quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CONTRA-CONTRAREVOLUÇÃO ALERTA N+18 ( PRÉ-FINAIS)



BASTA DE TANTA PRÁTICA INCONSTITUCIONAL

De acordo com a alínea d, art. 9 da Constituição, que obriga o Estado a promover a IGUALDADE REAL entre os portugueses, todas as leis que provoquem desigualdade real, são inconstitucionais, isto é, são imensas, mas infelizmente nem um décimo dos deputados - 25 - se têm mexido para activar os mecanismos da inconstitucionalidade por afastamento dos objectivos consagrados na Constituição.

Como é óbvio a direita quer privatizar o Estado na parte restante que o PS não o fez, mas, então, devem arregimentar forças e derrubarem o actual sistema politico, para se reunirem numa nova constituinte e criarem uma nova República, ou instalarem a monarquia.

Quanto ao direito de escolha de hospitais e escolas seria bom que o SNS tivesse a mesma qualidade dos hospitais privados que têm um número reduzido de utentes, enquanto os públicos parecem aeroportos.

A igualdade nos cuidados de saúde nos hospitais das grandes cidades está muito longe, entre o SNS e os Hospitais privados, algo parecido se passa entre muitas escolas do secundário.

Todavia o financiamento do Estado Social tem de ser muito estudado. Em 1º lugar é preciso arrumar a casa: o que fazem 13.000 Organismos do Estado, só estão a produzir burocracia, mas não podem fazer outras actividades produtivas? O que fazem tantos assessores? Porque não se combate a corrupção, a economia paralela, a fuga aos impostos? Porque não há justiça fiscal?

Enfim quais são as prioridades de desenvolvimento e aproveitamento dos nossos recursos em termos de produção e das suas possibilidades, como por exemplo o mar de que alguns tão tarde se lembraram etc.?

Também é preciso dizer que o Estado em Portugal não pode ser dispensado pela fraqueza e incapacidade de investirem, em actividades produtivas, dos empresários portugueses.

Por total incapacidade dos nossos empresários, o Estado, os tem substituído no emprego, na saúde, na educação. Se o não tivesse feito nestes 36 anos, Portugal seria um país ainda mais periférico cheio de analfabetos e gente sujeita a um trabalho escravo do tipo do asiático. Realidade social pura e simplesmente inaceitável.

Portugal não é, nem a Suécia, nem a Inglaterra e muito menos a Alemanha, onde, o neo-liberalismo e os conservadores podem aplicar as receitas liberais.

Nós temos de seguir outro caminho, mais de acordo com a Constituição, o de criar um PDDD, Programas de Desenvolvimento da Democracia e da Dignidade.

Neste quadro a santa aliança liberal entre o PS, PSD, Mário Soares, o cheirman António Mexia, banqueiros e outros interessa mais ao subdesenvolvimento, de que é portador os PEC, do que a efectiva realização da Constituição no que contem de progressivo e alavanca do desenvolvimento.

A constituição é o caminho alternativo ao neoliberalismo.

andrade da silva

7 comentários:

GiaSantos disse...

Gostei e concordo pois, não será alterando a constituição que encontraremos o caminho certo,
foram as políticas erradas sem preocupação de um crescimento sustentável e dignificante de todas as camadas sociais que colocaram o país no caos em que se encontra.
Na situação actual não se vislumbra previsível, a indispensável, arrumação da casa, isso implicaria o fim das clientelas política e da corrupção, a qual é sustentada pelo medo, indiferença e índole venal de muitos portugueses, ávidos por uma oportunidade.
Só pela ruptura será viável encontramos o caminho certo, não será no parlamento actual que encontraremos os meios e as vontades para a mudança.
Um abraço

andrade da silva disse...

Marilia
Obrigado por com toda a oportunidade me ajudar na incapacidade técnica que me encontro.

Luzia

Completa e totalmente de acordo, mas o tempo para alterar o rumo das coisas, no sentido da justiça social, esgota-se, e a Europa mais pobre está CERCADA por governos liberais e conservadores, o que, pode agudizar as clivagens entre a Europa rica e a periférica, mas nós, por Portugal, precisamos de 40 a 50 anos para aquecer os motores, e tem sido a tropa a resolver a questão cancerígena, o que passou de moda.

Logo a mudança verbal protagonizada por alguns manter-se-à ao nível do verbo, enquanto no tempo real se irá assistir ao assalto do poder pelo centro-direita liberal e pelos conservadores e a uma agudização das lutas sociais, que se caírem em impasses serão motivo para que muitos alcancem um elevado grau de exaustão.

