Percebe-se porque os
poderes Europeus e outros partidos e militantes queiram atirar para debaixo do
tapete o que se está a passar na Grécia, mas está a acontecer.
Em Portugal só o Bloco de Esquerda levanta
espadas e o copo de champanhe em nome do Syriza que quer fique em 1º ou 2ºlugar é o grande vitorioso destas eleições
na Grécia e na Europa, mas para quê ?
Logo se verá!....
Mas como estamos, hoje,
em Portugal?
Comecemos por essa longínqua história, tão mal
contada, do 25 de Abril 74, para lembrar
aos que pedem novo 25 de Abril que a situação de hoje, já nada tem a ver com
aqueles tempos, e é preciso saber Historicamente o que se passou. A mistificação
em prol de outros que distorça a realidade
é um erro ( crime ) contra Portugal e os Portugueses.
O 25 de Abril vingou,
porque quase todo o Exercito estava contra o regime, e sobretudo a guerra de Africa, e as Forças Armadas também, garantido a sua
neutralidade activa. A GNR e a PSP
estavam desmotivadas, e a PIDE sabia que contra o Exército pouco podia. A adesão
dos oficiais era massiva na metrópole e em África, logo, de um ou de outro
modo, inevitavelmente, o regime ia cair, qualquer serviço de informações não
poderia chegar a outra conclusão, e no caso da PIDE o conhecimento dos generais
que emergiriam, no pós golpe, sobretudo o General Spínola deve de os ter
confortado, e com razão, como depois se veio ver.
O 25 de Abril de 74, o histórico, até à s 12- 13 horas do
dia 25 de Abril foi uma acção exclusivamente militar. Depois o Povo tomou conta
da coisa e foi a Revolução. Uma parte do povo foi iniciada nessa acção, diretamente sobretudo pelo PCP e outros antifascistas que
contagiaram o POVO à espera de uma mudança em Portugal.
Então a realidade era muito simples e clara: as Forças Armadas eram a Instituição Nacional
suprapartidária que merecia uma aceitação e credibilidade que mais nenhuma
instituição detinha, e estavam a lutar pela democracia, logo o fruto foi a
Liberdade.
Hoje a realidade nada
tem a ver com isto. A realidade hoje é a
de e uma democracia podre, legal,
legitimada pelo voto popular e governada há muitos anos por governos que não
cumprem os programas votados, nem a constituição e governam desde o poder
central ao local com violação grave dos bens públicos, e politicamente há um bloco politico subordinado ao estrangeiro
PSD, CDS e PS e a UGT (75%, a 80% dos 50% que votam) bastante homogéneo no essencial a favor do
actual capitalismo cientifico e de casino, e do outro lado o PCP, a Inter-
Sindical e Bloco de Esquerda ( 15% a 20% dos votantes) com a característica de pouco
homogéneo. Em termos de partidos ,o PCP e o BE não se entendem, e agora, talvez
menos com os novos acontecimentos da
Grécia.
Todavia na actual situação todos
sabem que o PCP detém um poder ao nível dos
sindicatos, organismos culturais e no poder local muito para além da sua expressão eleitoral,
face à militância dos seus membros, e tudo isto com um PS que não se liberta da direita ,e também
não surge uma nova força da esquerda socialista, torna a situação em Portugal politicamente dramática, podendo ou não, o
caso Grego mexer com a estagnação.
Todavia, talvez nada aconteça quer porque o medo deve ter condicionado o
voto dos gregos, quer porque o Syriza pode desiludir. Sendo preciso derrotar as
politicas alemães, a Grécia tem de ao
mesmo tempo erguer um estado decente e moderno, o que,
nem tem, e lutar pela liberdade e
a democracia tem de assentar na verdade, na responsabilidade e na própria LIBERDADE.
Em conclusão sem a
libertação do PS da canga da corrupção e
das politicas liberais, o que já não parece possível, ou a libertação do povo Português da
alienação, através de um grande
movimento de cidadania pela Democracia, a Dignidade e o Desenvolvimento, o que
poderia e deveria acontecer nas próximas eleições Presidenciais (único momento em
que nesta democracia residual o cidadãos têm voz e ainda podem ter melhor e maior, como apesar do
fracasso na escolha da personagem demonstrou a candidatura de Fenando Nobre).
Contudo se este momento não for aproveitado, só mesmo
um grande desastre vai mudar algo, que pode ser o regresso a um regime
ditatorial, quiçá de extrema-direita, por via não eleitoral.
A via eleitoral
com a má lei eleitoral, pachorrentamente, criou o rotativismo PS –PSD – o mais do mesmo, o impasse, embora outros, agora, com a Grécia com pano de fundo pensem outros
horizontes, a que chamam utopia, mas utopia para quem?
Creio que a utopia é
fazer uma destruição construtiva -o 25
de Abril necessário no interior dos partidos para os libertar do aparelhismo,
abri-los à sociedade para ouvirem a sociedade e não só querem doutriná-la – de
modo a criar- se um novo grupo de liderança democrático, patriótico, universalista, humanista e não corrompido por
praticas ditatoriais e jogo de interesses, corrupção, espionagem e perseguição.
Acontecerá?...
DO DESERTO ECOA O
SILÊNCIO, DO MEDO E DA SEGURANÇA DA PODRIDÃO. O PÂNTANO É UM RISCO MENOR QUE A
LIBERDADE.NO PÃNTANO MORRE-SE LENTAMENTE A LIVBERDAE PELA LIBERDADE PODE
MORRER-SE POR ANTECIPAÇÃO.
andrade da silva
3 comentários:
Louvo a sua imensa Coragem Capitão!
Marília
Marilia
Abraço.
Mas a reflexão necessária colectiva,livre é um imperativo ético,moral,humano à dimensão nacional,europeia,mundial,porque se estão a morrer as economias e pessoas também na terra as possibilidades de vida morrem a cada instante.
Falo por Portugal e os portugueses contra a sua destruição, enquanto pessoas e, ou enquanto povo.
abraço
ailva
2 PENA A MAIORIA DOS PORTUGUESES NÃO QUEREREM PERCEBER
abraço
Marília
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