles morreram, e sabem que pela aplicação da Lei Barreto o Alentejo regressou ao latifúndio fascista, ponto. Isto é o 25 de Novembro.
Outras histórias tem o sr. vice –rei do norte para contar, e vai contá-las em livro, a publicar no aniversário desta data histórica, em que um punhado de homens do 25 de Abril fizeram a mais trágica aliança das suas vidas com a direita e a extrema direita, para combaterem todas as pessoas de esquerda proponentes de uma nova ideia de sociedade, o que levaram a cabo com inaudito empenho e eficiência ao longo destes 33 anos, deixando o país num verdadeiro deserto de coragem e dignidade. Esta é para mim a verdadeira história do 25 de Novembro que nos trouxe ao actual estado de inanição. Agora, aceitamos tudo, tudo mesmo, tão passivamente como os torturados e os escravos.
No 25 de Novembro 75 fraquejou a vontade de ser livre de um modo diverso do oferecido pelo capitalismo e pela URSS, venceu a semi-democracia e foi pena. Eu próprio estava disposto na nova situação emergente do 25 de Novembro a dar um contributo no Alentejo para corrigir os erros cometidos que fui resolvendo, conforme deles tomava conhecimento, mas mais seria impossível com uma equipa de 3 elementos e um Mercedes 180, e, aqui, começou a sabotagem do comandante da região à acção do GDR, órgão do MFA, responsável pela dinamização. Nada foi feito por acaso.
Fui, nestas circunstâncias, interpelado pelo comandante da região quanto à existência de duas regiões militares no Sul, a que comandava e outra que existiria segundo aquele sr., comandada informalmente por mim, e que englobaria a quase totalidade dos soldados, oficiais e sargentos milicianos e muitos oficiais do QP, onde, havia contradições entre os apoiantes e amigos do comandante da região. Um dos quais me dizia que como cidadão concordava comigo e que como capitão não. Ao que lhe perguntava como resolvia o dilema, o que ficou sempre sem resposta. Mas este capitão foi até à sua morte um grande camarada e amigo.
Mas aqui fica mais uma prova de que se queria mesmo avançar, após o 25 de Novembro, com os militares que no decurso do 25 de Novembro pediram a prisão imediata, sem dedução de qualquer acusação, do Gen Fabião e Otelo, como era o caso do capitão Moura do regimento de Estremoz que tanta trabalheira nos deu e, me deu, ( foi assim) para entrar no 25 de Abril, e nesta data bastante se atrasou, sendo muito pontual na saída do quartel em 25 de Novembro 75, do que dei conhecimento ao COCPON, cujo comandante, o Gen.Otelo, tinha ido para algures, para evitar a guerra civil – extraordinária atitude de evitar tragédias, cavar.
Julgo que de tudo o que restou desta tragédia, o único factor positivo foi entrada de Portugal na União Europeia . Julgo que se isso não tivesse acontecido estaríamos no 24 de Abril. Penso que este acto foi a correcção possível que os pais do 25 de Novembro legaram ao país e, nisto, foram dignos, reconheço-o e concedo-o
andrade da silva 25 Novembro de 08. Aniversário de um dia de má memória
De qualquer modo a grande confusão e as cenas iniciais da guerra civil no período do 25 de Abril foram feitas pela direita, pelo ELP, pelo MRRP e por alguma esquerda radical com os assaltos às sedes dos partidos, embaixadas, atentados bombistas, roubos, sabotagem económica etc. Ora quem estava a destruir o Estado objectivamente era esta gente.
Todavia imaginou-se um golpe comunista, e fez-se um golpe contra a chamada esquerda militar, mas também contra tudo e todos, sobretudo os operários que tivessem outra ideia de organização social e economicamente diferente da capitalista selvagem, nomeadamente no Alentejo, quanto à imperatividade das terras serem semeadas com as sementes mais adequadas para darem pão e emprego.
Concordaria com o repor a autoridade do estado no sentido progressista do 25 de Abril, mas o que aconteceu foi no sentido da maioria silenciosa e do 11de Março, ou seja, do marcelismo e dos srs Ruis Patrícios, e é deste ponto que me afasto dos avós da actual situação, sobretudo porque o actual estado de coisas não é um mero acidente de percurso, foi desejado e procurado.
Meu caro Jerónimo
Provavelmente os chamados para pegarem em canhotas para se defenderem do golpe comunista em 25 de Novembro foram enganados, nestes primórdios das guerras preventivas e, então, como hoje, as provas aduzidas foram falsas.
Não acredito, quer por mim, quer por muitos outros que houvesse no Exército uma disponibilidade significativa para acompanhar o PCP em qualquer golpe, ora o mesmo não acontecia em relação ao PS, ao qual o Exército forneceria e forneceu, ao que parece, armas, e tinha o claro e manifesto apoio dos nove. Nesses idos todo o PS encheu as paredes de Évora com a frase "PEZARAT AMIGO, O POVO ESTÁ CONTIGO".
