domingo, 16 de outubro de 2011

NESTE PAÍS À RASCA, AS ONDAS DE PROTESTO VOLTARÃO TSUNAMI?





 A gente conservadora, arrogante e mesmo reaccionária, olha para os protestos deste dia, 15 de Outubro de 2011,  e  para todos os outros, como actos inúteis sem significado, um folclore absolutamente surrealista  e inconsequente. Mas será que eles acreditam mesmo nisto?

Não, mas fazem que acreditam, todavia sobretudo  crêem que a demissão da maioria  do povo e dos povos e a força bruta manterá os escravos no redil. Mas será sempre assim?

Todos os conservadores sabem, desde Spartacus que não é assim,  e, por isto mesmo, procuram desvalorizar estas acções, porque têm um terror que estas ondas se transformem em tsunami, e levem tudo à frente, e se este ponto for atingido, os conservadores, temem que as forças policiais e militares já não sejam um dique ao protesto que pode extravasar o comando  dos sindicatos e  dos partidos tradicionais, ou que, estes sejam forçados a saírem dos limites da  sua carta de alforria, patenteada pelo poder, através de processos graves, dolorosos, mas talvez imperativos de alteração das lideranças e dos programas para um período de EMERGÊNCIA NACIONAL E EUROPEIA, ainda, como vincada ameaça no horizonte do curto ou médio prazos.

 Depois deste período se não  forem derrotadas as forças regressivas, teremos, finalmente, a sociedade desenhada pelo tenebroso poder financeiro, uma terra com amos para 2/3 da população, e um pequeno a grande paraíso para o restante 1/3, ou seja, o 1% dos mais poderosos, 10 % dos gestores das fortuna  daqueles e  os outros 20% a viverem bem.

Neste muito provável cenário, o que vai acontecer é que, se o processo de subdesenvolvimento continuar, para atingir aqueles 2/3  dos portugueses com  medidas de destruição massiva, cada vez mais os nossos concidadãos se vão sentir enganados e, cada vez mais, muitos, muitos mais vão ficar para trás, e atingido este estado, podem os enganados, passarem rapidamente a indignados e a desesperados, e no desespero pode o medo pela  morte ou a prisão não assustarem tanto, e levar o POVO a experimentar ou fazer valer a força que tem.

Compreendo que para os conservadores que vêem estas manifestações a partir das Televisões considerem  mais os aspectos, para eles, folclóricos, do que os reais sentimentos dos manifestantes.

 Todavia quem anda lá, sabe bem que a ansiedade da maioria é  muito, muito elevada. Todos consideram  estas manifestações  importantes, como sinais de mal –estar que devem ser ouvidos, mas que  têm o seu quê de sabor a….

 Ninguém é estúpido, mas estúpido seria fazer ouvido de mercador ao grave sentimento de revolta por toda a disfuncionalidade, incompetência, falta de valores e probidade, dos que têm usado mal o poder que o Povo lhes delegou, em Portugal, na Europa e no Mundo, mesmo nos EUA, como se está a ver.

Estas ondas chegarão a tsunami?

Na minha opinião,  e em relação a Portugal precisam de vir a sê-lo, mas para isso é preciso mudar a visão de 6.666.666 portugueses  sobre a sua real situação de pré ou vítimas destas politicas sociais, económicas, culturais, gizadas no interesse dos 1% dos mais poderosos, mas, que  também  servem ao  interesse egoísta   de  30% dos seus acólitos, que vão  dos ligeiramente a muito privilegiados.

Naturalmente, que se estes movimentos emergentes perceberem   que a realidade  da governança  e da sociedade  têm de ser globalmente alteradas no sentido da democracia, com democracia, na sua forma mais directa e participativa; da defesa da Dignidade de todos  do nascimento  até à morte; e do Desenvolvimento sustentado   económico, social e culturalmente, e que, tudo, diz respeito a todos, como as pessoas das gerações mais velhas  claramente o afirmaram com a sua presença nas manifestações de hoje, teremos todos os átomos, para que um grande tsunami  limpe finalmente todo este chiqueiro,  claramente, por todos percepcionado ,  desde quando o primeiro poderoso com provas claras de crimes contra os bens públicos não foi condenado.

O Futuro tem de acontecer, e o Futuro não se pode confundir, ou sequer ter como referência incondicional qualquer sociedade antes ou actualmente existente,  pelos graves défices que apresentaram ou apresentam. Todas representam erros graves no percurso da humanidade que nunca deviam ter acontecido, e, muito pior,  seria repeti-los. O  caminho deveria ser o da DEMOCRACIA; DIGNIDADE E DESENVOLVIMNTO.

MAS HAVERÁ TSUNAMI?....

andrade da silva.

PS. código da cor: vermelho escuro, cor do amor e do sangue plebeu, o de Cristo é também da mesma cor.

3 comentários:

GiaSantos disse...

João o Tsunami já está instalado em Portugal, não apenas pelas medidas impostas pelos nossos credores, mas principalmente pela governação alienada de alguém que se imagina um novo D. Sebastião.
Mas ontem vi, na rua, uma sociedade civil mais consciente do seu poder, a não querer deixar o futuro deste país e das gerações vindouras, nas mãos de quem somente pensa em assegurar o seu.

andrade da silva disse...

Cara Gia
Obrigado

Na minha opinião o que está instalado é o chiqueiro que só pode ser limpo com o tsunami da vontade dos portugueses para a construção de um Portugal DEMOCRÁTICO, DIGNO E DESENVOLVIDO.

As medidas impostas são, na minha opinião, uma ogiva de destruição massiva contra os funcionários públicos e a médio prazo contra &.&&&.&&& portugueses. Não temos economia para sem alteração politica manter a gula do 1% da população muito ricos e de 29% dos seus gestores e acólitos.

foi uma onda importante de protesto, mas o país são 10 milhões de cidadãos e 6.666.666, 2/3, de todos estão ameaçados, destes 66%, 20% desistiram de tudo ou porque estão abaixo do limiar da pobreza ou são doentes incapacitados, ficam 4 milhões para mobilizar para a construção do Futuro.

Muito trabalho pela frente e menos retórica, é o que importa.

Depois será preciso encontrar uma direcção, um rumo para o protesto, sem perder a unidade e aumentando a dimensão da onda.

È preciso ir ao país real das aldeias dispersas etc, um pouco o que o MFA fez com as campanhas de dinamização, pese, embora, alguns excessos, embora para estes muitos não tenham contribuído e neste grupo me incluo.
ailva

Marília Gonçalves disse...

Claro Capitão, tens razão ao falar das aldeias, este País só avança, quando em vez de abraçados aos computadores, formos atravessar campos, aldeias e Casais, contactanto as pessoas uma a uma (a resistência ao que é novo, diminui se cada pessoa for tratada per si e no caso de resistência ao assunto exposto o grupo reforça-se na dúvida e não deixa progredir o esclarecimento)e recomeçar até que a ideia exposta seja bem compreendida)
Mas para tal, são precisos muitos activistas e militantes, porque se forem sempre os mesmos, não dão para as encomendas e esgotam-se
Mas como costumas dizer com a maior "sagesse" quem faz o que pode faz o que deve . Agora não haja dúvida que eram precisos muito mais convictos a poder desde o começo,porque depois, à medida,que as pessoas contactadas forem aderindo à causa, eles mesmos serão incumbidos de ir esclarecendo e informando à sua volta, o que aumentará uma rede,de activistas rapidamente! o mal sendo o início.
abraço
Marília Gonçalves