Intento
Ao encontro da vida vem a ave
traz raízes de sonho sentimento
a poisar sobre a árvore
ao perfume do vento.
anoiteces os olhos e não vês
abres as mãos onde escorreu água
na sequência de intérminos porquês
vives a sede com sabor a frágua.
Uma canção faz ninho nos teus lábios
mas tu só vez sede sem resposta
podem nascer ao teu redor mil sábios
a tentar subir a tua encosta
que perderão a força, firme gesto
tu vais permanecer na escuridão
como Danaides a encher o cesto
do líquido a espalhar-se pelo chão.
O licor do saber feito de esperança
não mata sede a lábios que se negam
um ano quase faz uma criança
do encontro do óvulo e do sémen.
Os templos de colunas imortais
não são apenas história são intento
a narrar outras eras mas não mais
que o furor que é a chuva ou é o vento.
Assim no pedestal de eterna herança
se vão erguendo olhos que nos viram
como a cravar no chão futura lança
ao exemplo de vidas que ruíram.
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