Mas à esquerda parece que poucos querem ver esta realidade, e, daí, a negam, mas, na minha opinião, mal, porque re-insisto para mudar eleitoralmente o rotativismo são precisos mais de 2 mil de votos, e mais de 1 milhão destes votos têm de ser arrancados à abstenção.

Ideia, esta, que até parecia que alguns queriam agarrar, ( Movimento Nova Esquerda) mas para além das ideias são precisas pessoas diferentes, isentas, honestas, convictas para as realizar, e, aqui, a porca torce o rabo. De um modo geral os dissidentes dos partidos transportam tudo os que eles têm de pior e iníquo, a safadice da politica na sua expressão PIG. Uma vil e apagada tristeza.

abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

BARQUEIRO DO BARCO NEGRO

Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Naqueles longes de bruma
tenho os meus irmãos esperando
o estilhaçar do silêncio
que pesa sobre a montanha.

Naqueles longes de bruma
os homens perdem o riso.
Parou o tempo. E o Sol
desmaia logo ao nascer.

Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.

O hálito de fogo e cinza
do monstro que traz a morte
seca os prados, seca os rios,
faz mirrar os pensamentos.

Não há estrela que perdure
na noite densa do medo.
Neva o luar sobre as casas
enregelando a vontade.

Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.

Morrem os rios nas fontes,
morre a semente no chão,
morre o grito na garganta,
morre o protesto no sangue.

Os lobos rondam uivantes
de lanternas apontadas.
Barqueiro, quero voltar
com olhos de fogo-posto.

Barqueiro do barco negro,
ai, barqueiro do barco negro...


A acção revolucionária tinha de se defender do seu mais directo inimigo, a polícia política, os torcionários da PIDE com o seu exército de informadores, os “bufos”.

Carlos Domingos

GiaSantos disse...

Cara Marília
É com tristeza que reconheço que aos poucos se vão refazendo as condições em então vivíamos.
Naqueles tempos era o medo da PIDE que nos tolhia, hoje voltaram a manietar-nos pelo medo, todos nós já vimos, e/ou até sentirmos na pele, os efeitos de manifestarmos publicamente opinião contraria ao poder instituído.
Hoje desconfiamos de tudo e de todos, não sabemos quem nos vai tramar, pois o exército de "delatores" renasceu pronto para sacar os dividendos.
Os partidos políticos são, no ínfimo, responsáveis pela omissão dos factos que levaram o país ao caos a que chegou.
A todos os resistentes da ditadura o meu muito obrigado, por terem vencido o medo e lutado por um país mais justo, plantando a semente que nos levaria ao Abril de 1974.
Um abraço
Luzia

Marília Gonçalves disse...

O burguês
A gravata de fibra como corda
Amarrada à camisa mal suada
Um estômago senil que só engorda
Arrotando riqueza acumulada.

Uma espécie de polvo com açorda
De comida cem vezes mastigada
De cadeira de braços baixa e gorda
De cómoda com perna torneada.

Um baú de tulices. Uma chatice
Com sorriso passado a purpurina
E olhos de pargo olhando de revés.

Para dizer quem é basta o que disse
É uma besta humana que rumina
É um filho da puta, é um burguês.


Ary dos Santos

Marília Gonçalves disse...

Capitão de Abril,
não tem que agradecer a pequena ajuda que dou, sei por mim que os computadores por vezes "teimam" e nem sempre conseguimos levar a bom termo uma tarefa.

E afinal: SOLIDARIEDADE é também escola de Abril
assim nossas palavras encontrem eco de leitor em leitor para que enfim Portugal acorde e volte aos rubros cravos que são pão e o mais que faz falta como devolver o Poder à malta...
Marília

Manuel Jorge disse...

Cara Marília Gonçalves

Repetição


CARLOS DOMINGOS, a prisão de um homem de enorme dimensão: política, humana e social
pela pide, em Fevereiro de 1972,

CAXIAS CELA 24
De onde veio o preso da cela 24? Quem é esse Homem, que galopa a toda a liberdade? Quem é este homem, este preso e livre-pensador, que “tortura” os seus carrascos, com a sua superioridade moral e ética. Quem é esse homem destemido e de incomensurável coragem,? Pobres carrascos, pobres guardas, pobre prisão, pobre cela 24, cuidado, ele personifica a alegria, o amor, a lealdade a fraternidade a amizade...Ele defende aquilo que vocês esbirros da maldade e do ódio mais temem: a liberdade! Fujam, cambada de patifes! Fujam malditas almas de todos os tempos inquisicionais, Fujam malditos, fujam. ..
Deixo aqui, um abraço muito sentido de até sempre ao ao saudoso e querido Amigo Carlos Domingos

Manuel Jorge
18-01-2014