sábado, 21 de fevereiro de 2009


CARNAVAL

Transgressão, disfarce
Façamos de conta que somos livres
Imaginemos que temos a melhor elite e governantes
Vamos deitar fora as rotinas
A começar pela instituição monogâmica.
Vamos ser loucos, loucos….
Sem nenhum encontro marcado com a AIDS
Falemos a bela linguagem vernácula, alguns dizem de caserna,
Chamemos os bois pelos nomes
Ah que tanto filho da Puta, de senhor chamado,
Para aí anda, no corso da vida, mas como?
Derrubemos a hipocrisia e o cinismo
Sem canga amemos o dia, a noite
O sol, a lua, o homem e a mulher
Sejamos neste tempo do género sexual
Incendiário, sem género.
Loucos, loucos, simplesmente loucos,
Porque depois estamos condenados a viver
Sem nós, mas com as regras dos outros,
Avassaladoramente impostas de fora para dentro,
Como Durkheim sábio e génio,
Dizia ao definir facto social.
Façam de conta também que nunca escrevi isto,
Foi um surto esquizofrénico, ridículo.
E se não escrevi, também não o leram.
Façam de conta depois de passar o Carnaval
Que nunca quiseram ser loucos e livres,
Mas Agora, sejam loucamente, loucos,
Mas nunca beijem a AIDS.


Com uma louca amizade


BOM CARNAVAL!




andrade da silva

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