segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Não olhem o poeta como mercadoria
o ser que verte poemas
e que traz no olhar a sinfonia
dum não findar de penas
é aquele pontinho que faltava
na palavra inventada
a vertical coragem
a levantar a estrada
e quando em tropeções
cai e magoa
o intimo de si
são versos ainda que entoa
como halali
que morra e se desfaça no poema
verta sangue e imagens
Verídico fonema
de paisagens
que seja e pó e lama do caminho
que seja mesmo de tudo pobrezinho
a esmolar ideais...
mas não lhe peçam mais!!
que seja a contradição
de tudo o que há em si
disso não há aqui

Marília Gonçalves

2 comentários:

andrade da silva disse...

MARILIA
Muito obrigado por este lindo poema, pela sua força, sinceridade e amor.
Um abraço do tamanho do Mundo, mas muito apertado por essas terras de França.
asilva

Jerónimo Sardinha disse...

Aleluia !!!

Até que enfim Marília.
Companheira de outras "Avenidas".
Auspicioso aparecimento. Que seja frutuoso e duradoiro.
Espero e faço votos para que a sua saúde esteja restabelecida.

Fique entre nós.
Gostamos e precisamos da sua companhia.

As lutas continuam e a "poesia continua a ser uma arma".

Abraço Companheiro,
Jerónimo Sardinha.