NASCI A 9 DE MAIO

Obrigado mãezinha! Obrigado paizinho!

Beijo-vos.

Obrigado João por seres meu filho

Beijo –te

Obrigado Bernardete,  Fátima, Ana  e tu,  minha irmã macaense desconhecida, por serem minhas irmãs.

Beijo-vos.

Obrigado Graça Galhardas por seres a mãe do meu filho e minha amiga

Beijo-te

Obrigado Lena

Beijo-te e abraço-te

Obrigado tias, tios, sobrinhas  e primos por serem a minha família

Beijo-vos

Obrigado amigas e amigos, os do coração, por serem quem são e minhas e meus amigos.

Abraço- vos e beijo –vos, segundo os costumes.

Obrigado Cosmos, Portugal e Madeira por me terem dado terra, água, ar e fogo- a Vida.

Obrigado Amor por me teres dado momentos de luar, alvorecer e sol poente. Muito obrigado, muito Obrigado… tão belo e doce…

Obrigado aos corpos nus que falaram de luas, mares e ilhas dos amores. Muito Obrigado:  os rio cantaram, os vulcões abriram-se …

Obrigado sabores por tanto prazer, sou touro…

Obrigado vida pelos sois e pelas sombras, sem estas, nunca saberia o valor da luminosidade.

Obrigado à Paz do 9 de Maio que foi minha parteira

Obrigado  Europeus por terem feito do 9 de Maio ,o dia da Europa. Que a Europa renasça neste Maio, Novo Maio 68.

E, como poderia esquecer que a vida termina na morte, se a minha mãe escolheu como data de partida o dia 9 de Novembro, para baixar ao seu tumulo no dia 11 de Novembro, dia de S. Martinho, em que na  nossa casa comíamos, ou no arraial, bacalhau do pequeno, assado com muito alho e azeite, de que tu e nós tanto gostávamos, e, ali mesmo, a 50 metros do teu velório outras e outros madeirenses cumpriam a tradição, a  musica tocava, como tu, eu, nós, a nossa família,  desejaríamos, a musica da banda, que do coreto toca, toca. Tu, eu, os teus filhos são povo, em qualquer quintal fazemos a nossa despedida ou festa e somos felizes.

Na história de encantar  e também de lágrimas ( caem-me )que é a vida, a minha irmã Fátima e o meu cunhado antes de levantarem a taça de espumante pelo meu nascimento, assistirão na Igreja da Nazaré a uma missa, segundo as suas crenças e a da minha mãe, pela sua alma, neste 16º mês da sua partida.

Em espírito estarei convosco, com a mesma presença que quando aí, na Madeira, vos acompanho fisicamente. Curvo-me perante a vossa fé , e que o teu Deus seja generoso para ti e a nossa mãe e para as pessoas bondosas que creem, porque o mereceis.

Do vosso

joão