sexta-feira, 1 de junho de 2012

A DINAMICA DA TRAGÉDIA (IR) REVERVÍVEL DE PORTUGAL,IRMÃO DA GRÉCIA.



                                     ( parte I)

                                               INTRODUÇÃO:

Os dados revelados sobre a economia; as sucessivas notícias sobre negócios ilegítimos, envolvendo milhões de euros, os GRAVÍSSIMOS escândalos com as secretas, o sucateiro e outros provam, de um  modo inequívoco, tudo quanto tenho  dito sobre a desconstrução do estado e das suas reservas morais, a nível institucional – Forças Armadas e magistraturas – e, mais grave, muito mais grave, do país, e da cidadania, em que milhões de cidadãos Se sentem impotentes, perante a calamidade que, desde há muitos anos, como uma mancha de lodo tem coberto  Portugal e “matado” quase todas as algas produtoras de oxigénio.”

 Mas, apesar desta muito evidente,  evidência, que,  na parte que me diz respeito, desde  2008  - altura em que recuperei a liberdade de expressão – venho a referir em linguagem em claro, não codificada, compreendo, de um ponto de vista até psicológico, quanto é perturbador para muitos dizer tão claramente que seguimos um rumo , se não mesmo uma rota completamente errada, percebo-o,  porque alguns entendem que a solução é pura e simplesmente politica- militar, ou mesmo militar e, isto, não se anuncia. Todavia penso que  esta visão do problema está profundamente errada até porque se baseia em pressupostos  de ignorância técnica e outros mitológicos. A própria natureza das Forças Armadas é tocada pela realidade social circundante, sobretudo, a predominante.

Outros pensarão, porque é dada pessoa a falar, está a desejar o   regresso a um passado ou  um futuro glorioso, ou como tal imaginado, o que, sem base de validade e verdade se recusa.

 Há  também os que esperam que as coisas se consertem, como é da sua  suposta própria natureza, consertarem-se, mas quase sempre mal, e, ainda, há os que pensam mil e outras tantas coisas, mas calam-se.

Todavia, a situação hoje é diferente  de outras passadas, e a Grécia vai marcar um rumo,  e pode obrigar a mudanças dramáticas, mesmo na rota Europeia .

  A Grécia, seja qual for o resultado das eleições, vai mexer, assustar, complicar toda a estratégia Alemã e dos governos que seguem a Sra. Merkel, incluindo, de um modo evidente, o português, por isto mesmo, e, porque,   hoje, pouco na situação europeia se assemelha à Europa humanista, progressista e progressiva do pós II guerra mundial, seria bom, muito bom, que os que sabem que não há sidonismo, nem saudosismo, nem “presentismo” podre e corrupto  que resolva  a actual  crise no curto, médio, ou talvez  mesmo longo prazo,  fossem pensando, motivando alternativas, planos B.

Também se compreende que muitos julguem que não nos compete fazermos estudos de situação, e, sobretudo, pensarmos em modalidades de acção inovadoras, todavia estes, provavelmente, vão ficar muito estupefactos com as eleições na Grécia ,e com o que se vai seguir, por andarem distraídos ou em Marte, como acontece em Portugal e ao que parece com a troika, quanto ao dantesco número de desempregados.

Ainda compreendo que para alguns a opinião politica expandida fora dos cânones tradicionais os deixe atónitos, quando, por exemplo, falo de novo grupo de liderança,  podem pensar que refiro-me  a  uns ungidos, todavia, reporto-me  à necessidade de preparar este grupo  para evitar a emergência de ungidos , e  apelo a todos para se motivarem e começarem a pensar quem poderia e deveria dirigir o pais segundo 3 eixos: DEMOCRACIA COM DEMOCRACIA; DEFESA DA DIGNIDADE HUMANA; DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO, no período de emergência Nacional que vivemos, e vamos viver por 10,15,sabe-se lá por quantos anos!

A  necessidade de um novo grupo de liderança acabará por se  pôr, pode ser que a tragédia não se precipite , e que tudo ainda se possa resolver, aquando das próximas eleições legislativas e, sobretudo, Presidenciais, como pretendem os puristas, mas o cansaço da Nação, as dificuldades e o LODO podem fazer precipitar tudo, no sentido da implosão social, ou da morte do país.

Contrariamente, a tudo o que tem sido feito ao nível das eleições presidenciais, o Presidente da Republica, é uma figura central no debelar da crise que passa, e das que se podem avizinhar, não na proposição de soluções gastronómicas para Portugal, mas de fundo.

É a alma de Portugal que está em causa, perdida no meio de um chiqueiro de corrupção, irresponsabilidade, arrogância, imoralidade,  injustiça, também  telenovela e circo.  Tudo é tão evidente que o presidente do Benfica em linguagem rude, não sei se com  moral para tal,  traça o quadro real do chiqueiro que vai muito para além do universo desportivo.

Se compreendo as inibições cognitivas pela natureza do assunto, fica, todavia, a matemática e a questão dos números, e, aqui, não há dúvidas: os salários indirectos dos políticos, quiçá dos gestores, aumentam, como era de prever, também o previ; os tais mercados, contrariamente ao que para aí se diz, têm rostos e nomes  são:  bancos, fundos de pensões seguradoras, entre outras : AXA, Goldman Sachs, Stander, Scor,Berskshire Hathaway, e as individualidades que dirigem estas organizações, são  antigos membros de governos conservadores, sociais -democratas e socialistas e até   um antigo secretário geral da ONU ( “monde diplomatique”, versão portuguesa, maio 2012, em “Os mercados financeiros têm rosto”) e, de um modo, superevidente, temos a realidade dura, cruel dos números:  cerca de um milhão de desempregados;  a despesa pública a crescer, apesar da despesa com o pessoal diminuir mais de 5%,   a  da saúde também etc; e parte da despesa cresce por causa dos juros  da dívida e neste campo vai ser sempre a subir; a receita decai ESTRONDOSAMENTE no IVA e  IRC, isto é,  

a actividade económica e  industrial estão  comatosas, e,  uma vez mais, o que sobe é a receita do IRS,  mais de 9% , isto é, os impostos  sobre o trabalho e os pensionistas, ou, dito de outro, modo enquanto houver gente que trabalha e pensionistas para espremer, o Estado e os desempregados vão sendo alimentados.

andrade da silva

PS: publicado na página do facebook  da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA)

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Portugal é o Belo Adormecido...
quem reage a quanto escrevemos, nem à esquerda, nem à direita! que dos últimos nos iríamos passando; mas enfim; ignoram-nos pura e simplesmente! o texto mais bem elaborado, quantas voltas exigiu à sua cabeça? nem um sinalzinho de respeito! Vamos la erguer Abris com povos assim!
abraço solidário e solitário
Marília

andrade da silva disse...

Pois, pois... a arrogância e a estupidez podem muito, mas falecerão no Inferno, e o pior é que os ignóbeis arrastarão os outros, mas, gritaremos.

De facto é assombroso verificar que não se entende que quem escreve não sendo lider de um partido,ou funcionário de outra organização, NEM JORNALISTA, mas enquanto cidadão comum é um acto de altruísmo e amor.

abraço