sábado, 21 de setembro de 2013

BILHETE POSTAL A UM JOVEM AMIGO E A MUITOS OUTROS: LUTAR OU FICAR SENTADO, ASSISTINDO!





 Ontem, 20 Setembro 2013, estive em  Setúbal no lançamento de um disco de Zeca Afonso em memória de um acontecimento que poderia ter sido excepcionalmente trágico em vidas de jovens, entre as quais uma filha do Zeca Afonso.

Tudo aconteceu no dia de 7 Março de 1975 quando, após a morte de um jovem, a população de Setúbal se sublevou, e quis assaltar a esquadra policial.

 Na circunstância coube-me comandar as Forças que evitaram este banho de sangue, e um outro curso trágico para o 25 de Abril,bem diverso do que aconteceu no 11 de Março, com a vitória do 25 de Abril, sobre o 24 de Abril.

Refiro-te e refiro-vos esta página da nossa história que foi rasgada.

 Falo-vos disto por duas razões a 1º porque o assunto foi retomado por jovens universitários; 2º porque foi um momento excepcional que muito poucos conhecem, melhor nem sabem que existiu, mas foi simplesmente o momento mais duro do PREC, com um morto, uns dias, 4 dias, antes do golpe spinolista do 11 de Março 1975 contra o 25 de Abril.

Em conclusão quando fizemos o 25 de Abril éramos jovens, muito jovens, logo todos os jovens estão sempre presentes nos nossos corações e almas.

Apareçam tragam  mais   jovens, todos juntos temos muito para fazer:

 Portugal está em deriva grave, mesmo ontem, na Praça do Bocage, em Setúbal, militantes do CDS gritavam Morte ao 25 de Abril e ao 1º de Maio, um mau sinal dos tempos, e, mais, porque se perdem oportunidades, como nestas eleições de fazer diferente, como o VAH propus na sua carta aos eleitores e no pedido de demissão deste governo: Assuntos da agenda do dia, que muitos não têm  divulgado, com todo o vigor, mesmo no ambiente VAH. (VIVER ABRIL HOJE - CONSTRUIR O FUTURO)

As horas que correm e se seguem são de uma gravidade cada vez maior, e estamos a ser pura e simplesmente GOZADOS pelo governo, Mexias e outros e fintados por muita gente.

Obviamente que a história vai mudar, e muito, uma nova Revolução vem aí, para destronar a contra-revolução alemã que quer destruir o que resta da francesa. Outra nascerá na Europa e no Mundo, ela virá, por uma nova visão do Homem, o homem real que precisa na sua substância de ser amado, respeitado.  Homem real que és: tu, ele, nós, eu, o social, a sociedade. Este homem ( estes homens)  é diverso dos mitificados.

E a questão central é esta  onde cada um de nós quer estar: Lutando de pé, até cair, ou sentado, de cócoras, (como o povo da Madeira assistindo aos incêndios do abandono ) assistindo ao drama das nossas mortes civis, e da dos outros, ou seja, de sociedades inteiras?

 E isto não é  nem metafisica, nem filosofia, é a realidade bem visível por quem anda por Portugal e o mundo, como um cidadão anónimo e seja observador e dialogante.

andrade da silva


Incêndios na Madeira há responsáveis. O povo assiste sentado.



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