terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A GUERRA COLONIAL , O 25 DE ABRIL E O FUTURO




 É preciso dizer, com toda a clareza, que quem esqueceu, que os portugueses soldados enviados para África, para a guerra,  foram  por Portugal, foi o Governo de Salazar.

 Salazar  esqueceu os militares por completo, e, sobretudo os que por lá tombaram até 1969.

O Salazarismo tratava como seres menores os feridos, porque já não podiam contar com eles para alcançar a vitória sobre o terrorismo. Eram uns derrotados, e, como tal,  não faziam parte da gloriosa história Pátria que o salazarismo defendia incorporar.

O 25de Abril 74, criou o quadro legal e um conjunto de infra-estrururas para acolher e tratar o melhor possível os antigos combatentes, e, em momentos diferentes fez maiores esforços para resolver esta questão.

 As leis foram, em  muitos casos, muito  justas, só que depois esbarraram com a falta de meios financeiros  e técnicos para as efectivar.

O problema é muito complexo. Todavia  em relação ao passado os  cidadãos portugueses mandados para a guerra não podem ser vitimas duplamente: vítimas  dos ferimentos de guerra e vítimas também, porque houve falhas graves no registo dos seus acidentes. Falha grave que o Estado tem de assumir, sem nenhuma hesitação, nos casos de ferimentos e nos casos de stresse de guerra tem de ser muito mais célere na pesquisa e descoberta da etiologia do mesmo e do seu nexo de causalidade, não há outra alternativa justa, moral e digna.

O trabalho que coordenei apresenta propostas para resolver este imbróglio e, sobretudo, para que se faça o que devia ter sido feito e não foi, a fim de não se repetir este cenário, muito primário, com o militares das Forças Nacionais Destacadas e outros contingentes, mesmo os do serviço normal. A investigação feita pretende criar alternativas, para se fechar o dossier da guerra colonial, mas também precaver o Futuro, e, por isto, deveria ser cuidadosamente estudada.

andrade da silva


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