Cada poeta segue seu caminho o verso impera em urna virginal misto de sol, de mosto, de espinho incenso ou essência matricial. Afunda o olhar na vaga em que o poema rebenta essa incerteza que alaga a memória poeirenta. Vai no caminho de tudo irmão do que é e não é despir em cada som mudo a origem da maré. Cada poeta segue seu destino como escola interior à luz desperta voz a subir do tempo de menino até à semi luz da descoberta. O verso impertinente voga verde amadura palavras e sentido... a urna vai enchendo e nada perde além do todo que foi já perdido. Cada poeta é só mais uma imagem fuligem de palavras ou vindima a semear os versos da bagagem que leva vida abaixo, vida acima. Mas de cada colheita acontecida o mosto a latejar é sementeira do seu olhar poisado sobre a vida a gritar rubra como uma fogueira. Marilia Gonçalves
Jesus e Marx
Há 3 meses
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