quinta-feira, 7 de junho de 2012

CARTA AO SR. MINISTRO DAS FINANÇAS.


Exmo Sr. Ministro das Finanças

Segundo um documento que corre na internet, todas as medidas que o Governo da troika queria impor ao meu  país ,  que também é do V. Exa., agora, súbdito daquela governo internacional, contra a gestão danosa  dos bens públicos, que parece que tem sido feita, desde há muitos anos, nada conseguiu, por recusa dos negociadores portugueses.

 Ora entre essas exigências estariam as seguintes, limito-me a referir algumas, embora sejam mais ( se este documento que refiro não for do conhecimento desse gabinete, depois envio-o, a vosso pedido):

“O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!!!!!!----

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três
ex-Presidentes da República.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não
servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir
milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções
nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
…..

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das
Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo
País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das
horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e
até, .....


11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e
entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não
permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal
como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a
compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e
respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos
contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
……..

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado
e> entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN
e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos,
onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma
recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões
ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de
funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a
quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado),
que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se
locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo
ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo
preço que "entendem".

24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo,
confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram
patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando
preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas
pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos
dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência
aos que efectivamente dela precisam;

Etc etc

Isto é, um conjunto alargado de actos que são absolutamente necessários realizar  e que  os sucessivos governos não conseguem, e provavelmente nem sequer querem,  e para este efeito  se justificaria um governo internacional temporário da ONU, para Portugal com uma delegação de Tribunal Internacional para julgar todos os  casos de gestão danosa e corrupção que, entre nós, ficarão impunes, o que não seria imaginável numa democracia, mas é possível em Portugal.

Todavia como têm o governo de V. Exa e o Sr. Presidente da Republica  dito sucessivas vezes  que não podíamos, de modo algum, deixar de aceitar as imposições da Troika, no caso deste texto ser verdeiro, como foi, então,  possível os negociadores não aceitarem estas medidas e não terem podido recusado outras, e porque diabo a troika foi tão condescendente em matéria,   em que não há condescendência nenhuma nos países ditos decente e civilizados, donde até esses   senhores, são originários, porquê?

A ser verdade, esta dualidade de critérios, isto é, tudo o que era gravoso para  2/3 da população  foi aprovado, ou seja, para os 42% que ganham entre 0€ e 10000 € ano, segundo as estatísticas publicadas pelo seu colega de governo, Dr. Álvaro, e mais os outros 24% que ganham relativamente mais até  15 -17 mil euros ano, foi aprovado; o que era preciso para salvar o país e atingia menos de 1/3 dos portugueses não foi aceite pelos negociadores portugueses e os muito exigentes e rigorosos   membros da troika  condescenderam, porquê?

E sendo o governo a que V. Exa,  pertence e V Exa  das escolas económicas e politicas dos membros do FMI e do BCE que estão na troika, porque resistem, ou no mínimo não aceleram estas medidas tão necessárias á moralização de Portugal ?

E até  falo a v.Exa.   como Coronel na reforma que para nestas férias me deslocar sozinho  à Madeira, minha terra, tive de comprar o bilhete de avião através de cartão de crédito, e tenho de negociar a 1º prestação, sendo  assim avida real,  calculará v. Exa. como cada um de nós sente isto como injusto, imoral e um atentado grave à minha  saúde mental e  dos  6666666 portugueses que de acordo com os estudos feitos não vão de férias?

 Contrariamente ao que o sr. 1º Ministro diz o que se sente nas pessoas com que me cruzo nos lugares públicos  é TERROR / CONFUSÃO e REVOLTA, e não paciência, e o terror quando explode é grave, é selvagem, o que me limito a referir como sociólogo e psicólogo. Devo  acrescentar  que não pertenço a nenhum partido, nem sei o que cada partido diz sobre o momento presente, mas  parece-me  que para além  do discurso do governo que  é de um optimismo cínico, os demais ou gaguejam muito, nomeadamente o PS, ou são muito parcelares, isto é, a realidade vivida e sentida individualmente por muitos portugueses é bem  mais grave do que o próprio PCP e a intersindical revelam, porque têm deixado fora da sua agenda, o que o Dr. Bagão Felix considera como o confisco dos 13 e 14º meses, o que, segundo um ofício do governo do professor Cavaco da Silva que me foi dirigido   em 1990, viola o principio da equidade fiscal, muito badalado e depois gaguejado com a meia hora de trabalho suplementar, que saiu da agenda,  e do englobamento, que não defino, por ser do  completo e total conhecimento de V. Exa., aliás, nunca ninguém perceberá, porque devo pagar um imposto como pensionista, e um trabalhador do sector privado que ganha  de duas  vezes a milhares de vezes mais que eu, como coronel,  e   nenhum, vencimento  lhe é confiscado, quando, como administrador ganha mais  num mês que um coronel na sua vida toda. Coronel   que também foi administrador de uma unidade militar, um regimento, que deveria ter  600 ou  mais militares.

Mas qual a racionalidade e a moralidade destas medidas,  num quadro de profundas dúvidas sobre a moralidade do comportamentos dos agentes do estado, como deve ser do conhecimento de V. Exa. e do governo de que faz parte.?

Como  V. Exa. compreenderá ao redigir, com esforço e um gasto de tempo significativo este texto, estou a cumprir um dever ético de cidadania e patriótico, o que espero que  seja relevado por V.Exa.

Com os meus respeitosos cumprimentos

 andrade da silva

PS: 
Enviada por  email.
muitos eles e algumas elas, chupam muito as tetas do OGE, e quem se lixa, são 2/3 da população. Retirei no número 10 do documento copiado, uma referência a terceiros que me pereceu, depois de leitura mais atenta, indecoroso.



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