quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A QUESTÃO DO FUTURO DE PORTUGAL É DA NATUREZA DO SEU ESTADO E DA SUA SUBJUGAÇÃO À ALEMANHA E A MISSÃO PATRIÓTICA DAS FORÇAS ARMADAS.





“Vai-se tornando evidente que, muito embora, pese todo o interesse das narrativas, o seu tempo esgota-se, e vai ser determinante a acção e quem tiver os instrumentos para intervir, logo, seria bom que as narrativas que podem ajudar a salvar Portugal do caos, da dissolução e de eventuais ditaduras não descurassem a parte instrumental”

Em Portugal a questão é que este governo não é a SOLUÇÃO, faz parte do  problema, e também   o PS não o é,  o que fazem são adiamentos a uma situação podre, que vai apodrecer ainda mais.

 Mais subsídio,  menos subsidio, sim ou não TSU, apesar de muito importantes ao nível pessoal, não são a questão primordial. Embora  abrande a revolta da classe média  o ser menos esmifrada, a natureza das coisas fica  na mesma, e daqui por uns anos  tudo  estaria pior, se nada, entretanto, se fizer.

 Entre nós há duas questões: uma a da Europa, outra a da natureza do Estado Português corrupto e prisioneiro dos partidos e agiotas, sem se resolver a natureza do ESTADO PORTUGUÊS não há solução,  e assim, mais tarde ou mais cedo, surgirá a EMERGÊNCIA: ou a Revolução ou a captura do Estado por um ditador.

PORTUGAL pode render-se a um ditador que convença que controla o défice, põe o país limpo de corruptos, dos partidos e numa rota de desenvolvimento etc.  Esta narrativa defendida por um líder que se torne carismático, mesmo que seja autoritário, passará.

 O país está em estado comatoso, o Governo morto, o desemprego sobe, as contas não estão controladas, os impostos esmagam a população e as pequenas e médias empresas, ou seja, a coluna vertebral do mercado de trabalho e da produção para o mercado interno; não há equidade fiscal; o estado é imoral, as nomeações são imorais, por tudo isto a luta social  vai agudizar-se, e o actual Presidente da República  não está vocacionado para cumprir a   missão histórica que lhe cabe nesta hora,  pois  joga sempre numa dupla: total  prudência e cautela, e, consequentemente, muitas vezes, fica, esfingicamente, inactivo.

Neste grave quadro Nacional é evidente que nenhuma Instituição do Estado Português está a funcionar normalmente.  Perante o declínio da Pátria, o Sr. Presidente da República reúne um Conselho de Estado totalmente incapacitado de dar contributos e tomar decisões importantes para a resolução da crise; o governo desgoverna; a Assembleia da República, por força de uma lei leitoral iníqua, não fiscaliza a acção do governo - os deputados são funcionários dos partidos; o ministério público, ou seja, a justiça, está partidarizada, conforme o declarou o Procurador-Geral da República e tudo o mais que todos conhecem de confusão, linguagem grosseira, trapalhadas e falha estrondosa no alcançamento das metas orçamentais por parte do Governo, conduzindo-nos a austeridade que nos é imposta no contexto de um experimentalismo  inefável, para nenhures.

Todavia, no centro desta tragédia  está uma luta na rua inorgânica que mobiliza um  milhão de pessoas; outra dirigida pelo PCP e a inter-sindical; uma classe média muito desesperada; 16 a 20% de desempregados; um programa de reajustamento cruel que é executado entre nós por um Estado globalmente sem moralidade e credibilidade para o executar; e longe disto tudo, incompetemente distraído, está o partido da alternância, o PS, que infelizmente não  tem perspectiva nenhuma de alternativa desde há décadas, e, deste modo,  se põe a questão da saída, da resolução da crise: guerra/violência, ou diplomacia/negociação.

Segundo os ensinamentos históricos esta tragédia tem um fim anunciado, face à crispação entre os agentes políticos, sindicais e sociais, a mais provável  será  a convulsão social para a destruição deste estado, e  nesta situação extrema não chega as FORÇAS ARMADAS ESTAREM ATENTAS E NÃO SUBMISSAS , exactamente, porque, no limite, sublinha-se,  as FORÇAS ARMADAS TERÃO DE AGIR, para defenderem Portugal da  dissolução, a Constituição, e potenciarem com um grupo de liderança político-militar a saída desta tão grave crise nacional, não retirando Portugal do concerto das Nações, e dando-lhe um novo estado em que o poder responda perante   o POVO;  a cidadania funcione; os deputados respondam perante os eleitores, e fiscalizem a acção governativa; os tribunais façam justiça, sejam despartidarizados, e todos os corruptos e agentes públicos  acusados de gestão danosa sejam julgados e condenados; e para o cumprimento destas tarefas, para mais  completarem e aprofundarem a democracia, o tempo  urge.

Finalmente, interessaria saber, se as Forças Armadas têm os meios, a eficiência, a eficácia, a consciência, a motivação,  para exercerem com oportunidade, a sua missão Histórica e Patriótica, ajudando à construção de uma alternativa interna forte e segura que possa negociar com a Europa, em aliança com Espanha, Itália e Grécia condições mais justas e adequadas para o controlo do défice e do pagamento da dívida num tempo mais alargado, com  menores juros e reclamando, exigindo,  uma dada mutualização da dívida, em parte gerada, porque isso interessou ao credor – a Alemanha, que a estimulou.

A nível Europeu é importante fazer a demonstração que o ajustamento da economia portuguesa feita sem destruição do país também interessaria ao grande mercado Europeu e à Alemanha, comportamento fundamental, se  a Alemanha  não tiver  uma agenda escondida, e queira recuperar as tão trágicas ideias de pangermanismo e xenófobas do III Reich.

