quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PORTUGAL MINHA DOR, MEU GRITO FERIDO, FERIDAMENTE GRITADO



Portugal dor imensa, porque te vejo doente, na valeta, quase canceroso e pobre, sem moralidade, sem orgulho, olho-te, como se tivéssemos nos tempos dos Filipes. Sou louco, narcisista, mas vejo, por toda a parte coiotes, andeiros e abutres prontos a caírem sobre o teu cadáver.

Vejo-te Portugal ser defendido por gente palavrosa,  mas sem ética, gente que nem te conhece, quer é tempo de antena, e   papalvos  que os acompanhem, mas tu querido Portugal morres devagar, ou depressa,  mas morres.

Portugal morres, quando aquela idosa, de um modo ignorante a que as TV dão ampla cobertura, diz que só nos resta as vitórias do futebol e as telenovelas, absolutamente mentecaptas, com alguns afloramentos de problemas reais, bem tratados como: tráfego de droga, a homossexualidade, a doença de Alzheimer.

Portugal morres, quando os teus policias e os teus militares vivem em casamatas indignas, e têm de comprar os meios necessários para exercerem a sua profissão, como algemas para deterem eventuais criminosos. 

Morres Portugal, quando os teus policias ao saírem dos albergues  são atingidos por sacos de farinha ou embalagens de lixívia.

 Morres Portugal quando os militares têm de vir para as ruas protestarem contra o estado de que são um pilar.

Portugal morres, quando aqueles tristes senhores da "estranja" entram por aqui dentro para dizerem  aos governos de Portugal o que devem fazer,  e os governos de Portugal riem-se com satisfação, porque à ordem daqueles senhores, em nome da Alemanha, dos banqueiros estão-nos a "esmifrar", pelas bugigangas que nos mandaram comprar, depois de nos terem incitado e pago para destruirmos a agricultura, as pescas e a indústria.

Portugal morres, porque cada vez mais concidadãos passam a escravos sem trabalho, sem escola, sem protecção na saúde etc.

Portugal morres, porque os portugueses voltaram-te as costas, e somente 500 mil estão mobilizados nos seus partidos, não para que Portugal ganhe, mas para que os seus partidos ganhem, na defesa ou dos seus interesses ideológicos e, ou, através do poder e do esbanjamento dos bens públicos,  para enriquecerem os mais ricos portugueses e estrangeiros.

Portugal Morres, porque infelizmente os que não têm voz, nunca serão ouvidos. Os cidadãos livres serão esmagados pelos que não querem salvar Portugal.  Mas infelizmente o mais grave de tudo  é a que a  vitória de qualquer  partido, que não tenha por objectivo a DEMOCRACIA, A DIGNIDADE e o DESENVOLVIMENTO,  não será a de Portugal, e sem uma vitória colectiva de Portugal e dos portugueses, 66,66% de nós vamos parar ao inferno totalitário do subdesenvolvimento.

Portugal morres, porque se teima em  não percorrer outro caminho alternativo, de que os países nórdicos, como a Noruega, nos podiam inspirar.

 Os países nórdicos  inspiraram-me no 25 de Abril 74, e essa inspiração não perdi, nem me desilude. Desilude-me, sim,  a miopia, as cataratas, a falta de ética, a intolerância de tantos portugueses que se dizem alternativa, enquanto outros saqueiam os bens públicos para os seus primos, nacionais e internacionais.

Portugal está doente há tantos anos. Gritei-o, feridamente, em 1972, entretanto, houve o 25 de Abril 74, depois levantei várias vezes o meu grito ferido nu e livre, anunciando o desastre, fi-lo: em 1990, 2008 e 2010, pedindo, nesta data,  aos que queriam mandar Sócrates embora, o plano B, face à previsível vitória de Passos Coelho, que nos traria inevitavelmente a esta situação. 

Todavia, onde está o plano B: Otelo  fala de Golpe de Estado Militar, o   que,  na sua forma  é uma tonteira, mas o seu substrato releva da podridão a que chegamos, e se há Instituição, enquanto tal, como a Assembleia da República e o Tribunal Constitucional que tem de dar uma cuidada atenção à constitucionalidade  moralidade dos procedimentos  é a Militar, faz parte dos seu juramento de fidelidade e as outras referidas, e  ainda os tribunais, mas estes estão completa e totalmente bloqueados.

Infelizmente se formos ao fundo todos, menos 33, 33% , alguém dos outros 66, 66% é capaz de vitoriar esse trágico momento.Todavia   se esta tragédia vier a acontecer, se deverá à completa ausência do PS na luta pela democracia e a sua incapacidade de gerar uma alternativa a este fim de época civilizacional europeia e mundial.

Que dor por saber que ninguém quer alterar nada, e será o FIM.

MAS É URGENTE SALVAR PORTUGAL E OS PORTUGUESES, E,  NINGUÉM VAI SOZINHO OU COM MAIS UMAS CENTENAS DE MILHAR DE CONCIDADÃOS REALIZAR TÃO GRANDE TAREFA: REFUNDAR PORTUGAL, A REPÚBLICA, A DEMOCRACIA, COM DEMOCRACIA.

andrade da silva

1 comentário:

andrade da silva disse...

Será muito grave para Portugal, os portugueses e o próprio Partido Socialista que nesta tão grave crise de Portugal se mantenha perdido, com completo desnorte, deixando a rua e a oposição somente para os outros, podendo levar a uma vitória táctica de um ou outro partido, mas muito longe de constituir uma alternativa política de governação para Portugal.

andrade da silva