
Meus olhos cantaram açucenas
e orquídeas de luto
foram surgindo no tempo enevoado
a morte é a estação. Amargo fruto.
Sombrearam-se círios, loucas naves
perseguem a rota desenhada
despegadas do céu as densas aves
em procura contínua, aberta ao nada.
Apenas negros, negros os teus olhos
me vão falando do fluir do tempo.
E tu ó astro meu, entre os escolhos
és um pedaço de luz sem movimento.
Marilia Gonçalves
1 comentário:
http://80anosdezeca.blogspot.com/
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