domingo, 20 de novembro de 2011

A DECADÊNCIA DE PORTUGAL.






Contrariamente ao que alguns apressados opinadores querem fazer crer, a decadência de Portugal não é porque existem assassinatos suspeitos, como nas telenovelas, ladrões de casaca, grave  corrupção  no aparelho de estado e nas autarquias, leis que violam grosseiramente  a Constituição, empresários incompetentes e muitos trabalhadores sem mérito, tudo isto, são  sintomas visíveis de um quadro nosológico  mais grave - a DECADÊNCIA DE UM POVO.

Os sintomas têm servido, para uns dizerem que os da sua cor são os bons ladrões, os outros, das outras cores, é que sim, são mesmo os verdadeiros maus da fita, mas tudo isto esconde  a verdadeira raiz da decadência de Portugal, que  Eça de Queiroz, no século XIX, identificou-a, como a  PIOLHEIRA NACIONAL, e, hoje, pode dizer-se que o seu DNA é a INCOMPETÊNCIA, A IMORALIDADE de uma pseudo-elite, sectária, fechada, muito pouco inteligente que avança para o Futuro de costas, esquecendo que se o passado e toda a memória, toda, mesmo toda,  são muito importantes, o FUTURO TEM DE SER, SEMPRE, INVENTADO E NÃO REINVENTADO E, MUITO MENOS, QUALQUER REPOSIÇÃO DE TRÁGICAS TRAGÉDIAS.

A falta de um grupo de liderança leva mais, a que se aplique um esforço extraordinário na denúncia  imperativa de meia dúzia de luminárias criminosas, que os tribunais e os advogados vão canonizar, e menos trabalho, empenho aberto e sincero na audição do POVO - o que, é diferente de o bombardear, com a verdade incontestada -  para mudar este sistema politico, podre, corrupto e caduco que de facto  não consegue gerar dentro de si nenhuma alternativa.

 Infelizmente   as burguesias snobes copiam-se umas às outras, e só se digladiam por inveja, pelo poder, por não estarem onde os outros - os do poder – estão, para serem tão iguais, tão autistas, sugadores dos bens públicos e ditadores, como eles, isto, a fazer fé nos seus comportamentos reais, e, como também Marx disse, o único critério de verdade é a PRÁXIS – objecto primordial da análise do materialismo histórico. Logo ….

andrade da silva

Foto: de Fernando Barbosa Ribeiro.

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