terça-feira, 2 de março de 2010

Vendaval d’espuma




Vendaval d’espuma 

Sei lá se é poesia isto que digo
Se a forma de o escrever vive comigo
Me concilia e me renova vida
E cria meu olhar maduro trigo
Na longa estrada de perigo vencida
Sei lá se é poesia,
Sei, que às vezes,
Atravessando os dias e os meses
Ela me dá a mão
E diz baixinho
Tudo o que quero ouvir
E todos calam,
Só os seus olhos, é que brilham falam
E vencem meu relento
Se poesia é,
É tão sentida,
Tão cheia de ternura,
É tão de vida
A esbracejar ao vento,
Que deixo de ser eu
Apenas uma,
E passo a ser um vendaval d’espuma

 Sou onde me vai o pensamento!


                                                                        Marília Gonçalves

3 comentários:

só planície disse...

sem dúvida que é poesia marília
e eu gosto
bjs

Marília Gonçalves disse...

melhor nao fora!
a poesia é maldição sobre o berço inocente e paga-se toda a vida, em desenganos ao roçar na falsidade, no carnaval do Mundo.
mas obrigada pela sua apreciação amistosa
abraço
Marília

Marília Gonçalves disse...

Urgente Transformação

Medo à hipocrisia?
Pior ainda aversão!
Cilada que vence o dia
E cala qualquer canção.
Deslealdade feroz
Mentira que vence em nós
Esse mundo da infância
Mudando o timbre da voz
Dessa tão pura fragrância.

Fugir como uma gazela
Da fera quando a encontra
Porque o felino esfacela
O coração duma pomba.
A tremer de solidão
Grita em nós o nosso irmão
A pedir-nos lealdade
Vamos estender-lhe a mão
Vencer em nós a maldade.

Um mundo espera por ti
Novo de luz que sorri
Perante tua vontade
Irmão ergue teu olhar
É permitido sonhar
Com o esforço e a vontade.

Marília Gonçalves