quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ALVORECER NO FEMININO DO MOVIMENTO (RE)NASCER PORTUGAL(MREP)


                                         céu azul da Madeira


O romper das auroras inicia-se,em cada dia, por uma pequena luzinha, lá para nascente,que depois agiganta-se e ilumina todo o firmamento, distribuindo a generosa vida à terra e  a todos nós.Se assim não fosse já teríamos desaparecido da face do planeta azul.Neste ambiente enquadra-se este texto de Maria José Mauricio  acerca  do (RE)NASCER PORTUGAL.Bem-Haja!”



GRITO SORESSALTO PATRIÓTICO 2015-2016
MUDAR,  MUDANDO, REVOLUCIONANDO
MOVIMENTO  (RE) NASCER PORTUGAL(MREP)


COMENTÁRIO*


Prezado amigo coronel Andrade da Silva,


         Ao tomar conhecimento da publicação do documento com o título em epígrafe venho expressar-lhe a minha opinião e o meu sentimento, dizendo que é este Grito sobressalto - Um Grito de alma! Um Grito libertado com profundo sentir de um militar de Abril, um dos jovens capitães que se ergueu e bradou a sua revolta contra a guerra colonial; preparou a conspiração militar com os seus camaradas militares; pegou em armas e virou-as contra a ditadura; e, em revolução, com o seu Movimento - o dos Capitães de Abril -, libertaram o povo português do fascismo salazarista, acabaram com a guerra colonial e lançaram os fundamentos do regime democrático que veio a ser consagrado na Constituição da República Portuguesa de 1976.

         Neste sentido, é também um grito libertador, porque libertador é quem o lança com grande ímpeto, com tanto ardor e com profundo fundamento patriótico, ético e revolucionário, na acepção do termo quando indica, que, não basta mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma, mas que é preciso mudar intencionalmente para que algo de novo possa (re) nascer.

         E, sendo este (re) nascer um acto inicial, tal como o amanhecer claro depois da noite escura, tem um propósito indicado: Defender Portugal e a sua Independência.

         Constata o amigo Andrade da Silva, que o País de Abril que libertou está cativo, “em protectorado”, com a sua soberania hipotecada; em desgoverno político; enfermo democraticamente; delapidado do seu património público; um Estado esvaziado da sua função social, ao qual governos de direita retiram direitos fundamentais aos cidadãos, principalmente na área da saúde, na protecção social, na educação; uma economia em recessão, provocando mais de meio milhão de desempregados e atirando mais de dois milhões de portugueses para a pobreza, na sua maioria idosos e crianças, e que força à emigração milhares de pessoas na sua maioria jovens altamente qualificados à procura do trabalho que o País lhes nega. Um País que parece definhar-se, sem rumo e sem futuro. E esta constatação, que deverá impressionar todas as portuguesas e portugueses, cidadãos livres, tem impactos acrescidos e fundados, de modo muito mais profundo, num capitão de Abril.

         E, por isso, grita… ou seja, apela aos patriotas, mulheres e homens de consciência livre, com responsabilidades institucionais de defesa e de governação do País, aos que sendo detentores de conhecimentos e cultura e, por conseguinte, com o dever acrescido de cidadania interventiva, que se unam, que se insurjam contra o actual estado a que chegamos e, cumprindo a nossa Constituição, contribuam para que se ponha termo ao caminho para o abismo a que responsáveis políticos nos conduziram. E faz este profundo apelo para que se consolide essa união em torno de um objectivo muito concreto: a eleição do próximo presidente da República.

         Para alcançar este objectivo, segundo diz, é necessário, desde já, iniciar caminho e aponta para a necessidade da formação de um grupo de liderança, apoiado pelo povo, em torno de um projecto de mudança que passa pelo (re) nascer dos valores mais nobres do agir político, na defesa da liberdade, da dignidade, da cidadania, da decência, e na dignificante elevação da alma e do coração de ser português e cidadão do mundo.      

     Aponta caminhos, traça o perfil de um presidente da República que honre e cumpra a Constituição da República e que exija do governo que venha a ser eleito, que governe no sentido de pôr fim aos problemas que minam os alicerces do Estado democrático e social: a corrupção, a inoperância da justiça, o “totalitarismo” do sistema financeiro. Que defenda uma política de defesa nacional, de cumprimento e respeito do conceito estratégico de defesa nacional, que mobilize as portuguesas e os portugueses para as grandes tarefas de desenvolvimento económico e social. Que paute pela introdução de mecanismos institucionais que garantam a democracia participativa e o empenho do povo na vida política. Que defenda a distribuição equitativa do rendimento e promova políticas para a melhoria das condições de vida da população.