Que não foi retomado em 25 de Novembro, o 25 de Abril, a cabal prova está na ocupação Militar do Alentejo por forças da GNR, armadas com material de guerra ligeiro e pesado, cães e cavalos, as dezenas de feridos e mordidos e dois assassínios, um deles, o de um jovem de 17 anos. No Escoural, os pais do jovem e outros, sabem como eles morreram, e sabem que pela aplicação da Lei Barreto o Alentejo regressou ao latifúndio fascista, ponto. Isto é o 25 de Novembro.
Outras histórias tem o sr. vice –rei do norte para contar, e vai contá-las em livro, a publicar no aniversário desta data histórica, em que um punhado de homens do 25 de Abril fizeram a mais trágica aliança das suas vidas com a direita e a extrema direita, para combaterem todas as pessoas de esquerda proponentes de uma nova ideia de sociedade, o que levaram a cabo com inaudito empenho e eficiência ao longo destes 33 anos, deixando o país num verdadeiro deserto de coragem e dignidade. Esta é para mim a verdadeira história do 25 de Novembro que nos trouxe ao actual estado de inanição. Agora, aceitamos tudo, tudo mesmo, tão passivamente como os torturados e os escravos.
No 25 de Novembro 75 fraquejou a vontade de ser livre de um modo diverso do oferecido pelo capitalismo e pela URSS, venceu a semi-democracia e foi pena. Eu próprio estava disposto na nova situação emergente do 25 de Novembro a dar um contributo no Alentejo para corrigir os erros cometidos que fui resolvendo, conforme deles tomava conhecimento, mas mais seria impossível com uma equipa de 3 elementos e um Mercedes 180, e, aqui, começou a sabotagem do comandante da região à acção do GDR, órgão do MFA, responsável pela dinamização. Nada foi feito por acaso.
Fui, nestas circunstâncias, interpelado pelo comandante da região quanto à existência de duas regiões militares no Sul, a que comandava e outra que existiria segundo aquele sr., comandada informalmente por mim, e que englobaria a quase totalidade dos soldados, oficiais e sargentos milicianos e muitos oficiais do QP, onde, havia contradições entre os apoiantes e amigos do comandante da região. Um dos quais me dizia que como cidadão concordava comigo e que como capitão não. Ao que lhe perguntava como resolvia o dilema, o que ficou sempre sem resposta. Mas este capitão foi até à sua morte um grande camarada e amigo.
Mas aqui fica mais uma prova de que se queria mesmo avançar, após o 25 de Novembro, com os militares que no decurso do 25 de Novembro pediram a prisão imediata, sem dedução de qualquer acusação, do Gen Fabião e Otelo, como era o caso do capitão Moura do regimento de Estremoz que tanta trabalheira nos deu e, me deu, ( foi assim) para entrar no 25 de Abril, e nesta data bastante se atrasou, sendo muito pontual na saída do quartel em 25 de Novembro 75, do que dei conhecimento ao COCPON, cujo comandante, o Gen.Otelo, tinha ido para algures, para evitar a guerra civil – extraordinária atitude de evitar tragédias, cavar.
Julgo que de tudo o que restou desta tragédia, o único factor positivo foi entrada de Portugal na União Europeia . Julgo que se isso não tivesse acontecido estaríamos no 24 de Abril. Penso que este acto foi a correcção possível que os pais do 25 de Novembro legaram ao país e, nisto, foram dignos, reconheço-o e concedo-o
andrade da silva 25 Novembro de 08. Aniversário de um dia de má memória
PS: (em tempo) Pela manhã de hoje o Rádio Clube, a VOZ DA LIBERDADE do 25de Abril, ouviu, segundo eles, um dos heróis do 25 de Novembro, o sr. cor. Jaime Neves, que disse que foi uma asneira o sr. Melo Antunes ter defendido o PCP. Mas sobre este pensamento já estamos fartos de o conhecer, o que o país precisaria de saber é sobre os planos, as intenções, sobre as prisões arbitrárias, por exemplo não fui preso, segundo o, então, ten-Cor Galamba de Castro, por intervenção directa do Gen.Eanes, mas ainda mais grave, não houve planos, ideias, desejos de fuzilamentos, nomeadamente quanto à coluna dos presos enviados para Custóias, de facto chegaram lá, mas.... Ninguém sabe nada, puxa!...
Do deserto "com" Cristo e "como"( as aspas de Mcain) Cristo gritamos o silêncio, enfim....
4 comentários:
Caro Andrade da Silva,
A profundidade e extensão do teu artigo, carece de uma resposta mais completa.
Assim, será editada também em artigo, cuja primeira parte dou hoje à estampa.
Lamento o atraso, de que me penitencio, mas como já é do teu conhecimento, estive embaraçado com os "planos tecnológicos" (computadores), de que só hoje me libertei.
Conto com o teu beneplácido.
