terça-feira, 6 de setembro de 2016

LISETE PINTO SÁ PARTIU



Conhecia-a e acompanhamo-nos.

O seu marido, Pinto Sá, esteve presente em muitas das acções no contexto da Aliança Povo-MFA, na tentativa de resolvermos grandes e graves problemas da população do Alentejo que, entre Janeiro e Março de 1975, ficou quase toda no desemprego, porque os latifundiários não queriam, por medo ou sabotagem, semear as terras. Para resolver esta questão andamos por Brotas, Ciborro, Montemor etc a fazer reuniões no contexto das Comissões paritárias: sindicatos, latifundiários, centro reforma Agrária e MFA.

Todavia, apesar de todas as promessas a questão não teve solução, e, consequentemente, após o 11 Março 75, iniciou-se um processo politico da Reforma Agrária ,que depois se devia tornar técnico, mas o tempo não permitiu, e contra a Constituição de 1976, o PS e António Barreto promulgaram a lei da Morte da Reforma Agrária e de pessoas, foram mortos o Caravela e o Casquinha, este, com 17 anos.

Pinto Sá acompanhou-me sempre, e em 25 Novembro 1975 queria levantar o Alentejo em armas, sob o m eu comando militar -uma verdadeira impossibilidade, porque seria um SUICÍDIO COLECTIVO.
Estive no seu funeral, onde, pela última vez vi , cumprimentei e dei o meu apoio à amiga Lisete.

Lisete e Pinto Sá até sempre!.

Abraço-vos
andrade da silva, então tenente/capitão do MFA

Foto do poema de Joaquim Chapas.


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