Eram 17 e 15, deste dia
6 de Novembro de 2012, fazia Sol, o céu estava azul: um dia suave e lindo, quando
tu caro amigo e camarada Sardinha deste porto – Alto de S. João – partiste,
para a viagem sem regresso.
Os teus familiares
choravam o teu precoce regresso ao Quartel da eternidade; os nossos
camaradas militares de cavalaria sinalizavam o teu percurso, entre nós, como
militar; o Carvalhão e eu, marcávamos a presença dos cadetes de 66 e 67 que
contigo conviveram.
Falei ao Carvalhão e ao coronel de cavalaria da chuva de ovos que
em 1976, na Madeira, sofreste com a tua
companhia de Policia Militar, junto ao Teatro Municipal, para defenderes a
integridade física de Mário Soares, aquando da sua deslocação
à terra, então, de D. Azeredo.
Recordei-me de outras missões que recebeste, nomeadamente
para susteres a contra manifestação do
sindicato da construção civil, dirigido pelo sindicalista Alturas que ainda há
uns dois anos atrás estava no activo, e parece que ainda muito temido.
Soube das tuas
espantosas marcas de campeão nos 100 m. A
mim, que não tinha nenhuma preparação para aquele desempenho parecia que voávamos,
todavia numa destas quartas-feiras fizeram –me crer que poderia voar, mas deveria
consumir muitos segundos a fazer o percurso. Destas proezas sempre fixei que
umas centésimas de segundo faziam uma grande diferença e que mais que 13” seria
lixo. O Carvalhão lá me referiu que a marca do Sardinha, como campeão era
abaixo dos 12”, seja, como for, agora, por algures, deverá fazer outras coisas,
talvez tão belas como correr com tanta velocidade: Quiçá! Oxalá que Sim. Será!
A última vez que o vi
foi na estrada de Benfica, parece-me que foi ontem, mas talvez já deve levar uns
bons meses, se não anos, mas tudo a mim me vai parecendo que foi ontem, mesmo
que nasci, fiz o liceu, entrei e sai da academia ontem, estive na Madeira ou no
25 de Abril ontem .
Tudo me parece que começou ontem, todavia quando um
amigo parte, penso que tanto para ele, como para mim aquele ontem, apesar de
parecer um ápice, pode estar bem
longe a sinalizar o limite de tempo que
me foi concedido para viver esta grande e maravilhosa experiência da vida.
Dei comigo a pensar se a
vida corria, à velocidade de um campeão de 100 m?
Resposta difícil, porque
nunca fui campeão, mas sei que gastando ou não os tais 13” voava naquela pista
improvisada de cascalho, e de qualquer
modo, mesmo os 13” de vida cósmica é um nada, mesmo nada.
Nós te
abraçamos Sardinha.
SARDINHA – PRESENTE!
Aquele abraço
Andrade da silva
3 comentários:
Prezado Andrade da Silva,
fiquei consternadíssimo com a notícia da morte do Jerónimo Sardinha.
Aqui fica o meu adeus: Até breve, Jerónimo!
Abraço.
José-Augusto de Carvalho
Não foi o Jerónimo que partiu há dias falei com ele.É um sardinha,outro, meu camarada militar.
abraço
a silva
Grato pela informação, meu prezado Andrade da Silva.
Abraço fraterno.
José-Augusto de Carvalho
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