sexta-feira, 4 de março de 2011

POESIA TOTAL



Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
 

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.


Manuel Bandeira

4 comentários:

Marília Gonçalves disse...

a morte mesmo? ou "la petite mort".
Marília

andrade da silva disse...

lindo, mas doloroso.

A morte é um grande disparate, mas como já tinha falado a eternidade já está descoberta, não sei por quantos milhares de euros.

Não se descobre é como acabar com as ditaduras e os intolerantes. A descoberta da imortalidade já é notícia na grande imprensa.

Mais uma razão para os escravos e os cangados se revoltarem por que daqui a décadas os poderosos só morrerão há bomba, mas eles vão-se defender deu m modo total.

Vem aí o Inferno TOTALITÁRIO, vivemos no purgatório totalitário total, isto sem alarmismo é uma questão de pensar logicamente..

mas esta oportunidade é pra os que agora nascem.
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

qual? se o primeiro passo for verdade, nao hà razao para que outros passos nao se dêem!
ora meu amigo, aqui sim, as suas teorias teriam cabimento, amar por toda a eternidade o mesmo ser, até esquecer o porquê!!! ah ah ah grande sarilho!!!
oh Companheiro, troque-me isso por miúdos, que à primeira está a cheirar-me a charlatanice!!! a que preço? o velho sonho da humanidade!!!
hum.... a ver vamos como dizia o cego, mas aqui por França nada ouvi, ou passou-me despercebido
abraço amigo
Marilia

Marília Gonçalves disse...

qual oportunidade? a eternidade ou o totalitarismo? porque se é os dois nao sou servida, muito obrigada! se for i segundo só, também não quero,aceito a eternidade sem contrapartidas! e sem partidas
ah ah ah ah
abraço a todos os sempiternos
Marilia