segunda-feira, 2 de março de 2009

POBRE ÁFRICA!....QUEM A FERRO MATA!....


Nas vésperas das eleições na Guiné gritava, em texto publicado neste blogue, que uma parte significativa da população da Guiné considerava que o seu presidente era responsável pela falta de democracia das eleições, pelo narcotráfico, pela eliminação física dos adversários, previa que, neste cenário, aquelas eleições que apressadamente a comunidade internacional e Portugal consideraram democráticas não resolveriam nenhuma questão, exactamente, porque eram mentirosas.

A questão da Guiné e de muitas outras terras de África exigem um intervenção forte da ONU para fazerem respeitar os direitos humanos e os direitos elementares e básicos das pessoas, e submeterem ao Tribunal Penal Internacional os criminosos que usurpam o poder para espoliar os seus povos.

Tudo isto são desgraças previsíveis e anunciadas que alguns denunciam, mas os amancebados com a gula, a luxúria, a ganância, a vaidade, a avareza, nem sequer querem ouvir., e seguem em frente na senda dos Cavaleiros do Apocalipse: Fome, Guerra, Doença e Escravatura.

SENHORES DO MUNDO SIGAM EM FRENTE, MAS, POR VEZES, OS ESCRAVOS REVOLTAM-SE, OUTRAS VEZES, OS BANDIDOS, PRIMOS DOS BANDIDOS ANTERIORES MATAM OS SEUS PRIMOS. NUNCA O ESQUEÇAM, MAS SIGAM EM FRENTE.

POBRE ÁFRICA!


andrade da silva
PS: publicado neste blogue em Novembro 2008. Uns gritos, umas vozes e um MUNDO de IGNOMÍNIA E CÚMPLICES .


Amanhã há eleições muito perigosas na Guiné (estou a escrever na véspera deste tão importante acto para aquele país, e que tem passado tão despercebido entre nós). A Guiné, país, nosso irmão, caiu numa das mais trágicas decadências, em que um povo e um estado se podem encontrar.

Para além da profunda crise democrática em que este país vive há muitos anos, o facto mais trágico dos últimos tempos é que a sobrevivência de muitas famílias depende do narcotráfico.

Quando o Estado não tem possibilidades de satisfazer os seus compromissos sociais, desde o pagamento de salários e outras prestações sociais, é evidente que os corruptos se agarram ao negócio da droga para enriquecerem e os miseráveis para sobreviverem.É muito significativo que a preocupação portuguesa e da comunidade internacional se limite a uma fiscalização ao modo como as coisas vão correr, quanto à ida das pessoas às urnas, o que, além, de ser um acto muito pouco eficaz, porque a democraticidade das eleições não se reduz ao acto formal de votar, contrariamente, tem muito mais a ver com todos os demais procedimentos a montante, responde sobretudo a um sentido de desculpabilização da comunidade internacional, para poder dar como encerrado o dossier Guiné, logo que proclame ao Mundo que as eleições foram democráticas.

Infelizmente a realidade é outra. Todos sabem que as ditaduras, a corrupção, a eliminação física dos adversários existem e continuam impunes, em muitas das tais ditaduras ditas democráticas, pela comunidade internacional, o que quer, que isto seja.Seria muito importante que os tribunais internacionais averiguassem, a fundo, a responsabilidade e os responsáveis do narcotráfico na Guiné e noutros países.

Seria importante saber-se a quem serve este crime, e em que escala está a ser usado pelos próprios estados para cumprirem as suas funções, e de uma forma mais evidente, para permitirem a riqueza criminosa dos seus apaniguados, para depois submetê-los à justiça internacional. Esperemos que a América de Obama seja conquistada para esta ideia.

Que a GUINÉ E O POVO DA GUINÉ VENÇAM


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