( parte I)
INTRODUÇÃO:
“Os
dados revelados sobre a economia; as sucessivas notícias sobre negócios ilegítimos,
envolvendo milhões de euros, os GRAVÍSSIMOS escândalos com as secretas, o sucateiro
e outros provam, de um modo inequívoco,
tudo quanto tenho dito sobre a
desconstrução do estado e das suas reservas morais, a nível institucional – Forças
Armadas e magistraturas – e, mais grave, muito mais grave, do país, e da
cidadania, em que milhões de cidadãos Se sentem impotentes, perante a
calamidade que, desde há muitos anos, como uma mancha de lodo tem coberto Portugal e “matado” quase todas as algas
produtoras de oxigénio.”
Mas, apesar desta muito evidente, evidência, que, na parte que me diz respeito, desde 2008 -
altura em que recuperei a liberdade de expressão – venho a referir em linguagem
em claro, não codificada, compreendo, de um ponto de vista até psicológico, quanto
é perturbador para muitos dizer tão claramente que seguimos um rumo , se não
mesmo uma rota completamente errada, percebo-o, porque alguns entendem que a solução é pura e
simplesmente politica- militar, ou mesmo militar e, isto, não se anuncia. Todavia
penso que esta visão do problema está
profundamente errada até porque se baseia em pressupostos de ignorância técnica e outros mitológicos. A
própria natureza das Forças Armadas é tocada pela realidade social circundante,
sobretudo, a predominante.
Outros pensarão, porque
é dada pessoa a falar, está a desejar o regresso a um passado ou um futuro glorioso, ou como tal imaginado, o
que, sem base de validade e verdade se recusa.
Há também os que esperam que as coisas se consertem,
como é da sua suposta própria natureza, consertarem-se,
mas quase sempre mal, e, ainda, há os que pensam mil e outras tantas coisas,
mas calam-se.
Todavia, a situação
hoje é diferente de outras passadas, e a
Grécia vai marcar um rumo, e pode
obrigar a mudanças dramáticas, mesmo na rota Europeia .
A Grécia, seja qual for o resultado das
eleições, vai mexer, assustar, complicar toda a estratégia Alemã e dos governos
que seguem a Sra. Merkel, incluindo, de um modo evidente, o português, por isto
mesmo, e, porque, hoje, pouco na situação europeia se assemelha
à Europa humanista, progressista e progressiva do pós II guerra mundial, seria
bom, muito bom, que os que sabem que não há sidonismo, nem saudosismo, nem “presentismo”
podre e corrupto que resolva a actual
crise no curto, médio, ou talvez mesmo longo prazo, fossem pensando, motivando alternativas,
planos B.
Também se compreende
que muitos julguem que não nos compete fazermos estudos de situação, e, sobretudo,
pensarmos em modalidades de acção inovadoras, todavia estes, provavelmente, vão
ficar muito estupefactos com as eleições na Grécia ,e com o que se vai seguir,
por andarem distraídos ou em Marte, como acontece em Portugal e ao que parece
com a troika, quanto ao dantesco número de desempregados.
Ainda compreendo que
para alguns a opinião politica expandida fora dos cânones tradicionais os deixe
atónitos, quando, por exemplo, falo de novo grupo de liderança, podem pensar que refiro-me a uns
ungidos, todavia, reporto-me à necessidade
de preparar este grupo para evitar a
emergência de ungidos , e apelo a todos
para se motivarem e começarem a pensar quem poderia e deveria dirigir o pais
segundo 3 eixos: DEMOCRACIA
COM DEMOCRACIA; DEFESA DA DIGNIDADE HUMANA; DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO, no período de emergência Nacional que
vivemos, e vamos viver por 10,15,sabe-se lá por quantos anos!
A necessidade de um novo grupo de liderança acabará
por se pôr, pode ser que a tragédia não
se precipite , e que tudo ainda se possa resolver, aquando das próximas
eleições legislativas e, sobretudo, Presidenciais, como pretendem os puristas,
mas o cansaço da Nação, as dificuldades e o LODO podem fazer precipitar tudo, no sentido da implosão social, ou da morte
do país.
Contrariamente, a tudo
o que tem sido feito ao nível das eleições presidenciais, o Presidente da Republica,
é uma figura central no debelar da crise que passa, e das que se podem
avizinhar, não na proposição de soluções gastronómicas para Portugal, mas de
fundo.
É a alma de Portugal
que está em causa, perdida no meio de um chiqueiro de corrupção,
irresponsabilidade, arrogância, imoralidade,
injustiça, também telenovela e
circo. Tudo é tão evidente que o presidente
do Benfica em linguagem rude, não sei se com
moral para tal, traça o quadro real
do chiqueiro que vai muito para além do universo desportivo.
Se compreendo as
inibições cognitivas pela natureza do assunto, fica, todavia, a matemática e a
questão dos números, e, aqui, não há dúvidas: os salários indirectos dos
políticos, quiçá dos gestores, aumentam, como era de prever, também o previ; os
tais mercados, contrariamente ao que para aí se diz, têm rostos e nomes são: bancos, fundos de pensões seguradoras, entre
outras : AXA, Goldman Sachs, Stander, Scor,Berskshire Hathaway, e as individualidades
que dirigem estas organizações, são antigos
membros de governos conservadores, sociais -democratas e socialistas e até um
antigo secretário geral da ONU ( “monde diplomatique”, versão portuguesa, maio
2012, em “Os mercados financeiros têm rosto”) e, de um modo, superevidente, temos
a realidade dura, cruel dos números: cerca de um milhão de desempregados; a despesa pública a crescer, apesar da
despesa com o pessoal diminuir mais de 5%, a da saúde também etc; e parte da despesa cresce
por causa dos juros da dívida e neste
campo vai ser sempre a subir; a receita decai ESTRONDOSAMENTE no IVA e IRC, isto é,
a actividade económica
e industrial estão comatosas, e, uma vez mais, o que sobe é a receita do IRS, mais de 9% , isto é, os impostos sobre o trabalho e os pensionistas, ou, dito
de outro, modo enquanto houver gente que trabalha e pensionistas para espremer,
o Estado e os desempregados vão sendo alimentados.
andrade da silva
PS: publicado na página do facebook da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA)
2 comentários:
Portugal é o Belo Adormecido...
quem reage a quanto escrevemos, nem à esquerda, nem à direita! que dos últimos nos iríamos passando; mas enfim; ignoram-nos pura e simplesmente! o texto mais bem elaborado, quantas voltas exigiu à sua cabeça? nem um sinalzinho de respeito! Vamos la erguer Abris com povos assim!
abraço solidário e solitário
Marília
Pois, pois... a arrogância e a estupidez podem muito, mas falecerão no Inferno, e o pior é que os ignóbeis arrastarão os outros, mas, gritaremos.
De facto é assombroso verificar que não se entende que quem escreve não sendo lider de um partido,ou funcionário de outra organização, NEM JORNALISTA, mas enquanto cidadão comum é um acto de altruísmo e amor.
abraço
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