A gente conservadora,
arrogante e mesmo reaccionária, olha para os protestos deste dia, 15 de Outubro
de 2011, e para todos os outros, como actos inúteis sem
significado, um folclore absolutamente surrealista e inconsequente. Mas será que eles acreditam
mesmo nisto?
Não, mas fazem que acreditam, todavia sobretudo crêem que a demissão da maioria do povo e dos povos e a força bruta manterá os
escravos no redil. Mas será sempre assim?
Todos os conservadores sabem, desde Spartacus que não é assim,
e, por isto mesmo, procuram desvalorizar
estas acções, porque têm um terror que estas ondas se transformem em tsunami, e
levem tudo à frente, e se este ponto for atingido, os conservadores, temem que
as forças policiais e militares já não sejam um dique ao protesto que pode
extravasar o comando dos sindicatos
e dos partidos tradicionais, ou que,
estes sejam forçados a saírem dos limites da
sua carta de alforria, patenteada pelo poder, através de processos
graves, dolorosos, mas talvez imperativos de alteração das lideranças e dos
programas para um período de EMERGÊNCIA NACIONAL E EUROPEIA, ainda, como
vincada ameaça no horizonte do curto ou médio prazos.
Depois deste período se
não forem derrotadas as forças
regressivas, teremos, finalmente, a sociedade desenhada pelo tenebroso poder financeiro,
uma terra com amos para 2/3 da população, e um pequeno a grande paraíso para o
restante 1/3, ou seja, o 1% dos mais poderosos, 10 % dos gestores das fortuna daqueles e os outros 20% a viverem bem.
Neste muito provável cenário, o que vai acontecer é que, se o
processo de subdesenvolvimento continuar, para atingir aqueles 2/3 dos portugueses com medidas de destruição
massiva, cada vez mais os nossos concidadãos se vão sentir enganados e, cada
vez mais, muitos, muitos mais vão ficar para trás, e atingido este estado,
podem os enganados, passarem rapidamente a indignados e a desesperados, e no
desespero pode o medo pela morte ou a
prisão não assustarem tanto, e levar o POVO a experimentar ou fazer valer a
força que tem.
Compreendo que para os conservadores que vêem estas
manifestações a partir das Televisões considerem mais os aspectos, para eles, folclóricos, do
que os reais sentimentos dos manifestantes.
Todavia quem anda lá,
sabe bem que a ansiedade da maioria é
muito, muito elevada. Todos consideram
estas manifestações importantes,
como sinais de mal –estar que devem ser ouvidos, mas que têm o seu quê de sabor a….
Ninguém é estúpido,
mas estúpido seria fazer ouvido de mercador ao grave sentimento de revolta por
toda a disfuncionalidade, incompetência, falta de valores e probidade, dos que
têm usado mal o poder que o Povo lhes delegou, em Portugal, na Europa e no
Mundo, mesmo nos EUA, como se está a ver.
Estas ondas chegarão a tsunami?
Na minha opinião, e em
relação a Portugal precisam de vir a sê-lo, mas para isso é preciso mudar a
visão de 6.666.666 portugueses sobre a
sua real situação de pré ou vítimas destas politicas sociais, económicas,
culturais, gizadas no interesse dos 1% dos mais poderosos, mas, que também servem ao interesse egoísta de
30% dos seus acólitos, que vão
dos ligeiramente a muito privilegiados.
Naturalmente, que se estes movimentos emergentes
perceberem que a realidade da governança
e da sociedade têm de ser
globalmente alteradas no sentido da democracia, com democracia, na sua forma
mais directa e participativa; da defesa da Dignidade de todos do nascimento
até à morte; e do Desenvolvimento sustentado económico, social e culturalmente, e que,
tudo, diz respeito a todos, como as pessoas das gerações mais velhas claramente o afirmaram com a sua presença nas
manifestações de hoje, teremos todos os átomos, para que um grande tsunami limpe finalmente todo este chiqueiro, claramente, por todos percepcionado , desde quando o primeiro poderoso com provas
claras de crimes contra os bens públicos não foi condenado.
O Futuro tem de acontecer, e o Futuro não se pode confundir,
ou sequer ter como referência incondicional qualquer sociedade antes ou
actualmente existente, pelos graves défices
que apresentaram ou apresentam. Todas representam erros graves no percurso da
humanidade que nunca deviam ter acontecido, e, muito pior, seria repeti-los. O caminho deveria ser o da DEMOCRACIA;
DIGNIDADE E DESENVOLVIMNTO.
MAS HAVERÁ TSUNAMI?....
andrade da silva.
PS. código da cor: vermelho escuro, cor do amor e do sangue plebeu, o de Cristo é também da mesma cor.
3 comentários:
João o Tsunami já está instalado em Portugal, não apenas pelas medidas impostas pelos nossos credores, mas principalmente pela governação alienada de alguém que se imagina um novo D. Sebastião.
Mas ontem vi, na rua, uma sociedade civil mais consciente do seu poder, a não querer deixar o futuro deste país e das gerações vindouras, nas mãos de quem somente pensa em assegurar o seu.
Cara Gia
Obrigado
Na minha opinião o que está instalado é o chiqueiro que só pode ser limpo com o tsunami da vontade dos portugueses para a construção de um Portugal DEMOCRÁTICO, DIGNO E DESENVOLVIDO.
As medidas impostas são, na minha opinião, uma ogiva de destruição massiva contra os funcionários públicos e a médio prazo contra &.&&&.&&& portugueses. Não temos economia para sem alteração politica manter a gula do 1% da população muito ricos e de 29% dos seus gestores e acólitos.
foi uma onda importante de protesto, mas o país são 10 milhões de cidadãos e 6.666.666, 2/3, de todos estão ameaçados, destes 66%, 20% desistiram de tudo ou porque estão abaixo do limiar da pobreza ou são doentes incapacitados, ficam 4 milhões para mobilizar para a construção do Futuro.
Muito trabalho pela frente e menos retórica, é o que importa.
Depois será preciso encontrar uma direcção, um rumo para o protesto, sem perder a unidade e aumentando a dimensão da onda.
È preciso ir ao país real das aldeias dispersas etc, um pouco o que o MFA fez com as campanhas de dinamização, pese, embora, alguns excessos, embora para estes muitos não tenham contribuído e neste grupo me incluo.
ailva
Claro Capitão, tens razão ao falar das aldeias, este País só avança, quando em vez de abraçados aos computadores, formos atravessar campos, aldeias e Casais, contactanto as pessoas uma a uma (a resistência ao que é novo, diminui se cada pessoa for tratada per si e no caso de resistência ao assunto exposto o grupo reforça-se na dúvida e não deixa progredir o esclarecimento)e recomeçar até que a ideia exposta seja bem compreendida)
Mas para tal, são precisos muitos activistas e militantes, porque se forem sempre os mesmos, não dão para as encomendas e esgotam-se
Mas como costumas dizer com a maior "sagesse" quem faz o que pode faz o que deve . Agora não haja dúvida que eram precisos muito mais convictos a poder desde o começo,porque depois, à medida,que as pessoas contactadas forem aderindo à causa, eles mesmos serão incumbidos de ir esclarecendo e informando à sua volta, o que aumentará uma rede,de activistas rapidamente! o mal sendo o início.
abraço
Marília Gonçalves
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