MARÍLIA
Quer em França, quer na
Bélgica, entre portugueses, numa das vezes ,num 10 de Junho, senti e vivi a intensidade
e a totalidade dos sentimentos, como
os seus, expressos no seu lindo poema, aqui, publicado, que prendem os portugueses a este Portugal.
Por isto, para além de dizer que tão belo é o
seu poema, digo, vivo e sinto esse grande amor dos portugueses a Portugal, mas,
infelizmente, o Governo de Portugal não sabe o que isso é, e, ainda,quer pôr mais centenas de milhares de portugueses fora
daqui, o que, tem conseguido numa proporção nunca antes vista, desde os anos
60.
São milhares os que deixam Portugal, e não sei
se manterão a sua alma e coração ligados a esta Terra de Santa Maria, muito
muda no sentir das pessoas, sobretudo dos jovens de hoje. Temo que percam muito
desta paixão por esta tão áspera Mátria que, por vezes, parece a má madrasta.
O governo, a UE, os
comissários europeus, a Alemanha, a troika , os banqueiros não entendem este
sentimento, para eles não existe este amor à terra que nos viu nascer, eles não
entendem o amor que tantos portugueses têm a Portugal, e que por nada deste Mundo querem emigrar. Muitos
emigram, porque são forçados, para não morrerem de fome ou vergonha.
Sinto e vivo a dor dos
que partem, pois também seria um emigrante muito sofrido, em dor, muita dor.
A minha palavra gritada
e sem medo ou tibieza, o meu amor aos portugueses distantes, também sou um
quase emigrante na nossa Pátria: sou madeirense, não entendo este governo, nem
entendo muito dos outros que se dizem oposição e revolucionários . Amo Portugal
e muito os portugueses, mas esta terra e o comportamento das elites, porque
elitistas e snobes, mesmo com um cheiro de desumanidade, repugnância pelos
pobres e arrogância cultural fazem de
mim um emigrante, um estranho, salva-me,
haver sol, claridade e algum povo livre, e, tudo isto, tanto me aproxima de
todos portugueses distantes.
Infelizmente
pressinto que este governo e muitos outros não trabalham, nunca fizeram nenhuma
aposta ou desafio para que os portugueses regressassem ,mas eles sempre
regressam, e, desgraçadamente é politica da moda e da máxima desumanidade querer
mais portugueses longe desta terra.
Emigrar não é o m esmo que ter uma profissão
com sede em Portugal, e fazer parte da carreira no estrangeiro, como
desenvolvimento pessoal e profissional, este comportamento é uma mais valia a
integrar num projecto profissional, outra coisa é - dizer façam-se aos mares e aos ventos, e partam.
No limite da contenção
verbal e da completa indignação só posso dizer isto é INTOLERÁVEL. É DESALMADO
face à Alma Lusa.
Não digo choro, mas
proclamo que me alevanto, ergo a minha voz, braços e peito para rogar a maldição a maior e mais pesada de todas que o AMOR FERIDO POR PORTUGAL E OS PORTUGUESES consente
e imaginar pode., a quem tão mal conhece o Amor dos portugueses a este
rectângulo.
Abraço- lhe e todos vós,
meus queridos irmãos, que tão longe fisicamente estais, mas sempre próximo no
amor: para todos uma sardinha bem portuguesa de Peniche ou do Algarve e um
grande abraço português e de Abril.
andrade da silva
Gostaria de transportar
este poema para a pagina do facebook.
foto: exposição de pintura sobre a sardinha portuguesa do Banco BCP.
3 comentários:
é tal e qual Querido Capitão! há mais de vinte anos, um emigrante português na Alemanha, decidiu regressar. Preparou a mudança e voltou emocionado! e o grau de emoção, foi tão grande ou tão forte, que o matou no caminho com um ataque de coração. Era um Poeta Popular
eu mesma nas férias de Verão,seis meses depois de ter chegado a França, de tanta alegria, perdi a voz na viagem, levei um mês até conseguir falar de novo!
Portugueses desterrados, que sofrem a distância, infelizmente a 3¨geração, começa a desligar-se fisicamente, mas continuam interessados pela Cultura Portuguesa, e quando raramente algo de bom surge sobre Portugal vivem-no com orgulho, embora muito magoados,pela maneira áspera e trocista cm que sao recebidos pelos portugueses em Portugal e isso desde criancinhas! Coisa que nunca me aconteceu, até porque o nao admitia e tenho boas razoes para isso. Os meus e eu, embora longe, temos lutado por Portugal, mais, muito mais do que portugueses que ai vivem! por conseguinte nisso estou bem presente! é tudo o mais que me falta
um grande abraço Meu Capitão
Marília Gonçalves
Marilia
tenho vivido com portugueses no estrangeiro, e depois quando estão cá,esses sentimentos, aos descendentes Portugal vai ficando distante, e Portugal também se distancia,no tal 10 Junho em Bruxelas, numa zona de muitos emigrantes, muitos portugueses se reuniram para celebrar o dia de Portugal, de parte nenhuma veio uma mensagem ou um representante de Portugal para dizer algo. Senti e envergonhei-me com esse abandono, que é dos maus governantes, mas nunca o nosso.
Mas também aqui eles, os poderosos e os arrogantes deixam-nos a falarmos sós.
Paz ao nosso poeta popular se tiver um poema dele, em homenagem a esse português publique e falo-nos um pouco dele, para que ele viva mais um pouco.
abraço
asilva
irei fazê-lo em breve. Uma procura na biblioteca e será feito.
Marília
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