quarta-feira, 7 de outubro de 2009



Meus olhos cantaram açucenas

e orquídeas de luto

foram surgindo no tempo enevoado

a morte é a estação. Amargo fruto.

Sombrearam-se círios, loucas naves

perseguem a rota desenhada

despegadas do céu as densas aves

em procura contínua, aberta ao nada.


Apenas negros, negros os teus olhos

me vão falando do fluir do tempo.

E tu ó astro meu, entre os escolhos

és um pedaço de luz sem movimento.



Marilia Gonçalves


1 comentário:

Anónimo disse...

http://80anosdezeca.blogspot.com/