quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O PROFUNDO TRISTE E MELANCÓLICO PORTUGAL


Diz o cronista, comendador Marques de Correia, na edição do Expresso de 30 de Agosto que a Pátria salva, em Pequim, por Nelson Évora, agradece-lhe o feito, mas prepara-se para debandar para outro amor, um outro qualquer estrangeiro com um nome esdrúxulo que o Benfica, ou o Porto, ou outro clube contratarão para trazerem a alegria, pura e genuína aos corações e almas dos "portugas". É assim, ponto.

O mesmo se passa com os cientistas, os grandes artistas amadores e todos os que não sendo do futebol, no trabalho, na ciência, na arte ou na luta politica fizeram algo de importante e significativo pelo país.

Num primeiro momento os "portugas" dizem obrigadinho, era mesmo disto que Portugal necessitava, mas no momento seguinte correm , a pontapé, com os diferentes, com os que ousaram sair do marasmo.

Em Portugal, fora dos campos de futebol, não dá ser diferente.

É este o nosso fado secular – triste e melancólico – que não muda, geração, após geração; governo do centrão, após governo do centrão; revolução, após revolução: 1383, 1640, 1820, 1910, 1974, sempre, das cinzas e dos cadáveres dos antigos regimes renasce, de cada vez, o mesmo Portugal.

Portugal, os portugueses não têm cura, não mudam. A maioria vive de tretas para tretas, estas, sim, mudam e, normalmente somos governados e educados pelos piores, entre os piores.

Será que também os pais dos portugueses são os piores, entre os piores, do Mundo?

Será que o Sol que nos ilumina, também não é Sol, mas raios de urânio empobrecido, veneno de viúva negra, ou maldição de camaleão, ou outra qualquer maldade de Lúcifer, o que tudo, perante o abandono de Vénus, nos come os neurónios e a dignidade, será?

Quem saberá o que se passa?

andrade da silva


PS: Seria inaceitável para Portugal e para os atletas que o actual Comité Olímpico não seja, obviamente, demitido, por, num momento mais difícil, ter perdido a cabeça e ter acusado, sem peso, nem medida, os atletas e não ter assumido as suas responsabilidades.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite, Prezado Andrade da Silva!
Estas questões do nosso quotidiano são, efectivamente, tristes, muito tristes.
Acompanhei qb a nossa participação nos JO. Ouvi o responsável dizer e desdizer-se. Ouvi, finalmente, dizer que esta terá sido a nossa mais positiva participação.
Afinal, pergunto: em que destoou este caso de todos os demais casos que são este nosso país?

Grande abraço.
José-Augusto de Carvalho