Aqui a juventude, a minha, a tua, a nossa, a vossa, ao lado de quem? com quem foram partilhadas as canções do momento, hoje nostalgia...
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VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974 |
Foi uma luta tremenda de que me orgulho, e para esta aventura arrastei a minha colega Lídia. Lá com a intervenção do catedrático nos desenrascamos, mas escrevi uma violenta carta ao professor, denunciando a terrível tacanhez do ensino universitário em Portugal. Tenho o trabalho e a respectiva carta, perdi na memória o nome do professor. Contudo num destes últimos anos com o filme "os duplos", vi esta problemática retomada, nos precisos termos em que a tinha abordado em 1982.
Também foi uma bom ano por causa das viagens e dos sonhos. Em dada altura sonho que vou fazer uma viagem por barco com a minha colega Lídia, no sonho a viagem corre muito mal. Não fiz a viagem com ela, mas o sonho foi premonitório. Em Junho depois de já ter as minhas férias marcadas para Madeira, sou desafiado por uma amiga, para ir com ela e outra sua conhecida até Itália. Logo começo a tratar de conseguir mais uns dias de férias, tive sucesso nesta diligência, e parto para Espanha, França, Suíça, Itália.
Em Espanha passo por Burgos, onde, visito um amigo. França desde Biarritz, Limoges, Liége, Clermont Ferrand, onde, comemos um gelado que nos custou os olhos da cara, tudo foi maravilhoso, o mesmo na Suíça, aqui, descobrimos as mini doses de 100g das coisas caras, o que depois quis adoptar em Portugal, pedindo a um empregado, numa pastelaria, a Minabela da Reboleira, 100g de ameixas verdes de Elvas, ao que o homem não resistiu em informar-me que seriam uma ou duas, retorqui-lhe, para seu espanto, que era isso mesmo que queria, porque ia só para provar. Adorei Génova e os lagos suíços.
Entramos finalmente em Itália, logo em Milão assistimos a uma cena do agarra que é ladrão, lá fugia um tipo qualquer com objectos roubados. Em Itália recebi milhares de liras que logo se evaporavam, dormimos, por falta de lugares nos parques de campismo, por onde calhou, com algum risco e receio, porque era o tempo das brigadas vermelhas e de polícias que primeiro disparavam, e depois pediam a identificação.
Itália com os seus museus, a sua beleza, a sua arte e música nas ruas e as poucas pisa que comemos em restaurantes e as belas cidade de Verona, Ravena, Veneza com os seus canais, Florença, Pisa foi, é, um Olimpo, onde, tudo, então, se pagava até a utilização das casas de banho nos restaurantes.
Por tudo isto aquele sonho foi premonitório, mas também pelas pesadas discussões que tive com a colega da minha amiga Dete, que então, como hoje, continua a viver em Santo Tirso, linda Terra.
Mas aquela nossa companheira conduzia tão mal que nas curvas dos Alpes o automóvel ficava atravessado, e ela dizia que era por causa da estrada, e eu, que seguia no lugar o morto, lá lhe referia que o carro tinha um volante, uma caixa de velocidades e um pedal para o conduzir; outras vezes só íamos com erro de 180º na direcção, e tudo agravado ainda pelo facto dela só querer contemplar as obras de arte e nós também as cidades e as gentes. Tudo somado foi uma confusão entre mim e ela, a que impotente assistia a minha querida amiga, chorando. Nunca mais falei com aquela colega da minha amiga, nem sequer fiz sobre si qualquer pergunta, agora, que falo disto, um dia destes pergunto, sobre como tem passado.
Ainda fui à Madeira. 1982 foi um lindo ano. Também acontecem lindos anos que ora se repetem ou não. Mantenho viva a memória deste 1982 que mais moderadamente lá se vai repetindo, agora em excursões colectivas de seniores.
andrade da silva
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