Abraço Amigo e Fraterno,
Jerónimo Sardinha
Caro Jerónnimo
O mais importante é que os patriotas, os defensores de Abril, os dispostos a fazerem frente às teias e às alcateias nunca se calem e compreendam que os vaidosos, os "bispos e os cardeais e os príncipes" apesar dos seus discursos, nunca meterão a mão na massa, as botas na lama, porque o que eles pretendem é grandes plateias, palanques, palácios de qualquer poder, súbditos e tapetes vermelhos, aqui não há nada disso, por isto eles aqui não estão. Fica o registo que um dia poderá sair deste cubo fechado.
Voltarei ao tema e à tua carta
abraço
asilva
Companheiro e Homem de ABRIL
Amigos e Companheiros, POVO DE PORTUGAL
GRAVE!!!
o Presente onde cada dia é um dia atraiçoando Abril!
Esse Abril que vimos escancarar janelas de Luz, que deu ao povo que trabalha vive, respira PORTUGAL, direitos até então desconhecidos!
até ao direito de saber que tem direito!
direito à instruçao dos que nunca lhe tinham podido chegar.Direito à saude, num perfume a LIBERDADE QUE DEU A TODOS E A CADA UM O DIREITO( ainda o DIREITO) de dizer o que pensa! sem receio da sombra negregada que o acompanhava onde quer que andasse, que o acompanhava até ao mais profundo de si, e lhe dirigia o pensamento.
Hoje roubaram ao POVO DE PORTUGAL , o direito a sorrir sem apreensão; tiraram-lhe trabalho, amandando-o para o desemprego ou para os baixos salarios, numa vida cada vez mais cara! e querem sorrisos? ninguém sorri aos seus carrascos aos algozes do futuro! a quem cerra as portas da Esperança! Essa semente promissora que nos leva até ao âmago da nossa vontade e do reconhecimento da nossa DIGNIDADE!
Vamos acordar as consciências de blogue em blogue que um não basta!
Sejamos Cidadãos denunciando em alta voz o sofrimento actual do POVO DE PORTUGAL e dizendo até onde a voz alcance o nome dos causadores de tanto sofrer!
Não é este o Presente, não é este o Futuro que queremos para nossos filhos, netos, irmãos, amigos, companheiros, camaradas!
A palavra é a mais potente de todas as armas, porque circula com o vento e corre becos, cidades, aldeias; montanhas!
Porque a palavra não mata, mas transforma, vamos pela Palavra transformar o desespero de Portugal
Num amanhã ridente e promissor, onde cada filho de Portugal tenha o seu lugar, sem mais uma vez ter de fugir para o estrangeiro, esvaziando aldeias, espoliando-se uma vez mais, desbaratando a baixo preço a casa e a quinta de sua infância, onde seus pais viveram e trabalharam numa renovada peripécia, onde os exploradores são sempre os mesmos vampiros ou sua descendência!
Muitas aldeias de Portugal se esvaziam hoje como se esvaziaram nos tempos de Salazar e Caetano! E Portugal a precisar se braços que o amem, de mãos que o Levantem; de olhos que o saibam Ver
Entretanto quem vai hoje no Norte de Portugal comprando como o fez décadas antes com o Sul? Que abutres sobrevoam a Terra que é a nossa e se regozijam com a dor de Portugal
Eia Povo vamos a acordar! É de ti que se trata e dos teus que trazem nas veias o teu sangue! Ergue-te Povo de Portugal e nessa clara voz que é tua? diz alto a tua verdade que é a verdade de Portugal!
Não consintas nunca mais que te esmaguem que te expulsem da Terra que é a tua! e Grita, grita comigo por Portugal, Meu Amor
Marília Gonçalves
CAra Marilia
Ainda hoje escrevia comentando umm e-mail que procura explorar as actuias dificuldades da democracia, quase para sugerir a exaltação do fascismo salazarento.
Sei que não fiz o 25 de Abril só por causa da guerra, em boa verdade sendo muito jovem , com 23 anos e comandando companhias na ausência dos capitães, gostando muito dos meus solddos e sendo estimado por eles em boa verdade senti-me um pequeno Rommel, está isso nos meus diarios.
Todavia sei que aos 25 anos participei naquele 25 de Abril e emm todos o que se viessem a fazer contra a corrupção e a escravatura, por isso não me calo o 25de ABRIL FOI TRAÍDO E A DEMOCRACIA NÃO RESISTIRÁ A TAMANHA DESTRUIÇÃO PELO ROUBO, A MENTIRA.
PORTUGAL APROXIMA-SE PERIGOSAMENTE DA DESAGREGAÇÃO DO ESTADO DE DIREITO PARA SE TORNAR EM ALGO PARECIDO COM OS SIMULACROS DAS DEMOCRACIAS AFRICANAS.
Obrigado pelas suas vigorosas palavras de uma grande cidadã e mulher de Abril, uma GRANDE CAPITÃ de ABRIL.
abraço
asilva
asilva
Enviar um comentário