
Ao Sá Flores
Cega eu que não sabia
a medida de teus olhos
o mar de tua vontade
porque em mim desconhecia
visão que não fosse o sol.
Só que tu ó meu amigo
subias em ti tão alto
foste tão longe que eu
aprendi luzes mais belas
onde julgava haver breu.
O mundo novo há-de vir!
Eu vi-o quase chegar
na promessa que sorria
nos versos do teu cantar.
Marília Gonçalves
Sá Flores que conheci em Faro, Na Associação dos Deficientes das Forças Armadas, no final dos anos 80 e de quem tive o gosto sem fim e a honra de ler, para a Assistência, a Poesia. Poeta de uma sensibilidade e lucidez extraordinárias
1 comentário:
A minh’alma é tão velhinha
que me lembra a esvoaçar
a asa duma andorinha
a cair no alto-mar.
Marília Gonçalves
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