DIÁLOGO COMPANHEIRO:
ASILVA, JOSÉ ANTÓNIO
Nota:
A ideia de postar este
diálogo SMS, viaTM, nasce nos termos
referidos no mesmo.
14/07/2019
Andrade da Silva: Acabo de ler e meditar sobre a obra “Os
outros lados do prisma” de Isabel Nascimento Rodrigues, Chiado Editora. Tem
página no Facebook, é uma obra motor para mudar o mundo. Vou fazer esse desafio
à autora. Leiam a obra. Abraço asilva
José António: Por acaso já tinha investigado sobre a
obra. Lança questões importantes, só não concordo da perspectiva humana. Ou
seja, estando o homem integrado no vasto universo constituído pela ordem e pelo
caos, e que do caos nasce a ordem e vice-versa, analisar só na perspectiva do
homem não será limitar as respostas às questões dos problemas das sociedades
humanas? Aquele abraço, josé bragança.
Andrade da Silva: Esta obra tem sobretudo a ver com o
homem e a acção deste sobre o mundo, é a emergência e não o hospital ,ou o
reconstrutor do universo, tem a ver com a crueldade humana que mata milhões, se
não tratarmos das emergências. Que dizer sobre as matérias de fundo.?? Todavia, a questão de outros mundos será abordada pela autora. Mas penso mais nas
emergência. São ameaças para o curto e médio prazo.
Em tudo há sempre o
mas, mas há o prioritário e os passos seguintes. Neste caso o humano. Abraço asilva
José António: Acho o desafio interessante e cujas
respostas poderão ajudar e muito a compreensão da mente humana ,e a encontrar
possíveis soluções. Mas as soluções encontradas estarão sempre limitadas ao
domínio do estudo. No entanto penso ser um bom começo, pois precisamos de
respostas e necessitamos de compreender melhor e mais profundamente o
comportamento da acção humana. No livre arbítrio, o homem sempre teve a
possibilidade de escolher entre o bem e o mal. A maioria optou sempre pelo mal.
No contrário pela ética e moral estabelecida.
Isto acaba por
constituir um paradoxo. Sendo a vida tão efémera e momentânea não se compreende
como a maioria dos indivíduos opta por acções egoístas e materialistas,
contrariando a própria natureza do homem como parte integrante do meio. Mas
esta é a minha opinião. Nesta matéria, penso, encontramo-nos como no tempo dos
primeiros filósofos. Temos as perguntas, mas ainda não temos as respostas.
Aquele abraço.
Andrade da
Silva: Caro António se não
estamos no caos moral, do racional e da justiça estamos a um dedo. Faltam
os organizadores, mobilizadores dos jovens para mudar isto ,ou my god!
Coisas..... Abraço asilva
José António: Boa tarde Dr. Andrade. Vivemos num tempo
em que o bom se tornou inimigo do melhor. Em que os grandes autores e os
valores que nos ensinaram foram esquecidos ou colocados numa prateleira
qualquer. Quando as lições de nossos avós, ou de nossos pais são esquecidas,
porque não fazem qualquer sentido ou não interessa à nossa conveniência.
Convergimos para um período ímpar da nossa história. E a história, como dizem, e
muito bem, muitos autores, repete-se. Da minha parte faço o possível para
alertar os perigos e apontar soluções.
O tempo trará as
respostas. Aquele abraço, josé bragança.
15/07/2019
Andrade da Silva: Boa
semana o tempo trás sempre as respostas but…
Abraço, asilva.
José António: Bom dia Dr. Andrade. But vamos
construindo o dia a dia. Abraço e boa semana. josé bragança.
José António: Boa noite Dr. Andrade. Dos nossos
diálogos, lembrei-me de uma leitura de Keynes, que cito: “As virtudes mais
comuns dos indivíduos faltam inúmeras vezes nos porta-vozes das nações; o
estadista que representa não a si próprio, mas o seu país; pode ser vingativo,
pérfido e egoísta sem ser excessivamente culpado – como regista a história.
Estas características são comuns nos tratados impostos pelos vencedores. Em
suma, não só a soberania e a influencia são extirpadas como os seus cidadãos,
como a sua propriedade, perdem status e segurança legal.”,
Keynes, 1919.
Curioso como alguns
pontos ainda são assuntos diários hoje como o eram há cem anos. Aquele abraço, josé bragança.
Andrade da Silva: Keynes foi também um dos meus autores
estudados na sociologia política, mas a minha vida de leitor mudou-se para a
psi clínica que é muito operacional - fazer. Todavia, o nosso diálogo leva-nos
para Voltaire cada momento é o melhor possível. Abraço.
José António: Quase lembrando os célebres diálogos
entre Voltaire e Rosseau. Voltaire sempre defendeu a economia de mercado, a
democracia, os avanços da tecnologia, artes e ciências. Já Rosseau acreditava
na necessidade de um poder que igualasse os homens com o seu “Contrato Social”.
Já os li, passaram uns anos, mas penso que não me engano e posso resumir assim.
As correspondências entre estes dois vultos marcaram o seu tempo e ainda hoje
de leitura obrigatória. Abraço.
16/07/2019
Andrade da
Silva: Pois, pois... Sou mais
inclinado para Rosseau um novo paradigma social. Quão fantástico seria um
virtuoso contrato social???? Mas… Tão poucos estão interessados e nenhum
influente. Temos de ver se mais alguém está interessado em participar neste
diálogo que depois poderá ser colocado em texto. Julgo que o companheiro
Serafim está interessado. Vê a tua amiga Dr.ª Santos. Abraço.
José António: Penso que Voltaire e Rosseau são homens
do seu tempo. O século XVIII é o século das luzes, mas também das guerras
imperiais. No entanto, confesso a minha proximidade por Voltaire. Não sou homem
de regime algum, a actual democracia nunca me favoreceu em nada e sempre tive
de trabalhar e estudar pelos meus próprios meios para chegar onde cheguei. A
única coisa que sempre encontrei neste regime foi uma cambada de parasitas e
abutres que não estando bem com aquilo que têm ainda querem mandar no que é dos
outros.
Ora, eu não posso
concordar com isto. Enquanto uns têm uma vida tranquila em que com mérito ou
não, têm o que têm. Eu defendo uma ideia mais livre como a que se vê nos países
desenvolvidos. O problema das ideologias é que os homens que assaltam o poder
são autênticos imbecis tirânicos que a única coisa que nos têm para oferecer é
apenas coercividade e tirania.
Mas confesso que neste
debate estou em clara desvantagem. Mas como nunca tive aspirações de qualquer
tipo nestes termos de regime, logo… Sou mais um cidadão anónimo que todos os
dias tenta levar a vida em frente. Reencaminharei a mensagem. Aquele abraço, josé bragança.
Andrade da Silva: Mas os regimes políticos existem. Viver
em estado natural é uma impossibilidade. A ideia de contrato social mantém-se
nas constituições. Tenho sobre isto um post publicado
no blog, vou trazer para a página depois das 23. Abraço.
José António: Vou transcrever o diálogo e enviar por
e-mail o convite à pronúncia. Abraço.
Andrade da Silva: Todos estamos em desvantagem, 15% a 20%
detêm toda a vantagem: os DDT e seus lacaios. Seria óptimo, ver se colocamos
mais companheiros a reflectirem.
PS:
Nós gostamos bastante do resultado, que vos agrade também!…
abraços
Asilva, josé antónio
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