" Às mulheres e aos homens generosos que lutam por ideais generosos e ardem em actos de fé dos oportunistas e desonrados que tomaram os poderes."
O Sr. general Eanes numa conferência, no Instituto de Defesa Nacional falou do medo ontológico, matriz imanente da natureza de todas as espécies e, por maioria de razão, da humana, por ser o homem o maior triunfo da vida cósmica. Mas este medo, matricial, é um problema secundário na situação portuguesa que, através dele, se pretende caracterizar, porque é um medo universal, instintivo que desempenha um papel adaptativo importante.
Mas a verdadeira questão, de que se não tem falado, é o medo aprendido, que tem sido inculcado nas pessoas , através de um verdadeiro condicionamento operante. Com este mecanismo base, quem não estiver de acordo, como se fosse um rato, sofre um castigo, o que começa em casa com a criança mais crítica, e termina na vida social e politica, passando pela escola, a fábrica e o quartel, correndo em paralelo, com este fenómeno de castração ética e intelectual, a completa desagregação dos valores, mesmo o bandidismo, e, este, também vive numa área de impunidade e de falta de investigação assustadoras.
O medo, como instrumento político, é o recurso mais usado pelos ditadores para vergarem os povos. O medo instrumental, o medo aprendido, quanto mais grave e presente estiver numa sociedade, mais define a distância dessa sociedade à democracia, ao desenvolvimento, ao progresso e à civilização. Como estamos nesta dimensão?
Até há bem pouco tempo, difundiu-se a ideia de que o Pai de um medo paralisante, difuso, neo-salazarista seria o estilo politico e o conteúdo da personalidade do Sr. 1º Ministro, o Sr. Eng. Sócrates, só que agora adianta-se uma hipótese interessante que o próprio 1º ministro está também com um medo aterrador, por saber que não é amado, e porque sabe que os tais 96% de socialistas seus apoiantes, estão sobretudo a apoiarem-se a si mesmos, e que logo que ele entre na curva da morte ( ali para os lados de Pegões) deixá-lo-ão só, sozinho, aliás, corajosamente Edmundo Pedro disse-o com clareza : “ muitos têm medo de perderem os seus lugares”, acrescentaria os doces lugares.
Apesar da ideia do Sr. Eng. Sócrates estar com medo parecer uma mera fantasia, deve admitir-se que, como hipótese teórica, é possível, e que ao ser, podia levá-lo para um caminho de regresso à social democracia, ou para um beco que termina num abismo, fatal para si, mas sobretudo para o país.
Se optar pelo caminho de regresso à social democracia poderia descobrir que nunca seria com verdade, um líder incontestado, num Partido Socialista que respeitasse os seus valores matriciais. O seu governo tem cooperado na estratégia neo-liberal de desvario, de imoralidade, ilegalidades e impunidade sistemática para os ricos e poderosos e na chinisação dos trabalhadores, o que, os socialistas dos valores não podem aceitar. Se isto vier a acontecer, apesar de muito improvável, então, em vez de continuar o banimento da consciência moral do PS, iria, ao invés, o Secretário Geral, corrigir o que há a corrigir, moralizando a governação, combatendo a corrupção e a paralisia da justiça, para o que procuraria o concurso dos socialistas com história.
Isto seria bom para o país, mas soa a milagre, não de Fátima, mas da inteligência e do patriotismo, que são milagres bem mais difíceis dos que os de Fátima, porque têm de acontecer.
Se o pavor o levar aos ataques irracionais, dramáticos contra todos e tudo, terá de chamar muitas mais vezes o seu ideólogo de serviço, o Sr. Ministro Santos Silva, para mentalizar os que vão malhar (e muito terão de malhar) sobre o povo e as pessoas decentes, se nada mudar na actual politica e a crise ultrapassar os Pirinéus.
