terça-feira, 3 de maio de 2011

Nas Asas do Vento-Poema de Andrade da Silva



Nas Asas do Vento

 Vida

 eterno abismo

E, eu, sempre, sempre,

nas asas do vento:

ora bonançoso, frágil, mulher;

ora furacão, violento, guerreiro.

Justo?

Umas vezes sim, outras não.

Mas qual será o meu fado?

Ainda terei Futuro?....

( abraços e beijos, segundo os costumes)

3 Mai. 11

andrade da silva

6 comentários:

Marília Gonçalves disse...

meu amigo, se nem você se entende quem lhe pode valer? a amizade acompanha, mas não resolve
de qualquer forma todos vamos vivendo com nossas angustias e cicatrizes, por vezes mal curadas.
abraço
Marília

andrade da silva disse...

Oh Marília

Obviamente que não é nada disso que escrevi, o que está é menos linear que isso e quiçá um pouco mais inteligente.

Uma das coisas que mais pratico são exercícios de meta-cognição saber donde venho, onde estou e para onde vou de acordo com o meu projecto de vida, e que caminho ainda me falta a percorrer, acto que não tem só a ver comigo, claro.
Todavia andando a Marilia Há uma data de anos a escrever poemas será que nunca descobriu a sua transcendência? Muito embora no meu caso, só falo de estados de alma que nada têm a ver com cicatrizes e angústias, o que sempre me moveu foi o Futuro para que avanço de frente e não de costas, outros avançam às a recuas e sempre com medo do Futuro.

No meu caso não roço as cicatrizes pelo chão, isso, considero atitude de VERMES, eu luto e indigno-me com as pessoas de pensamento único, fechadas, arrogantes e a mais das vezes cobardes.

Eu grito para ensurdecer os que têm a cerviz dobrada, ou nem sequer entendem que o mundo não é estático.

Considero que o seu comentário são palavras atiradas para o ar confundindo uma mão cheia de coisas fundamentais que nem vale a pena referir.

andrade da silva disse...

Mas o que é o meu futuro? O que devia ser o futuro de todos nós?
No meu futuro está englobado o das crianças que acabam de morrer de fome, doença e um tiro , o meu futuro não o vejo, nem o quero só para mim, o meu Futuro só tem sentido com se outro justo, luminoso houver para a sociedade, de outro modo é este presente sempre a impor-se a todos e sobretudo a tornar milhões de pessoas miseráveis, a matar gente indiscriminadamente, mas se de altruísmo falo, também me indigno, porque não tendo contribuído decisivamente para o endividamento externo, fui enganado e vou perder direitos por várias vias abaixamento nos rendimentos que não deviam acontecer, porque fui conduzido para uma situação em que abdiquei de outras garantias para que isso não viesse acontecer e vai.
A medida no corte dos vencimentos é injusta e mais injusto é tratar de modo igual o que é diferente, cria mais desigualdade, o que é Inconstitucional até, de acordo com o artigo 9º da Constituição.

Estou indignado pelo presente e não pelo passado.

abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

não é o único a bater-se contra o sofrimento e a injustiça, se formos pelo seu caminho, comecei muito antes de si, o que nem sequer me dá direito, de me pensar única no amor aos que sofrem, aliás também tenho amor aos que não sofrem, há quem tenha uma vida regular, sem viver de beber o sangue alheio
e é porque tanto aprecio o que é belo, justo, alegre e humano, que me bato, para que todos tenham direito de viver o molhe possível e com alegria de viver
e quanto à sua agressividade, não me atinge, você meu caro, não suporta ser contrariado
mas o que me faz sorrir é como consegue tirar tanta coisa, de tão poucas palavras que escrevi sobre o seu poema... apenas o achei triste (o poema) o que nem sequer é defeito e até muito frequente em poesia, desses tenho centenas, mas guardo-os, prefiro tentar semear um raio de sol e guardo para mim a dor
mas combatemos juntos há muito, sabe, que sou sua amiga, mas que não tenho o costume de dizer sim a tudo, nem aos amigos, diga-se de passagem que nas poucas palavras acima, nem sequer podia estar em desacordo, cada um sabe o que lhe vai por dentro, é um poema intimo, como poderia pretender outra coisa?
agora o que acho que ainda sei, é ler poesia
Marilia

andrade da silva disse...

Não se zangue.

Nem sabe quanto sou contrariado e não sou agressivo, quanto às opiniões ainda hoje estive a recordar incidentes com um aluno meu de uma turma de 1997 que me apresentou a outros com as qualidades que me nega que é da tolerância e de aceitar ser contrariado e ter coragem moral para manifestar a minha opinião, assim em 1977 sendo eu tenente- coronel e professor de comunicação, quando estava a apresentar correctamente um modelo de 1940 de comunicação linear um aluno sargento só porque estava a tirar o mestrado em comunicação, na turma, à vista de todos disse que aquilo era um grande disparate.

Talvez, porque nunca esteve na tropa não saiba o que isto quer dizer, mas pode ser objecto de castigos, comigo só foi objecto de conversa, estes exemplos multiplicam-se e hoje sou amigo desse camarada que é major no exército e aprendi, muito, muito com ele, quanto aos métodos de trabalho da comunicação social.

Como não me conhece faz as suas deduções, quem me conhece sabe quem sou, de qualquer modo já lhe expliquei que ao fazer determinados comentários públicos tenho de responder, como é óbvio não para si, porque isso poderia fazer pelo seu e.mail, mas para quem lê.

Obviamente que amo todos os seres humanos só sou alérgico aos ditadores que julgo que deviam ser julgados pelo seus crimes, ponto.

Quanto ao mais, ponto.

Como todos os que me conhecem sabem fora e dentro da vida profissional o que nunca quis perto de mim, foi gente que dissesse sim a tudo. todas as equipas de trabalho com que trabalhei ao longo da minha vida tinham o pensamento divergente, e de que modo, mas a sua afirmação sendo curta é absolutamente abusiva e inadequada, porque tenho os dois pés assentes na terra, não penso do sempre do mesmo modo que a Marília, mas nunca lhe disse que provavelmente não se entendia consigo, porque considero que tem a liberdade de pensar como entender, agora não tem nenhum direito para fazer juízos de valor de carácter pessoal, é um principio dos direitos chamados assertivos das pessoas que deve ser respeitado.
abraço amigo
asilva

Marília Gonçalves disse...

OLHE QUANTO 0 TROPA? PODE ESTAR CERTO. NÃO É TALVEZ.É QUE NÃO FIZ MESMO
quanto ao resto, não alimento a fogueira com mais lenha
não nos vamos enganar de adversário, a Luta não é entre nós, mas contra os inimigos do ser humano
abraço
Marilia