sábado, 22 de dezembro de 2012

HISTÓRIA DE NATAL,EM 2012, QUANDO O MUNDO NÃO ACABOU.


 

   Nesta foto era aluno do 5º ano do liceu, e lá tinha de responder a uma pergunta complicada do meu pai, quantas notas acima de 15 valores, mas sempre tive algumas….)

HISTÓRIAS DOS MEUS 17 ANOS E OUTRAS.


... às minhas e meus colegas do Liceu Jaime Moniz que heroicamente se bateram com as/os "profes" que aqui refiro,  recordo-os  com alguma saudade, esqueci-me da professora  de desenho a FIFI- my god !...

1-   O meu exame de ciências naturais no sétimo ano do liceu

 Amigas e amigos usei neste exame de toda a minha psicologia,  que se deixe passar a vaidade, mas o professor mais duro, mais temido  em 100 anos do liceu o DR. Camacho chamava-me  de INTELECTUAL.

A matéria recaiu logo de entrada sobre as leis de Mendel, não fui desonesto, mas agarrei-me a todos os monges e santos, disse o que estava no book, sobre produtos híbridos,  conventos e as anjas.

Mas o click foi tornar aquela oral que mais parecia um funeral, numa conversa agradável, o que, o professor  reconheceu,  e  foi um acto de muita coragem - tinha de vencer-  e também de inteligência, depois de dois bons alunos se terem afundado, sou o 3º a ser chamado, e vou pior que estragado, e a coisa começou mal, ser interrogado sobre a última matéria do compêndio, foi mesmo um galo, inesperado.

Mas isto da psicologia e da filosofia tem que se diga, na minha vida, como a estrela- sinal e não corte que tenho no dedo polegar da mão direita, pelo menos não dá para ser ladrão, logo isso me disseram no registo, quando fui tirar o meu 1ºBI, mas voltando ao liceu tirei 19 valores a filosofia com o Dr, Brás no exame e com o dr. Aragão no 1º teste, e fiquei muito aborrecido por ele não me ter dado 20, ainda acho que merecia o 20, faltou-lhe coragem.

Já dei um 20, como professor, a uma aluna, de um curso de oficiais, depois de ter dado muitas voltas,  mas dei 20 valores, e venci a maldição de séculos, fora das matemáticas, ou seja,  a de quase impossibilidade de dar 20  valores a um aluno.

Os madeirenses do meu tempo conhecem todos estes professores dr. Camacho, dr. Nobrega ( o porquinho em pé uma potência em memória) o reitor do anexo ao liceu; o Dr. Canedo; o reitor o Dr. Ângelo; a Foca, professora de Francês; o dr. César Figueira César, com a sua cabeça ao lado e, logo o guiné, porque um navio de nome guiné tinha a chaminé ao lado, este professor  mandava reverter para inglês frases deste recorte: da janela do meu quarto vejo as vacas da  vizinha a pastarem no telhado ” –dizia que era para dar ênfase, mas nós pensávamos  que ele era louco, louco ou não, dizia, e, talvez, mesmo por ser louco, o dissesse:   que o mais importante era ser bem comportado,  e foi o meu bom comportamento que me assegurou  os 10val,9 v,10 v, ou seja, os 29, para me safar; o mesmo cenário em Francês, com o Dr .Carlos Lélis, o vaidoso; e neste leque de dignitários lá estará o todo poderoso sr. Freitas e um outro que não me  recordo, e para quem ia acampamentos o bom homem  dos serviços de limpeza, o Sr. Jordão, que fazia as melhores saladas de tomate e alface que já comi, ele tinha a mão certa para  o vinagre e mão leve para o vinho, e lá ficava tocado sem nunca provocar escândalo, sequer dizer m_rda –um Santo, julgo eu de que…

E também  nestes dignitários e gente significativa estava o chefe da Secretaria, ou algo assim, o Dr. Basto Machado, que também era director regional do turismo da Madeira e Delegado Regional da Mocidade  Portuguesa, ( esclareça-se que na Madeira o 1ºMinistro nunca foi Salazar ou Caetano, eram gente muito, muito, distante, como nestes tempos  nunca foi Cavaco, Sócrates ou Pedro Passos Coelho, mas sempre o Governador  lá da terra, pós 25 de Abril, o D. Alberto João) e, assim,    muitas vezes me dirigi ao dr. Bastos Machado, a   pedido dos meus colegas, para  a Delegação de Turismo patrocinar vários eventos, e este grande e bondoso homem  nunca recusou um patrocínio, entre outros: uma exposição de pintura organizada pelos meus colegas Luís de Azevedo, Jacinto, Catanho Fernandes, etc. ; Corridas de ciclismo Funchal- Câmara de Lobos- Funchal; acampamentos pela Bica da Cana , Camacha, Santo da Serra, onde, conheci as, então, já velhotas que vendiam  sidra, e que ainda estavam vivas há poucos anos e com o mesmo negócio; as recepções ao Reitor do Estudos Gerais de Moçambique Prof. Veiga Simão, em que eu era o orador nomeado; uma página de publicação regular no diário de Noticias do Funchal, onde, conheci o jornalista Sílvio e o Paquete de Oliveira, que depois veio a ser professor Universitário no ISCTE, no tempo em que fui lá aluno da licenciatura de sociologia, e mais tarde provedor do telespectador da RTP1 ( o penúltimo) etc. etc. coisas, e nestas coisas também com o patrocínio da Delegação de turismo da Madeira fazíamos o mais belo Presépio do Mundo. Nos intervalos da montagem lá fomos apanhar umas laranjas, e fomos apanhados pelo vigilante que nos denunciou, mas o Natal nos perdoou, na  incarnação do anjo S. Gabriel na pessoa do Dr. Canedo.

E, quando falo destes presépios lá me recordo das idas á serra para buscar musgo, nos jeep Wills que tinham de usar a tracção às quatro rodas para subirem  a Rochinha ( e dos horários, as camionetas,  do Negos que faziam aquela carreira ), mas hoje qualquer carripana  faz aquela subida com 3 rodas , como se dizia, às costas, como tudo isto evoluiu!...

Ainda por ser Natal recordo o de 71, em Lumbala Velha, Angola, em que o comer nos faltava ,mas nunca a amizade. Tivemos,  por estes dias, de ir à caça para não comermos arroz, com arroz… a vida…

Enfim coisas… só coisas…nadas…

andrade da silva

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

isso é que são Recordações, Companheiro;abraço
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

abraço.obrigado
asilva