A Portugal até agora só chegaram alguns efeitos colaterais da crise, não por total mérito do governo, mas pela menor exposição dos nossos bancos à bolha do sistema financeiro mundial. Mas se a crise entrar por aí dentro, poderá ser dramático, e se o senhor 1º Ministro estiver entre estas colunas, avançará para uso da força física ou simbólica, o que o levará à sua desgraça, se não tiver maioria, e à completa desgraça de Portugal se tiver maioria absoluta e os movimentos cívicos e o Sr. Presidente da República não tiverem força para o demitir. Em qualquer destes casos a queda do Sr. 1º Ministro e dos seus apoiantes será, provavelmente, estrondosa e muito saudada.
E uma vez mais, estamos, onde, estamos, ( é redondo, mas é assim) seria crucial que tudo se clarificasse, e que se fizesse em Portugal e na Europa com lideres, que sabem correr riscos e que não vivem para ganhar eleições, uma destruição construtiva que afastasse todos os políticos que nos conduziram a esta crise que pode prolongar-se e custar-nos muito caro, excepcionalmente caro, se a Governança se mantiver no sistema rotativo com a maioria absoluta de qualquer partido, e na Europa não houver um Presidente Europeu eleito directamente pelos cidadãos Europeus, e não se substituir o dilecto discípulo de Bush, o Sr. Durão Barroso, da presidência da Comissão Europeia
É mesmo preciso pôr isto de pernas para o ar, caso contrário teremos provavelmente perturbações, revoltas e revoluções parecidas com as do séculos XIV, XV, XIX etc.. o Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça também já o referiu.
Portugal pode ser o motor desta mudança para a construção do 7º Império, o da Luz, do Saber, da Justiça. O Império Perfeito, a Grande e Maior Maravilha do Mundo. Mas onde pára, entre nós, o LIDER?
Mas a verdadeira questão, de que se não tem falado, é o medo aprendido, que tem sido inculcado nas pessoas , através de um verdadeiro condicionamento operante. Com este mecanismo base, quem não estiver de acordo, como se fosse um rato, sofre um castigo, o que começa em casa com a criança mais crítica, e termina na vida social e politica, passando pela escola, a fábrica e o quartel, correndo em paralelo, com este fenómeno de castração ética e intelectual, a completa desagregação dos valores, mesmo o bandidismo, e, este, também vive numa área de impunidade e de falta de investigação assustadoras.
O medo, como instrumento político, é o recurso mais usado pelos ditadores para vergarem os povos. O medo instrumental, o medo aprendido, quanto mais grave e presente estiver numa sociedade, mais define a distância dessa sociedade à democracia, ao desenvolvimento, ao progresso e à civilização. Como estamos nesta dimensão?
Até há bem pouco tempo, difundiu-se a ideia de que o Pai de um medo paralisante, difuso, neo-salazarista seria o estilo politico e o conteúdo da personalidade do Sr. 1º Ministro, o Sr. Eng. Sócrates, só que agora adianta-se uma hipótese interessante que o próprio 1º ministro está também com um medo aterrador, por saber que não é amado, e porque sabe que os tais 96% de socialistas seus apoiantes, estão sobretudo a apoiarem-se a si mesmos, e que logo que ele entre na curva da morte ( ali para os lados de Pegões) deixá-lo-ão só, sozinho, aliás, corajosamente Edmundo Pedro disse-o com clareza : “ muitos têm medo de perderem os seus lugares”, acrescentaria os doces lugares.
Apesar da ideia do Sr. Eng. Sócrates estar com medo parecer uma mera fantasia, deve admitir-se que, como hipótese teórica, é possível, e que ao ser, podia levá-lo para um caminho de regresso à social democracia, ou para um beco que termina num abismo, fatal para si, mas sobretudo para o país.
Se optar pelo caminho de regresso à social democracia poderia descobrir que nunca seria com verdade, um líder incontestado, num Partido Socialista que respeitasse os seus valores matriciais. O seu governo tem cooperado na estratégia neo-liberal de desvario, de imoralidade, ilegalidades e impunidade sistemática para os ricos e poderosos e na chinisação dos trabalhadores, o que, os socialistas dos valores não podem aceitar. Se isto vier a acontecer, apesar de muito improvável, então, em vez de continuar o banimento da consciência moral do PS, iria, ao invés, o Secretário Geral, corrigir o que há a corrigir, moralizando a governação, combatendo a corrupção e a paralisia da justiça, para o que procuraria o concurso dos socialistas com história.