         E, eu, lendo o que diz Andrade da Silva e escrevendo o que sinto, quase sou tentada a dizer: que cumpra o genuíno Programa do MFA.

         Quem diria que passados mais de quarenta anos, haveria de me assomar à lembrança, aquele que foi, para mim, o mais progressista e democrático instrumento de governação política elaborado por militares!

         Por todo este seu apelo perpassa uma genuína vontade de contribuir para a mudança necessária, entrando nela, estando nela, intervindo com todas as suas forças, com a entrega total de um militar que ama a sua Pátria e o seu Povo, mas também de um cidadão de corpo inteiro do país e do mundo que sabe que existe uma dimensão universal de dignidade humana com um propósito cosmopolita, que faz de cada um em particular um ser único, mas finito e limitado, e só se pode superar a si próprio abraçando desígnios que são comuns a todos os povos, entre outros: a paz, o desenvolvimento, a felicidade.

         No meu modesto contributo, para que este apelo seja ouvido, sujeito à reflexão e à discussão das cidadãs e cidadãos que o queiram fazer, sublinho os seguintes pontos que consideram muito importantes:
  
·         Desde logo no início do documento (verdade prévia) o facto de ser esclarecido que o documento apresentado tem antecedentes de reflexão e de intenção. Portanto, o que nele se diz não é uma mera ideia espontânea… foi trilhada.

·         Um segundo aspecto importante é o apelo à responsabilização participativa: Ou se intervém e se muda o que há a mudar, ou se desiste. Também penso que as pessoas têm que ser responsabilizadas, porque «Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!», como sublimou Sofia de Melo Breyner. Por isso, depois da desgraça acontecer, não venham dizer que não sabiam ou que não se tinham apercebido da situação…

·         Uma terceira questão fundamental é a defesa da independência de Portugal e, por conseguinte, a sua Soberania. É importante que se tenha a noção de que está em perigo a nossa própria identidade como portugueses. Somos o país da Europa que, há mais tempo, tem as suas fronteiras estabilizadas e com 900 anos de História.

·         Um quarto ponto de grande importância é a demonstração da situação real em que o País se encontra. Tal como diz Andrade da Silva: este sistema político, económico, judicial não serve Portugal nem os portugueses, porque é imoral, corrupto, incompetente, desumano, totalitário pós-moderno… Por isso é necessário substituí-lo e cumprir a Constituição da República Portuguesa, honrando os seus fundamentos para o desenvolvimento de políticas que ponham Portugal na via do desenvolvimento económico sustentável, na promoção da educação e do conhecimento e do bem-estar social, como conquista civilizacional e de respeito pela Declaração Universal dos Direito Humanos.

·         Por último, sublinho, que entendo a promoção de um movimento alargado, Revolução (Re)Nascer, como uma forma de elevação da consciência social, ética e moral dos portugueses e da mobilização da cidadania participativa, cabendo a cada cidadã/cidadão, escolher as melhores formas que entenda para o fazer. Mas que PARTICIPE E INTERVENHA, AGINDO!
É um dever de cidadania que a todas e todos nos assiste!

         Um agir que tem em vista a eleição de um presidente da República, em 2016, à altura dos desígnios nacionais e europeus, com um perfil pré-definido, segundo critérios de elevação ética, moral, sensibilidade humana e social, competências militares – um militar, como é afirmado no documento.

         Penso que a ideia da eleição de um militar surge, no contexto actual, face aos pretensos candidatos anunciados que não são militares. E, neste sentido, não vejo por que não possa vir a ser um militar um candidato à presidência da República; e não entendo esta indicação do amigo Andrade da Silva, como uma restrição a um candidato civil. A questão fundamental é mobilizar-nos, para bem do futuro de todos nós, elegendo um presidente da República que cumpra e faça cumprir a Constituição da República Portuguesa e que defenda o Portugal de Abril.
        
8 de Fevereiro de 2015 

*Maria José Maurício
Professora e Formadora de Educação para a Cidadania   


PS:  GRITO

http://www.aofa.pt/artigos/Andrade_da_Silva_Grito_Actual_de_Emergencia_Patriotica.pdf    
    



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