sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MEMORIAL ÀS VITIMAS DA CONTRA-REFORMA AGRÁRIA-pelo Capitão de Abril João Andrade da Silva




 Foi-me sugerido, por Marília Gonçalves,em boa hora e com toda a oportunidade  que iniciasse um movimento  no sentido  de que a memória de Caravela e Casquinha ,mortos na aplicação da lei da contra - Reforma Agrária,de António Barreto, em 1979, no Escoural fossem   preservadas pelo seu POVO o do Escoural/ Montemor e Alentejo.


 Da minha parte FAÇO O QUE POSSO, desde há muitos anos,   por amizade para com eles, mas sobretudo para com  os pais de ambos e a mulher de um, mas  nunca me substituirei ao POVO DO ESCOURAL/ MONTEMOR E ALENTEJO, a eles cabe fazerem  o que for certo, que é o que faço, não para apaziguamento da minha alma, vi morrer soldados em África e também muito os estimava. À frente dos meus sentimentos ESTÁ O QUE DEVE SER FEITO  ÀS SUAS FAMÍLIAS E AO SEU POVO.

Todavia quem faz o que pode faz o que deve,  e, deste ponto de vista,   estou muito tranquilo, faço o que me parece certo.

 De qualquer modo vivo em Lisboa, não tenho nenhum contacto directo ou indirecto com a Câmara de Montemor-o-Novo  desde há alguns anos, seja como for, já pedi a alguns amigos da zona de Montemor para se movimentarem.

Julgo que um memorial às vitimas da contra -reforma agrária de António Barreto faz todo o sentido, contudo penso que politicamente isso tem sido evitado por ser  considerado uma grande derrota do 25 de Abril.

  OS MORTOS DO ESCOURAL E AS CENTENAS DE ALENTEJANAS/OS AGREDIDOS NESSES ANOS, EM QUE O ALENTEJO ESTEVE A FERRO E  FOGO, OCUPADO MILITARMENTE PELA GNR COM MATERIAL LIGEIRO E PESADO, CÃES E POLÍCIA MONTDA A CAVALO, MERECE UM MEMORIAL, MAS DEVE SER O POVO DO ESCOURAL E DE MOMTEMOR  a SOLICITÁ-LO À CÂMARA.

Sou um dos subscritores desse pedido.

QUE O POVO DO ESCOURAL E MONTEMOR -O- NOVO FAÇAM O QUE ACHAREM CERTO. AQUI FICA O GRITO!


andrade da silva,à altura destes factos preso na Trafaria depois da minha participação  na Reforma Agrária, como delegado eleito do MFA. Hoje  fui cumprimentado por um cidadão anónimo que me reconheceu aqui, por Lisboa, como a capitão  que, então, fez o eu melhor que sabia e podia pelo Povo trabalhador, sem nunca agredir um latifundiário ou outrem qualquer.

PARTILHEM!... PARTILHEM!.... DÊEM VOZ A UM CORPO E ALMA EXECUTADO AOS 17 ANOS.  NÃO FIQUEM INDIFERENTES... AMANHÃ PODE SER DEMASIADO TARDE.  FAÇAMOS SEMPRE O QUE FOR CERTO.

Funeral de Caravela e Casquinha
João Andrade da Silva

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

ATT: O pessoal...vai-lhe brevemente sair caro o silêncio, isto de olhar o mundo pelo seu umbigo como se fosse o espelho da verdade, vai ter alto preço! Lembro só que depois de há uma semana ministro do Japão, ter referido a morte dos idosos (provocada) como solução, para os problemas económicos, de, em Portugal se ouvir falar de "idosos?" como de peste cinzenta, vê-se hoje em França um braço direito do Socialista Presidente Mitterrand, propor a eutanásia, morte dada por médicos e assistida, a quem tiver mais de 60 a 65 anos. Por isso não se ponham depressa à coca, e não se unam à esquerda e vão ver que não vão ter longa vida! Este projecto de extermínio de gente que hoje está na força da vida é alem de desumano, ATERRADOR!

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

( Camaradas e Amigos, Militantes e Dirigentes do PCP aqui fica a ideia, de um Gesto de Terna Justiça, feita para com gente nossa, relembro que umas das Vitimas era quase um menino, tinha apenas 17 anos. Que pelo menos um Memorial lhe prolongue a breve vida! Ser morto na flor da idade é duplo crime! Nem chegou a viver! Lembra-me o Guy Moquet, assassinado pelos nazis e que na carta e testemunho que deixa por deixar a Vida, se lamenta de morrer, sem nunca ter amado! Triplo crime em cada caso! tanto no Jovem Alentejano, como no Jovem Comunista francês.-

Marília Gonçalves)