Num momento de evidente
pré- crise politica deveria adiantar o que penso sobre a mudança
profunda que todo este sistema requer, para não continuarmos a viver, mais ou
menos, com o mesmo lodo, sob a ameaça
terrível da Europa, ou seja, ou seguimos as suas regras, ou cairemos num quadro
próximo da ameaça americana de 1975, a da Albanização do país, ( esqueceram-se?) então,
para punir o crime do PCP e de outros comunas
( os assim chamados gloriosos oficiais
do MFA, independentes de todos os partidos que queriam um Portugal genuinamente
Português) de quererem conquistar o
poder ao serviço da URRS.
Agora, o crime a punir
será não cumprirmos o plano suicidário da Troika que esquecendo a Economia
real permite lucros fabulosos aos agiotas dos mercados, e
pode aumentar entre nós, os pobres para 42% de população ( segundo as estatísticas do actual ministro Álvaro, 42% da população ganha entre 0 a 10.000
€/anos) a que facilmente se juntarão mais uns 24,a 25 % dos que
ganhavam acima de 10.000 €/ano , mas que
com os cortes têm empobrecido.
Todavia, apesar desta realidade não vou falar de alternativas, porque o calor
que se aproxima poderia derreter tais ideais, ou as águas das férias oceânicas
as lavar, assim, e, embora, com o mesmo
resultado esperado, da profunda batalha que temos ou deveríamos travar com nova gente politica , falarei em Setembro,
até lá mandarei uns postais de visitas da minha terra.
Todavia quero falar
deste pais boquiaberto de aneiras que saem, ou moscas que entram, ou… mas, sobretudo, de
que nada acontece.
Mas não será mesmo de ficar
de boca aberta, como o Sr. Procurador-Geral da República com as licenciaturas
de Domingo à tarde, ou supersónicas ? De facto é, mas seria muito mais
importante fechar a boca, pensar, decidir e agir, mas isto não acontecerá. Mas, então, o que farão as moscas?
O país vê a escravatura
na Covilhã, e vem o presidente da câmara lá do sítio dizer que aquilo afinal é um mero detalhe, um não
assunto, e o país fica de boca aberta e nada faz, mas o que farão as moscas?
Sabe-se que uns agiotas
nos emprestaram dinheiro, impuseram-nos
uns juros inaceitáveis, mas ao contrário dos outros agiotas, além dos juros,
roubam-nos a independência, e dizem o que temos de fazer ou não fazer, para pagarmos
a divida e os juros, mesmo que os estejamos a pagar, e o país fica de boca
aberta, mas nem, em si cai. Então, o que
farão as moscas?
O país ouve dizer que
estamos em crise e ao director da RTP 1 que a estação pública adaptou-se a
estes tempos, e até os vendedores de programas, e que, consequentemente, poupam, comprando formatos mais baratos. Todavia
o país fica de boca aberta, perante tanto desplante e falta de vergonha, quando
sabe quiçá que poupam nos conteúdos, para esbanjarem nos ordenados milionários a
Catarina Furtado, Malato e outros, mas, então, o que farão as moscas, perante tanta boca
aberta?
E como fica o pais,
quando o Tribunal Constitucional faz o que deve, declarando Inconstitucional o
confisco dos 13º e 14º meses a uma parte da população portuguesa e, assim, age,
não só pelo principio da equidade, mas também do – englobamento- que em 1990, o Governo do Professor Cavaco me
referiu em ofício e que tenho evocado, mas os surdos também não ouvem?
Todavia foi este principio e o da proporcionalidade que o presidente do
tribunal Constitucional referiu, e, logo, o Sr. 1º Ministro veio dizer que ele
dizia aquilo, porque estava em fim de mandato.
Mas, então, como ficará este país se adora estar de boca aberta para
sair… ou entrar….. com estas tirados directas e espontâneas, ao que dizem , do
Sr. 1º Ministro?
Há muitas mais coisas
de espantar, como os sonhos de Belém, quanto à futura generosidade da troika,
quando pareceria mais útil, o Sr. Presidente da República cumprir os seus
deveres constitucionais, para que Portugal não seja um laboratório de como se destruir
a economia real, para transformar um país num campo de reunião de escravos, ou
ainda os não assuntos do Sr. 1º Ministro. Maquiavel não responderia melhor a
tais questões, mas Maquiavel também diria
que há limites para tudo.
Os motivos para espanto
são muitos, todavia espero que os portugueses fechem a boca antes que morram sufocados
ou pela asneira ou pela moscas, e que,
sobretudo, ajam não na construção de um
ditador, mas numa democracia com cidadania.
Em Setembro - muito
embora tanta coisa possa acontecer até lá, debaixo dos pés do governo está uma
bomba de crise politica espoletada que pode rebentar a qualquer momento, e que
vai rebentar, naturalmente- retomarei a
apresentação de pensamentos críticos contra o fazer de conta que algo acontece, para que
tudo se mantenha na mesma ou pior, mas também não, para carregar ainda mais as cores negras desta
situação e contra Portugal e os portugueses apoiar que a solução se encontra na
ditadura de um homem providencial, o que, além de historicamente falso é um
crime de lesa Alma Portuguesa.
Até Setembro, até lá
uns bilhetes postais.
Abraços a quem me lê.
andrade da silva
PS: publicado na página do facebook da AOFA
1 comentário:
Estamos em pleno fascismo económico!!!
pergunto: somente económico? e por culpa de quem, de que letargia?
duma pobre carneirada, mas enfim, parece que vão alegremente até ao final do destino que fingem ignorar!!! e deixam-se matar num festival de fome e faltas sem retorquir condignamente!Enfim se é o que querem para si e para os seus...
mais me afligem afinal, os que não tendo culpa nenhuma de todo este sujo, imundo estado e de coisas,Esses que corajosamente avisam e advertem a população de um país dormente, os que lutam, persistentes e audazes pelo bem geral e que afinal, sofrem as consequências do desgoverno capitalista criminoso, apesar de tanta hora de sono perdido batalhando, lutando por um Portugal onde a Dignidade e os Direitos tanto cívicos como sociais, sejam uma constante e uma realidade.
Aqui fica pois para todos os que se erguem do esterco do Capital, heroicos e valentemente incansáveis, par afinal, apesar de tanto esforço, não Verem A Pátria Amada, ser respeitada e elevada à Altura que merece a todos os que Amam Portugal.
A todos os que Defendem e Lutam por um eterno Abril a reconquistar, todo o meu amor fraterno e cidadão,e o meu mais forte Abraço repleto de papoilas e de rubros cravos.
Viva o 25 de Abril de 1974
Viva Portugal!
Convosco sempre
Marília Gonçalves
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