Isto seria bom para o país, mas soa a milagre, não de Fátima, mas da inteligência e do patriotismo, que são milagres bem mais difíceis dos que os de Fátima, porque têm de acontecer.
Se o pavor o levar aos ataques irracionais, dramáticos contra todos e tudo, terá de chamar muitas mais vezes o seu ideólogo de serviço, o Sr. Ministro Santos Silva, para mentalizar os que vão malhar (e muito terão de malhar) sobre o povo e as pessoas decentes, se nada mudar na actual politica e a crise ultrapassar os Pirinéus.
A Portugal até agora só chegaram alguns efeitos colaterais da crise, não por total mérito do governo, mas pela menor exposição dos nossos bancos à bolha do sistema financeiro mundial. Mas se a crise entrar por aí dentro, poderá ser dramático, e se o senhor 1º Ministro estiver entre estas colunas, avançará para uso da força física ou simbólica, o que o levará à sua desgraça, se não tiver maioria, e à completa desgraça de Portugal se tiver maioria absoluta e os movimentos cívicos e o Sr. Presidente da República não tiverem força para o demitir. Em qualquer destes casos a queda do Sr. 1º Ministro e dos seus apoiantes será, provavelmente, estrondosa e muito saudada.
E uma vez mais, estamos, onde, estamos, ( é redondo, mas é assim) seria crucial que tudo se clarificasse, e que se fizesse em Portugal e na Europa com lideres, que sabem correr riscos e que não vivem para ganhar eleições, uma destruição construtiva que afastasse todos os políticos que nos conduziram a esta crise que pode prolongar-se e custar-nos muito caro, excepcionalmente caro, se a Governança se mantiver no sistema rotativo com a maioria absoluta de qualquer partido, e na Europa não houver um Presidente Europeu eleito directamente pelos cidadãos Europeus, e não se substituir o dilecto discípulo de Bush, o Sr. Durão Barroso, da presidência da Comissão Europeia
É mesmo preciso pôr isto de pernas para o ar, caso contrário teremos provavelmente perturbações, revoltas e revoluções parecidas com as do séculos XIV, XV, XIX etc.. o Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça também já o referiu.
Portugal pode ser o motor desta mudança para a construção do 7º Império, o da Luz, do Saber, da Justiça. O Império Perfeito, a Grande e Maior Maravilha do Mundo. Mas onde pára, entre nós, o LIDER?
andrade da silva 10 de Março
PS: Hoje é véspera de uma data da Revolução morta do 25 de Abril, o 11 de Março de 1975, todavia ao ver hoje, como comentador residente num programa da TYI24 um matador da liberdade de expressão, o sr. Cor. Matos Gomes, vejo como continua vivo o reaccionarismo mais profundo e primário.
3 comentários:
Andrade da Silva,
Gostaria de lhe expressar que me impressionou profundamente este seu artigo pela cutilante e corajosa análise do que possa acontecer ao país caso o PS obtenha a maioria absoluta.
Recordo-me que Salgado Zenha era contra a maioria absoluta.
MJG
Andradee da Silva
Relativamente ao e-mail enviado há instantes, desejo rectificar, erro de computador: onde está cutilante-deverse-à ler acutilante.
As melhores Saudações
MJG
Cara MJG
Vou pegar na sua oportuna lembrança de Salgado Zenha, para defender a tese do perigo das maiorias entre nós, e em qualquer parte nunca será o governo mais democrático, se-lo-ia se fose votado por 80,90% d população com uma abstenção de 0%, portanto, o que acntece é que são minorias sociologicas que dizem ser maiorias politicas, estas pouco mais serão votadas do que por 25% da população, uma verdadeira minoria.
Com uma base de apoio de 25, 30 ou 40% nemhum governo tem legitimidade sociologica e moral para se dizer que tm um apoio maioritário da população. É uma MENTIRA,pura e simplesmente.
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