sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011






JOVENS E IDOSOS GERAÇÕES DO NEM-NEM.

Na Europa todos os poderosos olham com algum desdém a revolução árabe e muito descansados estão, primeiro porque a miséria e a opressão, por lá, são tremendas e a falta de democracia impede a ilusão da solução dos problemas.
A democracia que para ser exercida, de modo a provocar alterações políticas, exige milhões de euros que só alguns partidos têm, é o melhor instrumento, para continuar a vitimização e o empobrecimento consentidos.
Assim, no caso português, ficam 50%, cerca de 5 milhões de concidadãos fora do sistema, mas isto não preocupa nada os senhores do poder, porque crêem que aquela gente aguentará tudo por mais de um século.
Só há um pequeno-grave problema o desemprego jovem, desemprego intelectual, que pode ser o espoletador de graves convulsões sociais, como há 50 anos previu Raimond Aron
Os jovens constituem a geração nem-nem: nem emprego, nem estudos, no que são acompanhados pelos idosos nem-nem: nem vida, nem morte, mas estes de facto só esperam a morte. Só há uma casta sim-sim: dinheiro sim e muito; poder sim e muito
Mas, nós, por cá todos bem... Enfim
andrade da silva


1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Ao olhar a imagem que acompanha o seu texto,ao ver a mancha vermelha no chão, perguntei-me qual seria o significado da mancha e que leitura dela se pode fazer
a mancha encontra-se debaixo dos pés, quem diz pés diz passos, uma jovem com passadas que a fazem sangrar,de desamparo, dor, talvez miséria, de qualquer forma sofrimento.
De repente vi a rua, cheia de gente a sangrar interiormente, de aflição, de desespero. Mas seu sangrar é invisível! por vezes bem escondido, mesmo se for num grito de revolta, num palavrão.
Jovens ou não, há muito sofrimento a povoar as ruas!
pergunto-me de novo: será que se este sangrar oculto, em vez disso, fosse um sangue exterior, que esta hemorragia da alma, se tornasse numa hemorragia materializada e se visse sangue a escorrer, ficaria quem passa no mesmo estado de indiferença?
Quem souber responder, que o faça! eu tenho um tropel de pensamentos a bater-me contra as fontes, porque tão longe vejo e revejo as ruas de Abril-Portugal incendiadas de Luz, vejo rubros cravos de presente e futuro e um grito tremendo ecoa em mim: QUEM SEMEOU ESTE OBSCURANTISMO? se a Revolução semeou Luz!QUEM VEIO PELA CALADA SEMEAR TREVAS?
HÁ UMA COLHEITA A FAZER QUE NOS PERTENCE? GENTE DE ABRIL! A COLHEITA DO QUE TODOS JUNTOS SEMEÁMOS: FRATERNIDADE! LIBERDADE SIM? MAS NÃO A LIBERDADE DE VIGARIZAR, NÃO A LIBERDADE PARA SER CORRUPTO E FAZER MAL AOS OUTROS
E NUNCA POR NUNCA SER,A LIBERDADE DE DESTRUIR ABRIL-PORTUGAL

abraço minha gente, Esperança e a Luta Continua
Marília Gonçalves