sábado, 23 de janeiro de 2010

HAITI – VIDA. HAITI- MORTE, ONDE, TUDO É AINDA PRECISO. MAS PORQUÊ?


Uma vez mais os artistas se juntaram num espectáculo universal, para socorrer as vitimas do Haiti, que nunca mais será Haiti para os mortos, mas poderá, de algum modo, ainda, vir a ser o Haiti dos sobreviventes, se o Mundo não se cansar destes desgraçados, e rapidamente os entregarem aos ditadores e à sua sorte, ou até aparecer outra catástrofe para onde com malas e bagagens toda a comunicação social se mudará. Cinismo meu não, são os factos que o revelam, basta recordar a Bósnia, Kosovo, Timor, Iraque e os tsunamis na Indonésia.

Haiti que nasceu da revolta dos escravos e depois, através da cumplicidade internacional que tem apoiado ditadores, novamente se tornou um país de escravos para a maioria, no que também reside um factor determinante da dimensão desta tragédia, porque nunca houve nenhuma politica de desenvolvimento para o Povo.

Se é importante registarmos esta imensa onda de solidariedade, não deverá esquecer-se que é numa solução deste tipo, catastrófica, colossal, dantesca que através de tragédias naturais, guerras ou pandemias artificialmente induzidas que desde há décadas, muitos vêm divulgando que assenta o plano B, pretendido pelos poderosos para tornarem a terra um lugar habitável com o desaparecimento de milhões, biliões de seres humanos, o que, não só aliviaria as graves tensões sociais, civilizacionais que aí vêm, mas daria resposta à questão de que a universalização da economia ocidental para ser viável, precisaria de três terras. Esta solução com o desaparecimento de milhões, não é, aliás, em nada muito diferente do que aconteceu na Idade Média com a peste negra.

Mas haverá alguns sinais da possibilidade de existência, ou de algum pensamento sobre este plano B? Se atentarmos no que tem sido dito sobre pandemias nos últimos anos, incluindo a da gripe A, temos de ficar muito, muito preocupados, por não sabermos se estamos, ou não, perante balões de ensaio. Todavia se deixarmos estas coisas mais virtuais, como, então, se poderá explicar a cumplicidade do Mundo face aos vários genocídios em África, com milhões de mortes, por exemplo, na região do Ruanda? Será porque morreram em guerras feitas com armas vendidas pelos senhores da guerra da Europa e das Américas? Será por causa disto que cai o silêncio, sobre estas mortes, ou será porque farão parte da SOLUÇÃO FINAL, dos tempos modernos.

Regressando ao Haiti esperemos que o auxílio chegue ao POVO, e não seja mais uma fonte de enriquecimento ilegítimo de todos os corruptos e totalitários que com as suas faces ocultas ou não, impunemente, no seu país e no seio da comunidade internacional, sugam todo o sangue aos povos e aos países, e nesta triste rota, ressalvando as trágicas e infinitamente grandes diferenças, também Portugal está cada vez mais emaranhado.

VIVA O HAITI, MAS É PRECISO MUDAR O MUNDO, PARA ERRADICAR VÁRIOS HAITIS: SOMÁLIA, SUDÃO, ETIÓPIA, NIGÉRIA, PALESTINA, ÍNDIA ( a miserável), AS RUAS DOS SEM ABRIGO EM LISBOA, PARIS E AINDA EM LISBOA MILHARES E MILHARES DE HABITAÇÕES DOS POBRES, verdadeiros casebres que cairão e matarão os seus habitantes ao menor tremor de terra, como os ilustres técnicos do Instituto Superior Técnico, do Governo, das ONG’S e da Protecção Civil sabem muito bem, então, porque se calam?

Que caia o pano que esconde as faces ocultas da vilania, da mentira, da hipocrisia, da corrupção, mas porque não cai?


23 Jan. 10

andrade da silva

3 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Ser humano, meu irmão
à nossa porta igualmente
vem bater o coração
da vida de toda a gente.

Se na construção da vida
soubermos dar-nos as mãos
mesmo se dói a subida
seremos todos irmãos.


Mas se cada um optar
pela outra estrada velhinha
verá no tempo a passar
a vida morta, sozinha.

Por isso o tempo é de opção
de escolha firme e urgente
ou damos vida a um irmão
ou morremos igualmente.

Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Eis uma grande verdade só há um continente - A HAMANIDADE - não há ilhas. A morte de alguns ou muitos poderá significar uma séria ameaça paro o todo. Ninguém, melhor dizendo, nenhum plebeu, ninguém do povo - o povo é o zé povinho do Bordalo e do Eça, é muito diferente do todos são povo, o que, é uma blasfémia, e não me chamem de radical ou comunista, porque só observo um facto, ponto -está de fora e, nomeadamente, a lisboa dos pobres em caso de terramoto está seriamente ameaçada, e os desgraçados dos pobres evelhos que aí vivem serão arrasados, não só por causa do cataclismo, mas por causa da podridão da suas casas.

Quem os acode? Qem estuda o risco? Será tmbém que as ONG´S estão à espera do grande cataclismo para reclamarem intervenções? Onde param a protecção civil, a ordem dos engenheiros etc. ?
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010
mais 17 mil americanos vão para o Haiti. fazer o quê?

foi a notícia que ouvi. estão mais 17 mil!!! americanos preparados, com toda a parafernália de guerra que lhe é useira, para seguir para o haiti, além dos tantos que já lá estão. mas o que é que vai acontecer no haiti, além do que já aconteceu? estará o haiti entre os países "perigosos"? será o haiti um perigo terrorista para a segurança dos usa? não é essa a justificação para todas as invasões, guerras e violências, com que os usa pretendem calar as vozes que ousam protestar contra o seu poderio? será o medo de uns singelos "che's" pintados nas paredes, ou nos bonés dos sobreviventes? o que pode legitimar tamanha sanha de ocupação/invasão? ou será apenas uma ilha, pequena, corpo de jacaré, resistente e revolucionária desde que eu nasci? porque é que não se fala disto? em portugal, ou no mundo? porquê um silêncio tal? que encobre este império de mal?
http://octopedia.blogspot.com/2010/01/ocupacao-americana-do-haiti

Publicada por sou azinheira

http://soplanicie.blogspot.com/