Nunca a violência gratuita pode em qualquer circunstância ser uma forma justa de criticar, censurar, ou alterar o que está errado. É inaceitável e inqualificável.
A crítica deve ser justa, fundamentada e ter por objecto actos concretos que à luz da moral, do direito, do comportamento leal e honesto mereçam reparo.
Pode merecer reparo partidário a separação de um militante que depois renega tudo quanto fez, e calúnia os seus camaradas, neste caso, há quase um acto de perjúrio que deve ser denunciado, de acordo com as regras do sistema democrático e livre, ou seja, usando o grande instrumento que é a liberdade de expressão.
Todavia se um membro de um partido ou de uma organização sai, porque discorda das orientações actuais dessas organizações, a sua decisão tem de ser acatada e respeitada, e sempre estudada quanto aos seus fundamentos e razões, pelas organizações de pertença.
Nenhum cidadão pode ser publicamente humilhado ou violentado, só porque deixou de pertencer ao partido de que os violentadores fazem parte, este acto é bárbaro, e não serve os propósitos da luta contra a injustiça social. Pelo contrário, dá mais força aos que vêm nas justas lutas e descontentamento um impulso totalitário execrável.
Nestes termos os actos praticados contra o cidadão Vital Moreira são intoleráveis e inaceitáveis.
A sua instrumentalização também não é dignificante, mas o que deu azo à mesma foram os actos inaceitáveis que têm de ser evitados, conquanto possam vir a acontecer de um modo mais grave e com maior dimensão, fora do controlo dos partidos e dos sindicatos.
De qualquer modo repudiando a acção de algumas pessoas contra o cidadão Vital Moreira e, de um modo, totalmente separado destes acontecimentos, o comportamento deste nosso concidadão ao proclamar e, bem, que o Dr. Durão Barroso não é quem serve a Europa, e depois ser o cabeça de lista de um partido, o PS, que apoia, antes das eleições parlamentares para a União Europeia aquela personalidade, o que, além de parecer um acto anti- democrático que invalida, em parte, o sentido daquela votação, torna moral e politicamente insustentável a posição do Sr. Vital Moreira que, deste ponto de vista, merece a mais forte e veemente critica que lhe endereço, por tamanha e insuperável contradição e ambiguidade, num jogo em que parece que vale tudo. Facto que põe em causa os valores morais que deviam enformar a vida política, circunstância também ela intolorável numa Democracia de valores.
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