sexta-feira, 11 de novembro de 2011

AMAR, AMAR, AMAR SEMPRE.






Amigas e Amigos

Os meus mortos, que trago comigo: os meus pais, alguns amigos, ensinaram-me algo de extraordinário, que, apesar da sua evidência e simplicidade, nos passam, tantas vezes, ao lado - somos muito finitos, e, quando, alguém que amamos parte,  descobrimos que nos faltou tempo para fazer, o que necessitava de tão pouco tempo, que era viver mais e melhor com os nossos pais, os nossos  filhos e amigos; vivermos com e por eles,  de um modo mais liberto, deixando o nosso coração e alma dizerem todas as palavras do nosso léxico de amor.

Quando partem sentimos  que nos faltou tempo, para os amar mais e mais proximamente, e, ainda  mais   com as mãos, os corações e as almas entrelaçadas,  contrariamente, vivemos, tantas e tantas vezes, ao lado ou contra, porque a ideologia, a religião, a ocupação e o que julgamos mais importante que o amor e amizade nos desviam do amor: dos seus céus e abismos.

Quando assim fazemos, fazemos tudo errado, e morremos. Depois,  quando queremos viver com quem amamos, ou recuperar a vida, já nada mais nos resta que a morte.

Amanhã, pode ser demasiado tarde, para vivermos com os nossos pais, filhos e amigos, logo: Amemo-nos sobre todos os penhascos.

Estou certo que se fizermos isto, seremos felizes, aconteça o que acontecer, e o caminho certo, luminoso, esplendoroso,  amigas e amigos, é tão simples: AMAR, AMAR, AMAR SEMPRE.

A ti que és meu amigo, mas também  a ti que me acusas, sem nunca de ter ofendido, deixo  o que me parece luminosidade do fundo dos tempos e da Eternidade, e deixo-vos com e  por amor -  Só a beleza e o amor podem salvar a humanidade e o homem concreto, individual e  também colectivo.

andrade da silva

PS: Foto - composição de Mariana Carvão. Obrigado.

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