  Para os menos atentos interessa lembrar que quando se pretende entrar em processos de limpeza étnica, ou  de subjugação de povos ou etnias, normalmente se identifica os outros com animais repelentes,  em Darfur, antes dos massacres chamaram-se as vitimas de baratas; os países nórdicos chamam-nos de pig`s, obviamente que ninguém pensa nos altos fornos do Holocausto, mas seria bom não deixar passar  sem reflexão e luta esse monstro do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), noticiado no Youtube.

Torna-se evidente que, muito embora, pese todo o interesse das narrativas, o seu tempo esgota-se, e vai ser determinante a acção e quem tiver os instrumentos para intervir, logo, seria bom que as narrativas que podem ajudar a salvar Portugal do caos, da dissolução e de eventuais ditaduras não descurassem a parte instrumental, mas…

andrade da silva.


PS:
1- Nota de rodapé sobre matéria matricial das Mudanças Politicas e sociais em Portugal desde há 2 séculos:

Em Portugal assiste-se  entre os humanos, a um fenómeno normal entre as seringas do mar, ou seja, o seu comportamento de autofagia cerebral, o que é estranho e anormal na nossa espécie, todavia parece que entre nós há quem  tenha um comportamento autofágico em termos da memória, e, por isto, é importante recordar aos autofágicos que ,desde o estertor da monarquia, todas a mudanças em Portugal foram feitas no terreno, pelas Forças Amadas e com o seu aval, face à debilidade da sociedade civil que se mantém, em consequência de nunca se ter libertado do pecado original – o jugo autoritário e a sua dependência de um  messias; todavia,  em tudo isto,  houve um proveito - a baixa densidade da violência.

Como a história revela a queda da monarquia não atingiu nenhuma cifra muito dramática de mortos, no 5 de Outubro de 1910; o mesmo na passagem do regime democrático instável da 1º República para o fascismo, em 28 de Maio de 1926; e mais próximo de nós o  25 de Abril 74.

Todavia, se assim foi, nestes grandes momentos,  durante o fascismo houve várias revoltas militares duramente reprimidas com centenas de mortos e presos, de que ninguém fala, porque o partido do cidadão-militar é a Pátria, e, isto, interessa a poucos dirigentes de partidos, e também o ambiente conservador militar tende a olhar os que têm opções politicas corajosas, inteligentes e  ousadas não conservadoras,  como gente de baixo mérito profissional, cultural e societal, mas por maior que seja a  falta de motivação intrínseca das Forças Armadas para agirem a nível interno, não se podem ou devem alhear destas tarefas.

2- Este texto foi publicado na página do facebook da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA).




1 comentário:

andrade da silva disse...

As horas que atravessamos são cruciais e muito, muito difíceis, por aquilo que vemos, mas sobretudo pelo muito que não vemos, e PODE MESMO ESTAR EM CAUSA A SOBERANIA DA PÁTRIA E O PATRIOTISMO de quem está a destruir o estado e a privatizar bens públicos com VALOR ESTRATÉGICO PERMANENTE PARA A DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL, como os militares com cursos de Estado Maior e de DIRECÇÂO E COMANDO, ou seja, todos os nossos generais estudaram e SABEM muito bem, logo porque não fala quem sabe destas coisas, fizeram longos cursos pagos por nós todos: falem, então do que sabem, Falem sobre o significado da alienação da TAP, da energia,da agua, da RTP da CGD e do que poderá acontecer se os comandos informáticos dessas empresas ficarem num país com quem entremos em conflito, que falem das implicações disso tudo na ciberguerra, isto é, se estamos a dar ou não de mão beijada o que ao nível das guerras/ conflitos modernos é dar a chaves da vitória a um eventual inimigo. Se dar a ordem de batalha ao adversário É CRIME DE TRAIÇÃO, o que então será isto? Sendo ateu, direi PELO AMOR DE DEUS, porque carga de água há-de ser um antigo psicólogo militar a falar destas tão elevadas matérias dos cursos de Estado Maior e comando e Direcção, mas onde estamos?

Insisto que a liderança para nos salvarmos como milhares de portugueses reclamam terá de ser POLITICA-MILITAR, e mesmo na actual situação as chefias Militares e a AOFA, e concretamente, a AOFA, têm de se pronunciar sobre estas alienações que de acordo com a teoria estratégica e a História fazem perigar a Independência Nacional.

Também é certo que se Portugal deixar de ser independente não precisa de Forças Armadas, e talvez tudo isto explique o desmantelamento das Forças Armadas, em que no Exército os efectivos soldados em 2008 estavam muito abaixo dos mínimos, não é aceitável regimentos com 150 soldados ou pouco mais, como tem sido isto possível?

Também neste momento todos os militares, antigos militares e os portugueses identificados com a história de Portugal devem fazer uma severa critica aos partidos que incapazes de resolverem as questões Nacionais têm de um modo aviltante, contra a história e o sentir de muitos milhões de Portugueses, desdenhado do interesse das Forças Armadas, e dos militares, por razões de populismo barato e mesmo miserável.

Não podemos, e sobretudo não devemos deixar de denunciar estes actos, porque acima de toda essa gente está a Nação, a Ética, ,a Constituição e a Moralidade que no deveriam distinguir e colocar-nos lado, lado com o nosso POVO IMORTAL, assim consagrado no Hino Nacional e que não é só militante de partidos, e muito mesmo não o é.

É preciso falar claro e os militares na reserva e reforma como antigos membros desta Instituição Nacional também têm de cumprir o seu dever de cidadania.